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Mostrando postagens de 2008

Feliz Natal!!!

Novos textos estarão neste blog a partir de 2 de janeiro de 2009, ou seja, na outra sexta-feira. Neste meio tempo muitas idéias estarão em preparação para que o ano novo seja novo de verdade, para todos nós, e para o nosso bem. Pois quando é bem de um torna-se o de todos, acredite!

Tá na hora de dar um basta

A frase inspiradora veio de uma leitura dos textos de Calunga, um mineiro que dá seu recado via Gasparetto. Eu li ontem algo que me fez refletir e tirar esta frase, mezzo raivosa, mezzo chocante. Mas a frase é esta mesmo: tá na hora de dar um basta. Nossa cultura judaico cristã tem nos ensinado, e nos atemorizado com conceitos sobre a vida que levamos que tem nos feito acreditar que somos almas impuras que passam por aqui, planeta Terra, buscando aperfeiçoamento. Somos ditos que nascemos em pecado e portanto somos essencialmente pecadores, jurados de infelicidade para expiar nossa culpa, e dela ninguém pode fugir – é o que diz o texto. E tem muita gente que acredita e segue isso, temerosa por temer desagradar Deus ou qualquer que seja o nome Daquele que nos pôs neste mundo. Bobagem. Tá na hora de dar um basta. Chega de acreditar em sofrimento como o caminho para redenção. Você realmente acha que Deus nos testa colocando um monte de problemas para ver até onde vamos, o que conseguimos?

Um doce

A cultura portuguesa que deu a base para nossa culinária deixou um recadinho em cada um: qual a refeição que prescinde de um docinho no final? A sobremesa, a delícia, era o fechamento da comida. Quando se é criança ainda piora, porque sem comer o prato salgado não se chegava aos doces e confeitos. Poder-se-ia trocar o doce por fruta? Sim, mas não tinha o mesmo gosto. Doce, encantadinho, era sempre melhor. Portanto, come-se o salgado todo e depois vem a redenção, o doce. Hoje confesso que prescindo facilmente de doces, optando por frutas, isso quando as tenho facilmente. O sabor salgado me atrai, e se vier de saladas fresquinhas, tanto melhor. Mas o doce ainda guarda aquele sabor, cor e cheiro de recompensa, o ponto após toda uma jornada. É como a cereja do bolo de chocolate com chantilly, consegue ser gostosa e bela, embora não seja relevante. Mas se não tem a cereja, fica devendo... Comparo doces a encantamentos, coisinhas que vivemos sem, pois são totalmente supérfluas, desnecessária

Águas do Verão

Ontem foi dada a largada para a nova estação: 21 de dezembro, primeiro dia do verão e início do que se condiciona ser férias, seja da escola ou da empresa, recesso de Natal e Ano Novo, enfim, hora e vez de aproveitar a vida, a natureza e tudo o que temos direito após um ano de trabalho, estudo e dedicação. “Pois bem cheguei, quero ficar bem à vontade, na verdade eu sou assim... Descobridor dos sete mares, navegar eu quero...”, diz o Tim Maia num dos seus maiores sucessos que tem toda a cara do verão malemolente que só no Brasil tem. Este domingo que passou, o primeiro do verão, foi de chuva mas fez todo o mundo tirar os pés pra fora de casa e saudar as nuvens cheias e acinzentadas, que se dissiparam na chuva da tarde e abriram o céu estrelado da noite. E na semana será a primeira partida da praia lotada, dos mares revoltos e da vontade inescrutável de fazer diferente desde agora o Novo Ano, nem precisa virar o calendário. Com chuva leve ou pesada – teve das duas ontem – as pessoas não

O decurso do tempo

Nesta sexta-feira 19, quase fechando o ano – porque sabemos que as atividades reduzem o ritmo até cessar já a partir do dia 20 de dezembro para retomar logo após a virada do ano novo – quero lembrar o tempo; este ano todo ouvi muito que o tempo passa rápido demais, por entre os dedos e sem deixar margem para nada. Eu não creio nisso, sinto que o tempo passa no ritmo que sempre o fez, com poucas variações medidas pelos físicos e pesquisadores científicos matemáticos. O tempo de cada um sim, este pode passar mais rápido ou mais devagar, conforme a vontade de cada um, suas decisões e forma de enxergar a vida. Reforço isso porque esta referência – o tempo – acaba por se moldar ao conjunto de decisões que tomamos no cotidiano, inclusive a decisão de deixar o tempo passar, reclamar dele e usar de modo pouco inteligente, contra nós mesmos. Há quem diga que seja impossível mudar o panorama do estresse, da pressão e correria do dia a dia; discordo, porque reitero o poder das escolhas, que fazem

Beleza é fundamental

A frase não é minha, mas concordo plenamente. OK, o que vale é o conteúdo, etc, etc... mas como diz a frase “quem gosta de beleza interior é decorador”, digo que ser belo e ter beleza no dia a dia ajuda muito. Quando comento sobre beleza compreenda que não se resume a algo fito como senso comum de beleza. O belo pode e efetivamente está em tudo, porque depende muito do olhar de quem observa. Mas podemos facilitar esta tarefa trazendo beleza ao cotidiano, no mundo mais ordinário – comum – que nos cerca. Viver bem, com qualidade, supõe ter beleza, organização, harmonia. A beleza tem muito da harmonia, da coisa que acontece sem sustos e com um desenvolvimento suave, que intensifica o aspecto belo dos processos. É belo ver a semente que foi plantada seja no vaso ou no jardim ir quebrando a resistência, abrindo espaço e se desenvolvendo, gerando as primeiras folhas. É belo ver um bebê começar sua caminhada. É belo ver o sorriso cheio de falhas da menina que troca os dentes e começa a ter o

Fim de ano é hora para planejar Saúde Financeira para 2009

Agora é hora e não tem pra onde correr, ok? Para facilitar a tarefa, eis aqui algumas perguntas pertinentes: 1. O que foi o seu desempenho financeiro? Para isso, faça uma lista de tudo o que entrou ao longo do ano em termos de pagamentos, prêmios, rendas extras, salários líquidos, para saber o volume de entradas no ano. 2. O que foi gasto? Para alguns, lembrar agora de tudo o que foi pago ao longo do ano é complicado; para facilitar, liste as despesas com base no mês mais recente (no caso, novembro) para assim multiplicar pelos outros meses e ter uma estimativa de despesas. Se lembrar de algo relevante que foge à lista de despesas constantes, anote e some. 3. Qual o resultado da somatória? Mais despesas costuma ser o mais comum, portanto, isso aponta que a renda foi inferior aos gastos; analise o que pode ter tirado o equilíbrio financeiro dos trilhos ao longo do ano (por vezes despesas com reformas, carro novo, problemas de saúde) e analise o que pode ser feito como poupança para urg

Perder para ganhar

O dia de ontem foi começado por uma leitura providencial: um livro cujo título é algo como “não faça tempestade em copo d’água”, e nele abri na citação de, se um dia começar com problemas, melhor será deixar o resto fluir... porque existem duas possibilidades: a melhoria do clima ou a permanência para pior. No segundo caso, permanecer para pior, como se diz, faz parte. Acontece com todo mundo. Tem dias que “de noite escurece”. Saber que se perdeu algo, que não foi selecionado(a), seu nome não está na lista, sua posição foi a última... tudo isso é ruim, porque perder é sempre ruim, mesmo quando se trata de gordurinhas extras (dá trabalho emagrecer, queira ou não exige uma certa privação...). No entanto, em diversas situações da vida precisei perder para ganhar, e depois de toda perda algo será resultante. É como dizer: destruir para construir. Em certos momentos a perda simboliza o fim de uma situação que estava “standby”. Não ia pra frente ou prá trás. Isso – a estagnação – é pior do q

Mentiras sinceras?

Que o ser humano gosta de ser iludido, não tenho mais dúvidas. É como a frase da cultura popular brasileira: “finge que é verdade que eu finjo que acredito, ok?”, ou ainda “cada um enxerga o que lhe convém”. Podem mudar os cenários, as linguagens, o idioma, a forma, mas o sentido de conforto que certas mentiras fazem sentir agrada a muitos, não a todos. Afirmo isso porque prefiro saber uma verdade desagradável do que uma mentira que irá me machucar ainda mais no futuro. No entanto, faço uma ressalva a algo que pode parecer altamente pecaminoso, que é a omissão. Omitir me parece menos cruel do que a mentira. Por vezes a omissão acaba por ser a melhor saída, principalmente em situações onde a informação poderia (ou poderá) acelerar um processo que talvez nem aconteça. Digo isso pela experiência vivida na área da saúde. Os profissionais experientes sabem dizer – com base em seu feeling – o que dizer a certos pacientes e mesmo familiares quanto a um quadro clínico. Há uma discussão eterna:

MITO DA CAVERNA

Para fechar a semana quase com pezinho no Natal, fica para pensar: Como é o nosso sentido de percepção? Até que ponto o que observamos é mesmo o real? Platão chamou a atenção sobre este ponto ao dizer que éramos como um grupo de homens sentados em uma caverna, sempre voltados para seu fundo. Ali, só percebemos as sombras do que acontece no mundo externo – e não efetivamente o que acontece. Enxergamos reflexos, distorções, e acreditamos que isso é a verdade, e somente isso. Quantas vezes nos iludimos acreditando que o mundo gira conforme o desenho que damos, e que não há saída para as situações que nos incomodam... quando há quem nos alerte para olhar lá fora, abrir os olhos e coração para uma nova percepção. Observamos reflexos e crentes de que esta é a única realidade possível, não nos damos ao trabalho de mudar de posição. Vez ou outra, experimente, ouse, mude de posição!

Simplifique mais...

Vem a calhar com o fim do ano, mas pode ser exercitado a qualquer momento: experimente simplificar a vida. Não quero dizer que deva jogar tudo para o alto, gritar com o chefe e sair batendo a porta. Simplificar significa deixar a coisa (ou as coisas) mais simples, com menos desperdício de energia, preocupação, tensão – para dar mais espaço a alegria. Simplificar parece simples para algumas pessoas, no entanto a algumas isso parece dificílimo, penoso. Normalmente, quem tem grande apego e dificuldade em lidar com mudanças resiste a processos mais simples, menos intrincados ou ritualizados. Para estes indico que a simplificação deve começar gradual, uma coisa por vez, mas que tenha relevância para a pessoa. Para alguns, indico simplificar os rituais de descarte de objetos, desde o lixo cotidiano a roupas que raramente são usadas, jornais que não foram lidos (e certamente estão desatualizados). Simplifique a gaveta de um armário removendo coisas desnecessárias – até para que haja espaço pa

Nunca se deixe abater pelo desânimo

O texto é da autoria de Eunice Ferrari, profissional que admiro e fiz uso de sua consultoria para autoconhecimento. "Lentamente, a estrada serpenteia para cima através dos anos. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na prosperidade ou no revés, o esforço deve continuar. Ao cair, a pessoa ergue-se e, gradualmente, adquire coragem, fé, a vontade de ter sucesso e a capacidade de amar. Inicialmente, isso nos acarretará esforço, sacrifício e sofrimento, como qualquer disciplina destinada ao treinamento da mente, dos órgãos ou dos músculos. Mais tarde, nos trará algo de inestimável valor, uma alegria peculiar e indefinível, que se deve sentir para compreender. Somente naqueles que lhe serviram fielmente toda a vida o espírito continua a elevar-se até o fim." (Alexis Carrel). Muitas pessoas me procuram queixando-se da falta de vontade, desânimo depressão, desmotivação - essas são as piores doenças da atualidade. A falta de sentido é resultado natural de uma sociedade vo

Valor

Um conceito fundamental para ter saúde financeira, prosperidade e riqueza, qualquer que seja a ordem passa pelo conceito de valor. Ao que você dá valor? Qual é seu valor? Vivemos num mundo rodeado por estímulos de valor, e precisamos estar atentos ao que isso representa para melhor compreender a nós mesmos primeiro; depois a sociedade que nos cerca. O senso de valor é único para cada um, embora muitas vezes, por senso comum, acreditemos que o que nos agrada é também do agrado do outro. Para cada um há diferentes valores, coisas que importam. Mais do que isso, é fundamental – para ser feliz e pleno – ter a clareza do que é nosso valor, e de nosso valor. Quando sei o que considero importante, tenho mais facilidade em rumar minha vida focada neste resultado; quando sei o que sou e meu valor pessoal, seja na vida pessoal ou profissional, melhor se torna o meu relacionamento com os outros, pois apresento a quem gosto o que realmente sou e o que faz de mim uma pessoa única e especial. Muita

Crises...

Esta semana ouvi mais de infinitas queixas quanto a crise mundial – esse é o nome que deram para o momento econômico – e com todo este bombardeio não poderia deixar passar isso em branco, principalmente por lidar com finanças pessoais. Meu ponto de vista é simples: há uma crise econômica efetivamente por conta de alto descontrole e especulação, causas claríssimas para quem acompanhava os movimentos econômicos com detalhe; para o leigo isso seria difícil, e justamente este acabou por sofrer no coração e bolso a perda do poder do investimento que dispunha. Golpe digno de “Duro de Matar”. Entretanto, a crise não é mundial, como foi batizada; a raiz dela está nos Estados Unidos, mas há diversas áreas que passam ao largo deste movimento, e um destes lugares é Angola. É fácil fugir destes desvarios: basta ter boas reservas e produção sustentada, que no caso de Angola é explicado pelo petróleo e diamantes. Outros países mais resistentes tem no escopo de sua economia produção sustentada, e den

A relatividade – III

Já reparou que sempre que a vontade de ir ao banheiro aperta significativamente – ou seja, dá o desespero – o sentido de tempo passa a ser diferente das situações que temos de esperar pacientemente para sermos atendidos, seja no médico, na fila do banco ou qualquer coisa que leva tempo? Melhor conceito de tempo relativo que isso não há. O sentido que temos de tempo, calor, frio, fome, sede e sono é totalmente medido pelo referencial que cada um de nós possui. Assim, o frio que me faz cobrir de malhas até o pescoço em nada afeta o garçom ucraniano que me atende no restaurante Penafidelense (adivinhou: fica em Penafiel, pois!). Para ele, frio mesmo era aquilo que sentia quando residia na terra natal, quando no inverno facilmente se chega a 20 negativos. Daí que dois graus dá pra sair cantarolando pelas ruas geladinhas da freguesia portuguesa. Fome então, nem se fala. Estou acostumada a comer pouco, mas em Portugal fica difícil resistir a tão lindos doces, salgados, pratos elaborados e me

Acreditar com eficácia

Noto que em todo lugar há algo ou alguém comentando sobre a força da crença, seja via “O Segredo” ou qualquer outra literatura semelhante. Não discordo de forma alguma, até porque sei o quanto é eficaz acreditar que algo é possível, pela premissa básica que tudo o que vivemos primeiramente foi plasmado em uma idéia. Exemplo simplório é qualquer inovação tecnológica, que saiu de uma idéia e tornou-se real, consumível até. No entanto, muita gente até me diz que “procura acreditar” para fazer algo se tornar real, mas não consegue. Daí vamos ver “o que é que está pegando”. Primeiramente percebo que muitas pessoas não tem a clareza do que desejam. Acham até que sabem, mas no fundo carregam um medo absurdo do que poderá acontecer se o desejo se tornar real. O medo se explica porque, enquanto a vontade é pertencente ao mundo das possibilidades, suas conseqüências podem ser sentidas fisicamente, como um arrepio seja de prazer ou horror ao pensar em como aquela coisa desejada pode impactar a vi

Precisar de gente

No Brasil, quase todo tipo de negócio requer gente. Seja o cobrador do ônibus, o caixa do supermercado, o frentista do posto de gasolina, serviços diversos dependem de gente, até quando seria desnecessário. Falo isso porque noto, em outros países, a prevalência do self service. A própria pessoa faz tudo, paga e finaliza o trabalho. Mais do que simplesmente resumir este aspecto ao rés do chão dizendo que “gera empregos”, posso dizer que nossa cultura brasileira prioriza o contato com pessoas, quer ser atendida por gente. Daí, mesmo que seja algo que prescinda de pessoas, precisa ter alguém para dar as coordenadas, informar e mesmo realizar o trabalho. Nós precisamos desta interação social, até para que possamos sentir que somos parte de um sistema maior. Meu exemplo acontece no posto de gasolina onde abasteço: os frentistas me conhecem desde a adolescência, e alguns lembram das minhas dificuldades em manobrar o carro no início, logo ao pegar a habilitação. E nisso se vão anos e anos. Há

A relatividade – II

Tenho ido muito à Via Catarina, uma rua portuense de comércio com lojas charmosinhas, e um shopping Center pequeno e jeitoso. No caminho para o shopping sempre encontro um rapaz acompanhado de três cachorros com a placa “moramos na rua, pode nos ajudar?” Nos dois primeiros dias fazia um sol lindo, principalmente quando o dia está bem frio. Ao lado dele havia mais uma mulher, assim como ele na faixa inferior aos trinta anos. E também pedia esmolas; não reparei se ambos ou somente um era bem sucedido na tarefa, mas não deixei de notar os cachorros. No Brasil acontece até cena como essa, mas muito raramente. Ao invés de cachorros são crianças, e normalmente quem pede está bem mal vestido, maltrapilho até. E o argumento é a falta de emprego. Neste ponto, ambos jogam na mesma direção, brasileiros e portuenses. Entretanto, se fossem os cachorros, veríamos diferenças curiosas. Aqui os cachorros são pequenos, mais “de madame”, e com um ar de quem se diverte com a cena. No Brasil são os de rua

A relatividade

Uma das mais estudadas teorias é certamente a relatividade, e embora este conceito seja algo que hoje nos parece óbvio, nem sempre foi assim; ressalto que ainda não é, por razões que desenvolvo aqui. O universo é mutável constantemente, e cada mudança é sentida conforme o ponto de referência de observação. Sendo assim, o modo como observo influencia diretamente no objeto que observo, modificando-o a cada momento e interação que tenho com ele. Isso é mais pra começar a definir o que penso sobre as diferenças que tenho visto. Esta semana em Portugal ouvi de diversas pessoas queixas sobre a situação econômica. Todos começaram o discurso afirmando que “a situação está péssima”. No entanto, é só andar pelas ruas da cidade de Porto para perceber que o ambiente está bastante longe de uma hecatombe ou algo parecido. As pessoas consomem, produzem, o turismo é pulsante e o movimento incessante. Com tudo isso ainda há um detalhe: o próprio governo afirma, na última sexta-feira, em pronunciamento

Matemática e continhas de cabeça

Quem nasceu depois do advento do computador desconhece isso que vou relatar: Normalmente as escolinhas infantis iniciavam o estudo da matemática usando um contador, brinquedo com continhas coloridas que ajudavam a criança a entender os conceitos de soma e subtração. Usando o contador a criança entendia o que significava “mais” e “menos”. E depois vinham os números em dezenas, centenas e milhares. Ao mesmo tempo era passado o conceito da multiplicação, ou da “conta de vezes”. Quando isso acontecia, era a hora de entrar em cena o flagelo da criançada: A TABUADA! E tome decorar a tabuada, começando com a do “2”, e depois seguindo até a do “9”, e assim começavam também os cálculos feitos com lápis e papel, para daí nascerem os cálculos mentais, as “contas de cabeça”. Havia até gincana de quem fazia conta de cabeça mais rápido, com direito a prêmios. Hoje vejo gente que não soma 2+2 sem calculadora ou computador. E se tiver que adivinhar o que signiica 20% acaba por deixar por isso mesmo...

Vergonha...

Minha avó dizia que “vergonha é roubar e não poder carregar”... Mas analise o que a vergonha significa num contexto contemporâneo: hoje vemos pessoas agindo e comentando sobre temas e posturas que há menos de uma década atrás seriam focos de autêntica vergonha. Frases como “roubar todo mundo rouba mesmo”, “corrupção é comum em todo lugar”, “meu sonho é posar nu(a)”, entre outras coisas mais pesadas tornaram-se mais frequentes, infelizmente. E isso não gera vergonha, ninguém se sente mal, ou até já se acostumou... Pois aí reside uma inverdade: a maioria das pessoas com quem converso afirma que até “se acostumou”, mas que realmente não gostaria que atitudes vulgares ou de efeito danoso sobre os outros, antiéticas, fossem comuns ou se tornassem algo natural. Sem falsos moralismos, qual é o mérito para a sociedade de posar nu(a) em troca de venda de revistas? Ou ainda de assumir publicamente o perfil corrupto? Mais do que isso, aceitar passivamente a imagem vista do Brasil como um país de

Ar não sobra!

Sempre sou perguntada quanto a como poupar, guardar dinheiro. Normalmente, quem me pergunta complementa dizendo: “nunca sobra dinheiro no fim do mês para eu poupar”... Pense bem: será que deixar para o final do mês o momento de guardar dinheiro irá funcionar? Você já tentou fazer isso? Deu certo? Na maioria absoluta das vezes que perguntei isso – e pela minha experiência pessoal – posso afirmar que não dá certo. O motivo é simples: dinheiro é energia, como a eletricidade, e é algo que nos cerca, como o ar. Pergunto: sobra eletricidade? Sobra ar? Daí afirmo que dinheiro não sobra porque ar não sobra. Se quiser guardar ar, terá que fazer isso de forma sistematizada, com equipamentos, priorizando o processo antes de outras coisas. O mesmo para eletricidade, gás ou qualquer outra energia. Para armazenar, é preciso fazer o processo de armazenamento com constância e planejamento. E com o dinheiro não é diferente. O primeiro passo para quem deseja guardar dinheiro é exatamente separar um mont

Necessidade e Vontade

No fim de ano parece que as pessoas ficam muito mais cheias de desejos do que nos outros períodos. Lógico que a propaganda ajuda muito: imagens sorridentes, natalinas, presentes, troca de carinho... e assim vai. Daí que se você não estiver bastante centrado no seu equilíbrio interno, pode correr o risco de confundir vontades e necessidades. Necessário é o que é preciso, de precisão. O item na vida mais necessário a todos nós é gratuito: ar. Depois vem a água, o alimento e o abrigo. Saúde é algo que nascemos com ela, e por vezes escorrega pelos dedos por razões diversas, mas na maioria das vezes nascemos saudáveis, plenos de saúde. E saúde é necessidade. Vontade funciona diferente: a vontade pode até ter relação com a necessidade, mas a estatística mostra que não é bem assim... Vai desde a dieta restritiva que impõe menos calorias, e a vontade de quebrar a programação da dieta fala mais alto ao ver um brigadeiro ou uma fatia de pizza quentinha. Ninguém morre por falta de brigadeiro ou p

Gentilezas

Como é bom começar o dia recebendo sorrisos e tendo gente por perto de nós com a maior boa vontade e desejando honestamente o nosso bem estar! Repare que são coisas que não implicam em qualquer investimento, somente na atitude que qualquer pessoa possa ter para com o outro, e principalmente para si mesmo. O mundo está cheio de gentilezas nos pequenos detalhes. Há quem conteste, dizendo que a grosseria e o “cada um por si” acaba por falar mais alto. No entanto, as pessoas tem, intrinsecamente, o desejo de agradar. Daí para que a gentileza cotidiana frutifique é apenas um passo. Ser gentil é um ato que funciona como moto contínuo: o seu início representa a sua realimentação para que nunca se esgote. Em função disso, quanto mais a gentileza se expressa, mais ela retorna e realimenta o indivíduo. Portanto, a raiz da gentileza está em cada pessoa, partindo de si para o outro, e estabelecendo um círculo virtuoso. Existe quem esteja sozinho e perdido (mesmo com muita gente ao redor e GPS liga

Lições de matemática

Para fechar a semana, lembro de um bom exemplo de como as coisas acontecem a partir de uma base lógica: O processo da lógica matemática serve como parâmetro para muitas relações do cotidiano, e é simples: valores positivos somados aumentam seu valor; valores diferentes (positivos e negativos) acabam por subtrair do maior para o menor (se o valor negativo é maior, este prevalece), e valores ambos negativos somados também aumentam. Algo como: +1 +3 = +4 +1 -4 = -3 -2 +8 = +6 -3 -5 = -8 Transformemos os valores em elementos do cotidiano, e temos: ações positivas seqüenciais resultam em mais ações positivas. Ações positivas e negativas acabam por diminuir e prevalecer a de maior valor. Ações negativas seqüenciais ficam ainda mais negativas. E para anular cargas negativas serão necessárias ações positivas mais fortes, intensas. O interessante é que podem sempre ser anuladas tanto as ações positivas quanto as negativas, somente dependendo do referencial adotado. E quando falamos sobre valore

Passos constantes

Em São Paulo e outras cidades hoje é feriado. Por ser um dia menos compromissado, dá pra refletir sobre para onde vamos e onde queremos chegar. A caminhada em direção a um objetivo é algo que todos sabemos ser necessário, entretanto poucos de nós efetivamente levamos adiante. E uma das razões é justamente a ansiedade em chegar logo ao ponto, ao topo, ao fim da trajetória. Já pensou que o processo de caminhar carrega muito da realização, e mesmo da satisfação de ter alcançado o que se deseja? Para tanto, é preciso caminhar constantemente, mas observando o caminho, desfrutando das oportunidades que aparecem, e manter o passo. Há momentos de maior aceleração, e outros de passadas largas. Mas se não caminharmos pararemos e estagnaremos. Corremos também o risco de errar os passos, mas sabemos efetivamente como corrigir e voltar para a trajetória. Analise como está sua caminhada. Se boa, mantenha o ritmo; se deixa a desejar, acelere; e se estiver perto do fim da linha, curta os momentos fina

Os bons companheiros

Nada se compara a ter bons amigos, gente que dá pra confiar, partilhar e sentir que está na mesma vibração que nós. É uma dádiva ter bons amigos, confidentes. O ser humano existe fundamentalmente para ser feliz (sério!). E nada se compara ao grau de satisfação por poder contar com pessoas alinhadas com seu pensamento, e que escolhem alguém para amigo pela simples empatia, pelo mais autêntico sentimento. Vai além da lógica e se fortalece com o tempo. É a energia mágica das amizades. Para que ela perdure é preciso um movimento dinâmico: estar pronto para ajudar, oferecer seus conhecimentos, carinho, apoio e mesmo seu silêncio quando isso for necessário; e na contrapartida pedir o auxílio dos amigos seja nas coisas difíceis como também naquilo que é importante para você mas nem tão problemático – como a melhor cor para o novo carro que se pretende comprar – pois amigos gostam de saber de sua relevância no coração de quem amam. Amigos caminham conosco pela vida, e como uma rede de estradas

Delícia de rotina...

Que muita gente reclama de rotina – ah, tudo sempre igual, mais um dia! – é bem comum, mas o fato que observo no cotidiano é que mais gente gosta de tudocertinho do que do contrário. Mas quando eu falo do tudocertinho tem muito mais a ver com o fato de ter surpresas, porém pequenas, no dia a dia. No fundo, todos gostamos de ter um roteiro do que teremos pela frente, como um pequeno protocolo de como as coisas são. É delicioso se surpreender com novidades; entretanto, saber de fatos desagradáveis (ou fora do controle, nem que seja no primeiro momento) quebra o sistema e desregula o que foi planejado. Joga na vala do desconforto. Quando se chega próximo ao fim do ano fica aquela sensação eufórica das festas, e de que tudo sempre dá certo como que por milagre. É também uma rotina: vários eventos se sucedem e trazem um sentido de alegria, contentamento, que tem seu ápice na virada do ano e nos sonhos que, desta vez, vão acontecer, dar certo. Também é uma rotina. A rotina pode ser extremame

Procrastinar...

Só descobri que existia a palavra procrastinar quando estudava inglês, lá pelos idos do antigo ginásio. Era num ponto novo do livro de compreensão de texto, onde se lia o verbo to procrastinate. Fui buscar a tradução e li: “procrastinar”. Precisei de mais tradução, e o meu dicionário de bolso simplesinho não deu conta do recado. Fui ver no Aurélio e lá entendi rapidamente do que se tratava: algo que fazia parte da minha vida. Lá está: procrastinar – deixar para depois, postergar, adiar. O sentido da palavra me passou um certo desconforto. Diferente de adiar – que pode ser explicado por fatores lógicos – procrastinar pareceu-me como “enrolar”. Na época, eu enrolava o mais que podia quando se tratava de entregar trabalho escolar – havia a possibilidade de o professor vir a “esquecer” que tinha pedido um trabalho. Detalhe: isso às vezes acontecia. Daí, procrastinar passou, para mim, a ser menos ruim do que parecia. Poderia até trazer vantagens, quem sabe? Esse esquecimento dos professores

Riscos e rabiscos

Quem vive neste mundo dito globalizado consegue, principalmente se estiver em uma cidade coberta por internet rápida, saber o que acontece no mundo em frações de segundo. A informação, seja qual for, está ao alcance de um browser e um site de busca. Pode vir coisa coerente ou não. Porém, está ao alcance. Com tudo isso, o processo de avaliação de possibilidades passa a ser mais complexo. Outro dia comentava por telefone sobre decisões quando há diversas alternativas, e a pessoa com quem falava afirmou que “por vezes é melhor ter poucas opções, e muitas confundem ao invés de ajudar”. Entendo este ponto de vista, mas discordo; por termos muitas alternativas temos muito mais chances de alcançar resultados altamente eficazes, e também mais chances de errar, arriscar e não acontecer da forma esperada. Pois aí está o risco. Como minimizar o risco? Cada qual tem seu jeito de lidar com ele, e considero aprender a lidar com riscos tarefa que deve ser ensinada desde cedo, junto com a tabuada – é

Endividamento: fuja deste risco de final de ano

O texto a seguir é de autoria de Marina Gold, que escreve regularmente para o site Terra; muito pontual para o momento pré festas e interessante por abordar aspectos comportamentais pela ótica esotérica. Há pessoas que não conseguem resistir aos apelos da publicidade que, a partir do século XX, se especializou na arte de seduzir. Os mais consumistas acabam por se entregar totalmente aos chamados insistentes da mídia e, mais ainda, àqueles que vêm das luzes cintilantes das vitrines nos grandes centros comerciais. Envolvidas pela facilidade dos cartões de crédito e pelos contratos de parcelamento, as pessoas são capturadas pelas irresistíveis ofertas, pelas promoções imperdíveis. O resultado são compras realizadas sem a devida noção do gasto, o que acaba culminando em endividamentos em alguns casos irreparáveis. O final de ano e a perspectiva das comemorações natalinas são fontes inesgotáveis de gasto impensado. Nessa época, os compradores compulsivos sentem-se ainda mais tentados, mais

Compras de Natal – Como preservar o bolso...

Desde a metade de outubro as lojas estão com toda a energia voltada para o Natal, época de maior consumo conforme dados da Fecomercio (2007). Em meio ao alto estímulo a compras, fica difícil suportar todo este bombardeio de consumo com a cabeça fria... daí vão algumas dicas para não se perder em janeiro com dívidas. 1. Por onde começar as compras: desde agora ou deixar tudo para mais perto do Natal, para estar com dinheiro na mão por conta do 13o.? R: O primeiro passo parte do planejamento, o que comprar, para quem e com que verba; fazer uma lista das pessoas a serem presenteadas e estabelecer um valor total a ser gasto com os presentes. Depois disso, quanto antes comprar melhor, para que a pesquisa de onde se tem o melhor custo seja feita com calma. Normalmente, a compra feita perto do Natal gera um estresse de falta de produtos, dificuldade para estacionar o carro proximo a lojas, e por vezes um custo mais caro por conta da correria do Natal. 2. Tenho pouco dinheiro para comprar dive

Inshallah

Literalmente, significa “que seja a vontade de Deus”. É citada no Corão, e ficou popular – de certa forma – por conta de ser usada na novela O Clone, pela personagem Radyja. A todo tipo de coisa que desejava, dizia “Inshallah, muito ouro!”, e finalizava com um sorriso largo. Deixando ao largo o que é a tradução literal – e mais ainda o sentido que é vontade de algo maior e que nos controla (o que discordo) – Inshallah é a manifestação oral, firme, sonora e energética de algo que muito queremos. Para uma situação sonhada, lembramos dela e dizemos a palavra. É como um mantra de reforço, que nos acende a chama da fé e da vontade de ver o sonho tornado realidade. As histórias, lendas e encantamentos do Oriente, principalmente o Oriente Médio, são encantadoras. Desde as Mil e Uma Noites ao momento literário contemporâneo, fazem a mente voar como nos tapetes mágicos, e estimulam a imaginação para muito longe das dunas de areia do nosso cotidiano. Inshallah sejamos todos personagens encantado

Point of no return

Responda rápido e marque a alternativa que considera correta: você efetivamente considera a situação mundial (seja econômica, política ou financeira)? a) boa b) ruim Se você respondeu boa, parabéns. Acertou. Se respondeu ruim, errou. Simples assim. Esta semana muitos fatos foram capa de revista e tema de discussão em todo o mundo. Ao mesmo tempo que a bolsa brasileira caiu e retornou, Barack Obama ganhou a disputa e se tornou o próximo presidente americano, o Brasil foi rateado como uma economia estável e lastreada, a fusão dos bancos Itaú e Unibanco foi saudada pelo mercado como madura e equilibrada, e Lewis Hamilton faturou o campeonato mundial de F1, e Felipe Massa ganhou em Interlagos, para delírio dos brasileiros. Ah, e a Ferrari faturou o Mundial dos Construtores. A projeção de inflação do ano no Brasil deverá ser menor do que a apontada no primeiro semestre, mesmo considerando os recentes abalos globais econômicos. Graças ao saneamento básico escolhido como priorid

O amor não depende apenas de sorte

Este texto é de Monica Buonfiglio, e o reproduzo aqui por sua qualidade, além de concordar completamente com o que ela afirma. Fica como um alento para o fim de semana feliz que todos merecemos! O amor não é uma simples questão de sorte ou azar. No universo dos relacionamentos, é muito importante que você reveja suas atitudes. Seja bem humorado. Sorria mais. Não fale apenas sobre dificuldades e desilusões. E, se por acaso esses temas surgirem, tente não abordá-los de forma amarga e pessimista. Fale sobre esses assuntos de maneira natural, encarando-os como acontecimentos de uma vida rica. Não existe ninguém que viva em um mar de rosas, sempre há espinhos. Volto a insistir que o amor também está relacionado à auto-estima. Como ser bem-sucedida no amor, se você não gosta de si mesmo, se você não se ama? A auto-estima não é herdada geneticamente, mas é adquirida por meio da observação. Portanto, comece hoje essa mudança. Outra boa atitude é ser educad0. A sorte adora a boa educação. Ao s

Amores, traições e atrações

A novela A Favorita teve a semana destacando o caos afetivo em dois enfoques: a traição corporal de Dedina com Damião (e o marido, Elias, pegou ambos no flagra, sendo que Elias é o melhor amigo de Damião...), e a traição de coração, mente e beijo de Copola e Irene, sendo ambos casados com outras pessoas que não os mesmos. O curioso da história do segundo casal é que ambos atores são casados e fazem parte do imaginário clássico da TV brasileira. Aqui, eles são amantes de um passado lindo que agora volta à tona. O primeiro caso mostra uma traição baseada no mais visceral sentimento de atração, sexo puro. Damião encanta Dedina, e esta se encanta com a virilidade de Damião, que já não vê em Elias. Elias é puro coração e idealismo, sem espaços para o erotismo com Dedina, e ela o vê como um amor amigo. Assim, a atração por Damião ganhou espaço, terreno e uma providencial cama - e como os folhetins tem que culpar alguém, o fato aconteceu num lugar fácil para o flagra, a casa do amigo Damião.

E como será o seu amor?

Saudade é algo curioso, pois que comparo a um doce delicioso que deixa na boca um final por vezes ácido, amargo e até picante. Não é ruim, pode-se dizer que se assemelha aos adoçantes artificiais, pois só um pouquinho adoça o líquido ou o sólido, mas a seguir vem o sabor residual que lembra bem: “adoçante não é açúcar, meu bem”. Açúcar bem dosado é doce, enfeita e enaltece o sabor das coisas. E saudade não é açúcar, definitivamente. E mel, seria uma saudade sem side effects? Mel é todo próprio, e o Amor é também todo próprio, tão gostoso que se basta e prescinde de alimentos e bebidas para se misturar. Mel adoça sem saturar; amor de fato alegra sem cansar. Não é possessivo, deixa-se ser pleno, seja um, dois ou milhões. É só ele, infinito e incansável, pois não há quem se canse de amar, de tão bom que é. Mel não cansa. Nem amarra a garganta. Ninguém chora com doces, já reparou? Pelo contrário, os doces sabores fazem o oposto: sorrisos brotam fácil, fácil; risadas, contentamento, o ar ma

AGENDA SETTING

Se você acredita que os temas abordados pela mídia são escolhidos por conta do quanto são importantes, aviso: os estudiosos da comunicação não só descrêem disso como tem na ponta da língua o que explica como certos temas ficam tão acesos no imaginário coletivo. O nome disso é Agenda Setting, isto é, o poder da mídia em pautar os temas que serão discutidos no cotidiano das pessoas. Por esse conceito, o fato de a imprensa estabelecer o que estará no centro das preocupações, não significa que ela determinará a opinião dos leitores, ouvintes e telespectadores sobre o assunto. Mas traduz que certos temas ganham mais espaço do que outros, seja por sua relevância dentro de um determinado cenário – um exemplo é o caso Isabela, que no primeiro semestre deste ano mobilizou a população a ponto de pessoas comuns totalmente desvinculadas do fato quererem fazer justiça da forma que encontrassem, indo às raias da agressividade – ou porque apresentam elementos que se moldam com perfeição dentro de um

Disciplina Consciente

Eu lia um material sobre o ensino de yoga, e nele encontrei, com satisfação, a referência a disciplina consciente. Para mim, um resgate de um aspecto esquecido ou posto de lado no afã de nossos princípios éticos. Já havia lido o termo, mas em circunstância bem diferente; por um amigo que estudou, por pouco tempo, engenharia e cálculo. Embora fosse um curso difícil e numa instituição respeitada, as provas e avaliações não só desta como de outras disciplinas eram feitas em casa pelos alunos, individualmente, sem consulta e com tempo marcado. Fato: a maioria dos alunos efetivamente seguia estas regras. O interessante disso é resgatar a verdadeira essência da avaliação, que não é de atribuir saber mais ou menos; a avaliação deve(ria) servir como baliza para saber o que é preciso estudar mais, aprender mais para evoluir no desenvolvimento do conhecimento. Serv(iria) também para o professor compreender como está a aprendizagem dos alunos, e fazer ajustes, se necessário. Muito além de simples

Comparações entre culturas

Antes de tudo, aviso: em nenhum momento podemos dizer que há superioridade cultural. Comparar culturas é interessante para que possamos entender melhor sistemas de valores e crenças, e nunca como medida de desenvolvimento ou saber. Até porque o caminho do conhecimento pressupõe a expansão constante, e graças a Deus, nunca estará esgotado. Que bom! O interessante na análise e observação de culturas é o que tem valor para uma e para outra, o que integra o viés de percepção de uma e de outra. O tema, mais do que por base acadêmica, veio à minha mente na observação do relato de duas amigas sobre um mesmo ponto de vista: o papel da mulher na nossa sociedade. Uma delas, que tem muito acesso a viagens e constantemente devora livros (nisso somos semelhantes!) comentava sobre a diversidade culinária, a riqueza dos instrumentos culinários modernos e receitas com sabores históricos. A outra, que também preza viajar, mas não é afeita a experienciar, pouco faz uso da cozinha, deixando na mão de ter

Agora vai

Faltam menos de dois meses para o Natal... e para o verão. Brasileiro que se preza sabe que o verão e as festas de fim de ano são o grande momento de mostrar ao mundo toda a beleza que se tem. Daí corre pra esteira, começa a dieta, planeja o visual da virada, pesquisa a melhor praia com relação custo benefício boa, faz a lista dos presentes e lembra que é bom comprar um treco para o amigo secreto que sempre surge de última hora – e se ninguém aparecer, ou não rolar, fica de boa com o presente pra si mesmo. Se isso tudo te fez sentido – a idéia é essa – corra pro abraço e comece já sua escalada rumo ao melhor dezembro de sua vida. Pra isso acontecer bem, pegue caneta e papel para fazer a lista do que você quer modificar. Quer ter mais dinheiro? Liste as possíveis empresas ou negócios que podem te gerar um lucro rápido, trabalhos de fim de ano, aula particular, seja o que for. O que importa é correr o risco de as coisas darem certo. A onda é emagrecer? Boa. Feche a boca e faça a lista do

A força das palavras

Não existe acaso; recentemente consultei informalmente uma pessoa que conhece este tema como poucas, e ela me assegurou que o acaso, o eventual, não existe. Os fatos são sempre interligados. Confesso que isso me deixou bastante aliviada, porque de certa forma facilita a vida neste planeta tão gostoso. E por não existir acaso, reforça o fato eu ter encontrado no domingo, em cima de uma prateleira de scrapbook o livro do Peter Kelder, sobre a Longevidade com qualidade. Li numa tirada só, é um livro fácil e simples, como as coisas devem ser. No meio do livro – que recomendo – surge mais uma vez uma frase comum seja na auto-ajuda ou nos textos hindus. É sobre a força das palavras. Para quem ainda não sabe, tudo que pronunciamos fica no universo como uma vibração, pois que a palavra pronunciada é sonora, é uma onda de energia que paira, e pela matemática isso fica ainda mais provado quando ela prova que a energia não acaba, mas se expande, propagada no universo infinito. Daí, todo cuidado é

As novas famílias

Ontem participei de um evento da revista Marie Claire que discutiu brilhantemente sobre o amor, família, relacionamentos e internet no mundo contemporâneo. E o ponto que mais se discutiu foi justamente a conformação familiar. Houve o tempo que a família era a imagem da propaganda de margarina, lembra? Pai e filhos sentadinhos ao redor da mesa e a mãe, em pé, administrando o que os outros queriam, colocando o leite fumegante na mesa (servido na louça branca do enxoval do casamento, por certo)... Mas hoje todos acordam em horários diferentes, com agendas diversas (e isso inclui o bebê de oito meses que tem hidroginástica e berçário para socializar) e raramente esta cena dita “familiar” torna-se possível. Também antigamente família pressupunha papai, mamãe e filhinhos. Vejo hoje famílias lindas com todo mundo junto: os filhos do papai, os filhos da mamãe e os filhos de ambos, ou seja, os “meus”, os “seus”e os “nossos”, convivendo cordialmente; e as mães e pais de todos se conversam para s

Economia é psicológica

Afirmo isso e acrescento que, graças a este ponto de vista, fui admitida numa entrevista de emprego e assim comecei minha carreira em Relações Públicas na Editora Nova Cultural, em 1987. Meu entrevistador - que se tornou meu chefe por dois meses - também pensava da mesma forma. Foi o fato decisório. Digo isso pela relevância do fato: as pessoas movimentam-se como num tabuleiro de xadrez quando o assunto é dinheiro. Ouvem, observam os movimentos dos outros competidores, e assim planejam as próximas evoluções. Mas se um dos "players" apresentar evidências de falta de força, rota ou desenvolvimento certamente os outros sentirão isso e repensarão o que será feito. Isso leva a um atraso na decisão - o que paralisa todos os movimentos. Quem joga cartas ou qualquer outra coisa que envolva mais do que sorte, sabe o quanto é ruim aguardar o opositor fazer o movimento. Por vezes, é uma tática de negociação visando mexer com o humor do adversário. O mesmo acontece nas negociações, princ