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Mostrando postagens de agosto, 2008

Reciprocidade

A física quântica atualmente anda mais popular do que o cachorro quente: todo mundo bota estas duas palavras no meio de qualquer explicação necessária, e daí “segura na mão de Deus e vai”. É a física quântica, aqui, física quântica ali, e assim vai-se caminhando sem qualquer base lógica (ou às vezes até tem, mas é como dizer que o shampoo que usamos é vitaminado...). Mas eu boto a física quântica no meio para falar sobre a reciprocidade, ou como a natureza atua devolvendo o que ela mesma gerou. Ontem comentei sobre Seva, que é exatamente a idéia de reciprocidade no sentido mais afinado: o serviço altruísta, feito para o auxílio de todos acaba por reverter para quem o fez. Outro exemplo bacana é contado pela americana Elizabeth Gilbert no livro Comer, Rezar, Amar, quando ela se refere a limpar as escadas do Ashram onde viveu quatro meses na Índia. Limpar o chão era Seva, pois ela e todos os outros iriam desfrutar de um ambiente limpo; a questão da humildade vem de troco, claro. E recipr

Seva

O conceito de Seva é, em sânscrito, o trabalho altruísta por si, desapegado, feito para o outro e por reflexo para si mesmo. Os Vedas – textos indianos de mais de cinco mil anos – referem-se a Seva como forma de entender a Divindade que cada um carrega consigo, ou melhor, em si. A Divindade é Seva, no sentido que tudo fez para o bem dos outros, mais precisamente de nós, seus descendentes. E Seva reforça a si mesmo. Um exemplo concreto é a limpeza das calçadas feita pelo morador de uma casa, que poderia somente varrer só a sua frente; mas não, ele varre todos os cantos da rua, remove a sujeira e deixa a via limpa para mais um dia. Detalhe: ele faz isso todos os dias. E não recebe salário para isso. Faz porque quer ver a rua limpa, nem que seja por alguns minutos, e a limpeza retorna para todos que ali passam, inclusive ele mesmo. O criador da rede de salões de cabeleireiro Soho, baseada em São Paulo, faz isso. Hideaki Ijima veio para o Brasil há décadas, construiu um sonho mas não deixo

Abundância

Ontem referendei como há abundância neste mundo, e ainda assim insistimos em achar que não existe... Em diversos cursos ouço pessoas lidando com seus sonhos de forma tímida, e se justificando pela não-abundância. "Se eu tiver demais disso estarei tirando do outro, e é isso que gera os problemas (sic) que existem no mundo", ou ainda "pra cada oportunidade que um pega outros ficam sem nada". O mundo é muito maior do que pensamentos restritivos, ou de cotas exclusivas. Tem a pleunitude de nosso olhar, de nossa capacidade. Se pudermos pensar em quantas coisas surgem todos os dias e começam pequenas, crescem e prosperam, vemos que há espaço para todos. O pensamento limitador esquece que as árvores crescem e frutificam sem pensar "mas há espaço para mim?", assim como todas as formas de vida morrem e nascem o tempo todo renovando a natureza, sem que isso implique em "carência". A carência está na mente, e dela vem para o mundo concreto e real. Se a men

O gosto por testes

Ainda com a turma do Poupatempo apliquei testes para a percepção pessoal deles de seus estilos de atendimento e também de formas de condução de suas expectativas. Foi excelente, não só porque atingi os resultados propostos, mas além disso porque todos gostaram de ser testados, para assim saber mais de sua personalidade. O teste é a ferramenta precisa para isto. Fato é que testes requerem estruturação, método, sistema para funcionarem corretamente. Quando o têm, sem sombra de dúvida trazem luzes para pessoas e instituições sobre seu andamento, o que tem feito e quais as perspectivas para o futuro. Ou seja, aplicar corretamente testes e avaliar com critério aponta resultados fundamentais para a compreensão de si mesmo e da estrutura em volta. O teste tem um lado lúdico, que todos gostamos. No cotidiano, por vezes esquecemos de enxergar a vida como um jogo, um desafio, um quebra cabeças. Ao fazer o teste retomamos o aspecto do pensar opiniões como num jogo que qualquer resultado apontado

Recentes medalhas

Entre sexta e sábado o Brasil conquistou duas medalhas de ouro olímpicas. Corrigindo: duas medalhas foram conquistadas por atletas representando o Brasil nos jogos olímpicos. De fato, quem ganhou o prêmio foram as atletas – a Maurren Maggi no salto e a seleção feminina de vôlei – e não o país. Até porque sabemos que muito pouco o país enquanto governo faz pelo esporte enquanto investimento expressivo. O interessante foram ambas histórias. Maurren Maggi foi suspensa por suspeita e confirmação de doping por conta de um medicamento que ingeria; a seleção de vôlei feminina não havia ganho jamais, e a idéia de medalha passava distante. O detalhe é que o técnico delas já havia ouvido muitas e boas (contrário da expressão “poucas e boas”, ok?) referindo-se à qualidade discutível de seu trabalho. Ou seja, ambos premiados estavam desacreditados. Nada como um dia após o outro... Gosto de ambas histórias porque mostram perseverança, gente que não se abate fácil, embora sofra, e muito. Pensa que M

Para meditar...

Ontem li um texto interessantíssimo publicado no Yahoo e apresento aqui para reafirmar o quanto meditação faz bem. O detalhe é que desta vez a medição é científica, veja abaixo: “A meditação pode brecar o avanço da Aids depois de apenas algumas semanas de prática, talvez por ter influência no sistema imunológico do paciente, afirmaram pesquisadores norte-americanos da Universidade da Califórnia em Los Angeles. Se confirmada em estudos mais amplos, a descoberta poderia oferecer uma alternativa barata e agradável para ajudar as pessoas a enfrentar essa doença incurável e muitas vezes fatal. Os pesquisadores testaram um programa de combate ao estresse chamado meditação de foco, definida como a prática de uma postura receptiva ao presente, sem se preocupar com o passado e o futuro. Quanto maior a frequência com que os pacientes meditavam, mais altas suas contagens de células CD4 -- uma medida padrão para se saber a eficiência com que seus sistemas imunológicos combatiam o vírus da Aids. As

Energia

Os estudos científicos já deixaram claro que vivemos num universo de energia e fazemos parte disso sendo energia. Fato. O interessante é que muito se fala sobre isso e pouco se faz. Há o evento do livro O Segredo, que acendeu a luz da energia para muita gente. Mas há mais elementos sobre isso para nosso uso e melhoria da qualidade de vida. Para início de tudo, é energia que nos move e faz engordar, como também emagrecer. Acorda a nós todas as manhãs e movimenta os corpos pra fora da cama e na direção do sucesso cotidiano. Vai além. Energia pode ser – e até é mais isso do que o oposto – resultante mental. Os pensamentos são energia, e há estudos medindo isso, com base comprovada. Se a mente é capaz de energia, usemo-la! A vibração energética do pensamento tem sido capaz de aproximar pessoas, promover curas, acelerar acontecimentos. É a ferramenta mais barata e eficaz em nosso alcance para o sucesso, e talvez por seu poder tem sido pouco valorizada. Nesta quinta-feira atento para o uso d

Viver é arriscar sempre

Esta frase encontrei ao acaso no livro Momentos de Motivação e Sucesso, escrito por Luis Marins. É um pocket que de um lado tem uma ilustração graciosa do Negreiros e de outro, algo como cinco linhas que definem bem o que se quer passar. Neste caso, transcrevo: - Quanto mais você se torna inflexível, mais está perdendo a vida. - Viver é arriscado. - Morrer é que não tem nenhum risco. O risco é parte da vida, e se pensarmos bem a vida pode ser forte ou frágil conforme a medida que damos à ela. Qualquer tempestade ou tsunami pode dar fim ao sonho. Mas podemos passar os dias sempre tendo oportunidades a cada amanhecer, e em cada fruta que a natureza nos dá. Depende de como se vê. Tudo traz ensinamentos, e o risco é um dos principais professores. Quando há risco – e somos conscientes dele – procuramos fazer as coisas de modo a minimizá-lo, pois queremos resultados, mudanças, crescimento. Todos os dias saímos de casa e corremos o risco, cabe a cada um ter isso claro e não se paralisar pelo

A Beleza das Coisas

Estes dias paulistanos tem sido encantadores. Desde muito cedo o céu mostra como é possível ser azul mesmo sem ter evidências reais disso – é tudo um lindo e maravilhoso reflexo do sol + diversos elementos gasosos na atmosfera. Deixando a parte “clássica” de lado, cinco da manhã é lindo demais. Do lado Oeste ainda é noite, e podemos ver estrelas brilhando mais do que às 21h, porque a poluição já baixou com o caminhar da noite. E do lado Leste está o Sol, que ilumina ainda mais a lua cheia destes dias. É um show. O mundo é repleto de espetáculos belos, seja nos dias ensolarados ou enevoados. Há dois sábados atrás fez frio e chuva fina na cidade, e os tons cinza ficaram ainda mais brilhantes, nos prédios velhos descuidados e no asfalto escuro. Era outra cidade, com a cara de quem quer ficar na cama quentinha só namorando, enquanto a chuvinha fina limpa o ar. A força da natureza é linda. Ondas fortes batendo nas pedras, ou a marolinha que parece um verniz na areia. A floresta fechada verd

Madonna

No sábado Madonna Louise Ciccone completou 50 anos. Lembrei de muita coisa relacionada a ela: a ousadia, a energia contestatória que fluía nas músicas e postura que eram incomuns tanto quando ela começou quanto em toda a trajetória. Conseguia resvalar numa linha tênue entre o vulgar e o diferente, fora do senso comum. E assim cresceu e firmou sua imagem ao longo de quase três décadas. Ela passou por tudo: cantora, compositora, escritora de livros infantis, produtora de livros de arte (qualidade contestada, o livro era o Sexy, feito de fotos eróticas com ela e outrem), ganhou um Globo de Ouro por sua atuação em Evita (coisa para poucos, fato). É mãe de dois filhos e consegue manter o abdômen em forma, chapadinho. Começou cheia de cruzes e aludindo ao catolicismo, passou por diversas linhas e encontrou respostas na Cabala judaica. Disse o que pensava e por vezes quase enterrou sua imagem em histórias confusas – o casamento com Sean Penn é boa prova disso – e parece que tem encontrado seu

Luxo só à vista!

A vida contemporânea traz inúmeras oportunidades para consumirmos, e cada vez mais estas oportunidades são revestidas de imensa complexidade para encantar o consumidor. Isso é parte importante da economia de mercado – afinal, se só fosse consumido no mundo o que se considera necessário para a manutenção da vida humana, 80% das grandes invenções nunca teriam saído do papel – e o resultado deste incremento no consumo é a geração de renda e empregos. Até aqui, tudo muito bem. A questão se complica quando estas oportunidades maravilhosas e tentadoras nos atraem quando nosso cobertor está curto. Ou seja, quando não temos reservas ou folgas financeiras que nos permitam “presentear” a nós mesmos com luxos. Falo disso porque vejo muita gente bastante esclarecida que, por vezes, cai nesta rede de encantamento e, quando se percebe, tem um luxo na mão e uma dívida nas costas. Não sou contra o consumo, menos ainda dos luxos que fazem por vezes a realização dos nossos sonhos. Mas sempre saliento qu

Você é uma linha ocupada...

Quem quer uma linha livre põe o dedo aqui É o que a menina quer dizer E quem quer entrar na roda, no jogo, bota o dedinho Pra assim a festa começar Mas a sua linha está ocupada E aí não posso te chamar Você fica de lado, esquecido mas não tanto Passo pela frente da sua casa e lembro E o que adianta tocar, pra ignorar? Deixa A linha ocupada tem dois usando E os dois certamente a aproveitam bem Se um não gosta de algo corta o contato E se tem quem prende, solta da parede e puf... Cai a linha E se estiver livre talvez eu te ligue Porque querer eu quero, mas será que você quer Que eu ligue pra você? Que te chame pra festar?E se você quiser vai encarar? Ah, Na dúvida melhor deixar passar Já aprendi que na rua, pra brincar é fácil Difícil é arrumar explicação pra quem fica É mais gostoso fazer por gostar e não pra justificar E menos ainda pra deixar pra lá, uma hora destas... E um dia pode ser que você saia pra festa Existe um risco: ela ter acabado Pelo menos esta festa, a que está acontece

Lilith

A história judaica nos contempla com a personagem Lilith, que em tese (até porque comprovação científica que é bom.... well....) foi a primeira mulher do mundo. Feita do pó da terra, surgiu junto com Adão, mas parece que ela foi um pouco mais independente e voluntariosa do que se esperava e contestou diretamente Adão por "ficar por baixo" ao amar. Depois desta confusão é que veio a Eva, oriunda da costela, e o resto é mais conhecido. A Lilith foi reservado viver nas sombras, daí veio a imagem da Lua Negra, do Escuro, pois que ela se tornou a sombra, o lado oculto. Esta é a história. O interessante é que pouco se sabe desta personagem, como se tivessem apagado os rastros. No entanto, li recentemente que dentro dos arquétipos da mulher e homem está a imagem dela, como a mulher que não nasceu de um homem, mas sim da natureza, numa relação igualitária. OK. Pois na semana passada o programa da Oprah - efetivamente gosto do show, já deu pra notar - dedicou-se inteirinho a uma cons

Por Nuno Cobra

Estes tempos tenho tido o prazer de ler A Semente da Vitória, livro do Nuno Cobra, preparador físico e mental que ficou conhecido por seu trabalho com esportistas, sobretudo por ter treinado Ayrton Senna. Já havia ouvido falarem bem do livro dele, e desta feita resolvi conferir. É excelente. Dele extraio algumas passagens que mereceram atenção e valem por uma aula: "Como o cérebro é burro, tudo o que a pessoa fala o cérebro anota e providencia - e então não consegue acertar mais nenhuma esquerda no tênis, os saques não entram, porque ela se programou para dar errado. O cérebro é uma grande força à nossa disposição. O que quero deixar claro é que acontece um verdadeiro milagre quando você leva ao cérebro uma certeza com emoção. E assim é em qualquer assunto da vida. O impossível é algo que é impossível até que passe a ser possível. É necessário quebrar os tabus, derrubar os paradigmas. Se estes acabam, pode-se alcançar o que quiser. Quando as realizações concretas c

Fé – II

Esta semana terminou com uma cena linda: Diego Hipólito alcançando a nota mais alta em sua apresentação de ginástica. Ele ficou em primeiro lugar na seletiva, e a ele foram atribuídos cerca de 15.800 pontos. Atingiu a pole position. Eu havia ouvido no dia anterior que, aos oito anos de idade, ele disse ao seu então futuro técnico: “serei campeão olímpico um dia”. Muito tempo passou, e esta é sua a primeira olimpíada, a da China. Ele chegou ao cenário. E amealhou o passe para a conclusão de sua frase. Nestes tempos acompanhei mais o Diego por várias coisas: uma delas é que está sempre sorridente, agradável, leve como é leve seu corpo forte capaz de coisas que surpreendem (eu fico embasbacada com a agilidade, impressionante!). A outra é que fala sempre no presente: “estou treinando forte”, “tenho conseguido focar para a olimpíada”, “quero atingir determinado resultado”. Não há condicionais nas frases dele, o que considero muito, muito bom. Ele se apresentou na sexta-feira, foi perfeito,

Longevos

Ontem apresentei uma palestra sobre Estratégias de Comunicação com foco para empreendedores. Eu esperava encontrar pessoas que estavam iniciando ou já comandando seus empreendimentos; encontrei pessoas interessantíssimas, ricas em idéias e que estavam estudando as áreas de negócio, oportunidades, criando seus planos de negócios (os famosos business plans). E em sua maioria, idosos. Espertos, saudáveis e cheios de energia, os participantes tinham aquele brilho no olhar que vemos em jovens quando pensam em seus sonhos. Mas o brilho do olhar desta platéia tinha uma perenidade, um grau de intensidade marcada pelo fato de terem pensado muito até chegar a aquele ponto: montar seu negócio depois de anos de trabalho em outras áreas. Alguns em áreas afins, outros totalmente inversos, como uma senhora que por anos foi da área fabril, aposentou-se, iniciou o curso de Psicologia, graduou-se, estagiou, e começa a montar sua clínica. Da aposentadoria ao momento presente, contam-se sete anos. Recome

Cérebro

Ontem soube que a menina Marcela de Jesus havia falecido há quase quatro dias. Para quem não sabe, é a garota que nasceu sem o cérebro totalmente desenvolvido (parte do tronco cerebral existia, e foi capaz de estimular as funções corporais e básicas neurológicas) e é caso único no mundo por ter vivido quase dois anos (iria completar em novembro deste ano). Há ainda muito a saber sobre o cérebro e tudo o que oferece; as pesquisas não se esgotam e cada vez mais vem sendo provado - empiricamente - que o cérebro consegue se adaptar a tudo, e mesmo reestruturar áreas perdidas, religar extensões afetadas. Diferente de muitas células que temos no resto do corpo, as cerebrais tem vida mais longa e maior agilidade em se reconstruir, curar-se, digamos. Mas o feito do cérebro pequeno, irrisório de Marcela foi marcante. Ela quebrou um paradigma, que bebês sem o cérebro desenvolvido viveriam horas, e só. Ela morreu por conta de uma broncopneumonia aspirativa, decorrente da deglutição de leite. Fa

Ciclos

Assim como o ano completa seus 365 dias (por vezes um a mais, mas fiquemos com a norma), cada ser completa seu ano, seu ciclo e isso é o aniversário. É como a volta completa e o retorno ao ponto de partida. Inicia e fecha, ao mesmo tempo. O curioso é que muita gente não se percebe disso sobre seus ciclos pessoais. Tenho comentado sobre o aniversário, data pessoal muito importante, pois é dela que se conta o início da história de cada indivíduo. É algo que transcende a pessoa, já que para que esta data existisse outras duas foram fundamentais: pai e mãe, conscientes ou não. É o início de Um a partir da Tríade: dois físicos e um não físico doidinho por uma experiência de vida física, que nasce e passa a ser o indivíduo. Bobagem dizer que "não pediu para vir", frase totalmente desprovida de verdade. Todos nós, sem exceção, escolhemos o momento e onde vir, com quem vir. Não há acasos. Com tudo isso, fica quase insano ignorar o ciclo, o aniversário. E comemorar o ciclo já é escolh

A Lógica das Boas Manicures

Pra quem é homem pode parecer um tema inconsistente, mas já há vários que sabem o valor de uma boa manicure. E parece um trabalho muito simples, sem grandes dificuldades ou mesmo tecnologia empregada; pode até ser, mas repare que, embora existam muitas pessoas trabalhando como manicures, passe em frente a um salão de cabeleireiro e verá a plaquinha “precisa-se de manicure”. Curioso. Boas manicures são raras, e parece que não param nos salões. De fato, há demanda até para estas profissionais (falo no feminino porque ainda não encontrei manicure homem...). E o que as faz tão disputadas? Analisei detalhadamente uma amostra, a Dida. Dida era integrante de salão de cabeleireiro e ali ficou por quatro anos, até alçar vôo próprio. O vôo deu certo, Dida atende em domicílio e comprou uma moto para facilitar o deslocamento e fugir do trânsito, sem falar que faz o tempo render. Ela tem sempre a pontualidade: chega na hora marcada, sorridente, tudo em ordem na maleta de manicure. Esmaltes novinhos

Chuvas

Ontem aconteceu o tão desejado momento de chuva, depois de mais de um mês sem uma gota sequer de água na cidade de São Paulo. Foi muito bom sentir o ar mais úmido, macio até. A natureza é deliciosamente inteligente, e faz das suas para lembrar a todos que é maior, mais ampla que nossos parcos conhecimentos. Por um mês ficamos sem chuva, numa firme estiagem, capaz de fazer com que lembremos a benção da água no dia a dia sem reclamar “ah, quando chove esta cidade fica horrível”. Desta vez, está o oposto. Ouvi muita gente comemorar a água que fez do domingo um dia cinza, friozinho. Alguém se queixou? Qual nada! Foi o pretexto ideal para muita gente ficar em casa estourando pipoquinha e vendo televisão, no mais autêntico e merecido sedentarismo (eu aproveitei para esticar a manhã na cama, o que fazia mais de meses que não ocorria...) e só observando a chuva fina lá fora. Penso que tudo é bom, quando vem da natureza. Há um saber maior que transcende nossa compreensão, como foi o tsunami de

Visões

Que todo dia é novo, não há dúvidas. Ainda assim há quem acredite que tudo continua igual, os dias passam iguais, sem mudanças exceto as do calendário. E deste modo vão conduzindo a vida, sem notar o cenário dinâmico que vai se estendendo à frente. O mesmo acontece com a forma que pessoas vêem seu cotidiano, seu mundo interior. Como se fosse sempre igual, poucas mudanças no corolário. Como hoje se inicia um novo mês – há quem diga que o ano já acabou, só por ser agosto, creia! – nada melhor do que exercitar a visão e fazer dela uma lente de aumento para as coisas que realmente queremos e desejamos alcançar. Coisas que podem ser materiais ou espirituais (estas últimas por vezes bem mais difíceis), e que só se tornarão verdadeiras com nosso comprometimento com a visão. Sem visão, tudo é sempre igual. Vá além da multidão e veja longe, para que o foco de sua visão esteja sempre perto dos desejos de seu coração.