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Mostrando postagens de abril, 2010

O sabor de O Porto

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Numa tarde linda, abençoada por um sol paulistano de outono, eu estava pensando enquanto produzia, imersa entre textos e mailings, contatos, mensagens de texto e seus correlatos comunicacionais, como skype, MSN e o – hoje – clássico e-mail. Olhando o contraste da tela que lutava para sobressair numa sala altamente iluminada pela luz da estação, veio a lembrança em forma de mensagem via facebook. “Fulaninha convida você para participar do grupo Vinhos do Porto...” Pronto. O computador perdeu de vez para a luminosidade da memória do Porto, das avenidas apertadinhas no centro e larguíssimas em seu entorno, principalmente nas imediações da avenida Boavista; perdeu também para algo que nunca irá reproduzir, que é o aroma e a textura que existem no ar daquela cidade. E o nocaute ficou por conta do sabor inigualável que um bom Porto tomado no Porto tem. Já faz um tempo que o evento dessa memória aconteceu, em 2008. Eu me hospedei bem no centro, pertinho do Palácio da Bolsa, junto a uma estaçã

A Intolerância

É muito bonito poder dizer e se sentir em equilíbrio, como se as coisas da vida fossem facilmente administráveis e portanto muito óbvias de serem postas em prática. Ouço muitas pessoas dizerem do quanto as coisas são simples e acessíveis, basta querer e fazer. Tudo muito prático, quase que disponível nas gôndolas dos supermercados, basta adicionar água e estará pronto. Mas nem sempre é assim. Aliás, diria que no cotidiano não é assim mesmo. Só se for para alguns iluminados, que conseguem ficar a maior parte do tempo em equilíbrio, bem zen. No entanto, li recentemente algo escrito por alguém (ah, perdoe minha falha em lembrar o seu nome, por favor...) que estar em equilíbrio não é exatamente alcançar o shangrilá, até porque viver em equilíbrio pode significar ausência de desafios, de novidades, ou seja, estar quase nas portas do tédio. Isso tudo pra falar do desequilíbrio, e por conta dele nossa maior intolerância. Ficamos desequilibrados e como resultado acabamos por mostrar ao mundo o