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Mostrando postagens de junho, 2008

Planejamento Estratégico

Pra começar a semana e terminar o mês nada como algumas dicas que tem funcionado no meu cotidiano e são foco das minhas pesquisas. Falando nelas, tem horas que me sinto a Ana Maria Braga ou mesmo a Martha Stewart – experimento tudo antes de ir para o ar, se ficou bom ok, senão será refeito para não causar problemas a audiência (neste caso, seria lediência?). E planejamento estratégico é algo que tenho me dedicado a pôr em prática na vida cotidiana, porque acredito que tudo que tem rigor científico precisa ser testado no mundo real (e prático); nada mais real do que a vida de dona de casa + empresária e outras coisas mais. Com o planejamento estratégico tive condições de fazer mais com menos, inclusive para ter assunto todo dia neste blog. A primeira coisa para que isso acontecesse partiu da premissa: “O que quero que aconteça dentro de um determinado período?” A segunda foi a premissa “O que não quero que aconteça?” A terceira (sempre a terceira, honrosamente) é determinar a linha de t

Neblina paulistana

Estas manhãs o céu abre branquinho, sem visualização maior do que 60 metros. Depois de duas horas surge um sol delicioso, aquecedor e inspirador, que faz a diferença no Hemisfério Sul, onde quase todos os dias são ensolarados (pude ver isso claramente em Angola e África do Sul). Há o fato de estarmos nos trópicos mas mesmo os extremos como o sul da Argentina e Chile são banhados por dias ensolarados. Muito gostoso mesmo. E o interessante é que debaixo daquela neblina forte está o sol sempre; nos dias chuvosos escondido, mas ainda deixa escapar algumas farpinhas. Mesmo que não possamos ver claramente, está ali. Esperando por nós, todos os dias. Tenho lido muito sobre O Poder do Agora, do Eckhart Tolle. Lembro da neblina - e a vejo da minha janela - para contemplar enquanto ela existe agora cedo. Daqui a algumas horas ficará só na lembrança, e pode retornar amanhã, quem sabe? Ela é a contemplação do momento, e usufrua dela. Até e bom fim de semana!

Gula

Pecado capital relevado, a gula ou o comer em excesso consegue ter o lado interessante do ponto de vista consumista; as indústrias estimulam o tempo todo a consumir mais e mais, coisas novas, delícias de todo tipo. E na contrapartida auxiliam a movimentar uma indústria poderosa da magreza, com produtos, medicamentos, técnicas, cirurgias para emagrecer tudo aquilo que a indústria estimulou por anos a comer. E penso: por que comer se torna um problema, quando poderia ser um doce prazer? Fácil: fique triste e controle a si mesmo antes de cair matando sobre um pacote de pipoca doce cor de rosa; ou troque o pacote por batatinhas fritas, um refri e um docinho... vai doer menos. E assim a comida passa de alimento a alívio, o pontapé inicial de uma grande dependência. Há quem coma de menos no mundo, e morra por isso. Não é o caso no Brasil, que se jogar uma semente no chão nasce um pé de qualquer coisa; mas em vários lugares uma gota de água é preciosa e o solo fértil inexiste. Falta comida

São João

Ontem foi o dia de São João, o segundo dos santos juninos. Como reza a tradição, é um dia bem frio, geladinho, bom pra tomar quentão ou o vinho quente com pedacinhos de maçã; para curtir fogueira mesmo sendo de gás (o hábito de usar lenha não é de todos, e tão mais prático é ligar o gás e fazer da casa um forninho...), relaxar curtindo o lado tradição-família caipirinha. E curtir São João. Por aqui o lugar onde mais se festeja a Festa Junina não registrou temperatura baixa; pelo contrário, em Pernambuco e todo o Nordeste o mais fresquinho ficou em 21 graus. E de lá vem a história festeira do santo, São João Batista, aquele que batizou Cristo. É dito que nasceu em 24 de junho e para comemorar a data o que não pode faltar é dança e muito, muito forró. A lenda diz que São João dorme e só acorda com os fogos; dizem que se ele ficasse acordado vendo as fogueiras que são acesas em sua homenagem, “não resistiria e desceria à terra”. As fogueiras dedicadas a esse santo têm forma de uma pirâmid

Mantras e outras coisas

Vivemos o que se diz ser uma Nova Era, e nela o que se busca é o equilíbrio perfeito, e nesta busca sobresaem-se os mantras, formas sonoras em sânscrito que tem em seu significado uma vibração de poder, capaz de estimular outras vibrações para a pessoa conforme o que é emanado. Assim, mantras podem trazer vibrações de saúde, de amor, prosperidade e diversas outras possibilidades. No entanto, creio que somente dizer o mantra pouco fará por nossa prática felicidade; há o lado atitude, mas também o lado emocional de saber claramente do que se está falando, vibrando. Quando sabemos o que emanamos, clareamos nossas expectativas e facilitamos o processo de mudança. Eu acredito muito no poder das palavras, e assim sendo, nos mantras. Procuro assim saber bem do que estou falando. Outro aspecto que julgo importante é a constância, a disciplina e continuidade. Constância que se fortalece pela Disciplina, e tem sua força na Continuidade. Não adianta fazer uma vez só e pronto: é preciso investir n

A ARVORE DOS DESEJOS

Publicado originalmente no site www.grandefraternidadebranca.com.br No conceito indiano (védico), o Paraíso é composto por árvores-dos-desejos, as quais basta você sentar debaixo e desejar qualquer coisa para que imediatamente se realize, sem que haja intervalo entre o desejo e a realização. Uma vez, um homem estava viajando e, acidentalmente, sentou-se embaixo de uma dessas árvores-dos-desejos. Sem saber do conceito acima e domado pelo cansaço, adormeceu. Ao acordar, estava com muita fome, então disse: - Estou com tanta fome que desejaria poder conseguir alguma comida em algum lugar. E imediatamente apareceu comida, vinda do nada, simplesmente uma deliciosa comida, flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde viera a comida. Comeu assim que a viu. Somente depois que a fome desapareceu é que voltou a olhar ao redor, já satisfeito. Outro pensamento veio à mente: - Se houvesse algo para beber... Imediatamente surgiram excelentes sucos e néctares. Bebendo e rela

De olhos bem abertos

O sistema bancário mundial tem muito a ensinar aos mortais, principalmente os brasileiros; uma das coisas que bancos fazem muito bem é zelar pelo que tem, sendo extremamente atentos a todos os movimentos, sem descuidar do momento presente. Traduzindo: banco nunca perde. Quando parece que o banco perde ou perdeu, posso assegurar que não há prejuízos; alguém ou alguéns tiraram proveito da situação que gerou a perda – o que de fato se explica não só pelo sistema bancário mas por toda a natureza: não há perdas, mas sim direcionamento de recursos diferente do esperado para algo não esperado (deu pra entender bem né?) – e agora há o rescaldo das sobras. No caso de bancos, há seguros e instituições que impedem uma bancarrota total, mesmo nos casos mais cabulosos. Isso mostra uma coisa muito claramente: quem tem cuida. Os bancos detém um volume de recursos imenso e procura fazer o melhor uso possível para que os recursos se multipliquem com o mínimo de esforço. É novamente como a natureza: faz

Imigração e sucesso

Ontem foi comemorado, de fato e direito, o centenário da imigração japonesa no Brasil. Em Santos, onde tudo começou, o dia no porto foi movimentado com a presença de navios militares com a guarda real do imperador japonês, sem falar que até domingo os navios ficarão ao dispor dos visitantes como parte das comemorações do centenário. Vai ser, sem dúvida, um belo passeio para quem puder visitar o porto de Santos. O navio que veio há cem anos atrás, o Kasato Maru é considerado pela historiografia oficial o primeiro navio a aportar no Brasil com imigrantes japoneses; chegou ao Porto de Santos trazendo 165 famílias, que vinham trabalhar nos cafezais do oeste paulista. O Japão vivia, desde o final do século XIX, uma crise demográfica. O fim do feudalismo deu espaço para a mecanização da agricultura. A pobreza passou a assolar o campo e as cidades ficaram saturadas. As oportunidades de emprego eram pouquíssimas, formando uma massa de trabalhadores rurais que não tinham para onde ir. No Brasil

Drácula, ou o amor absoluto

Um filme que vale a pena ver e rever é Drácula de Bram Stoker, dirigido por Coppola e lançado no início dos anos 90. Considero um dos filmes mais eróticos e românticos já produzidos, que tem acertos perfeitos em imagem, em textura e na escolha feliz dos atores. É um deleite, maravilhoso. Tão relevante quanto isso é a história mostrada nele, de um homem que ama intensamente a ponto de desafiar todas as forças, o sistema regente (metaforicamente mostrado como a Igreja) e todo seu tempo é em busca do amor que se esvaiu, e é reencontrado em Mina, vivida pela Winona Ryder. O Drácula é Gary Oldman, numa atuação intensa, e por seus olhos é mostrada a força de uma emoção que transcende a paixão e tem sua raiz na alma, que em se tratar de um vampiro é inexistente; mas o Drácula da história tem uma alma imortal, algo dolorosa, mas altamente erótica e sensual. Não creio que seja preciso viver por séculos buscando o Grande Amor, até porque, pelas sincronias do universo e da vontade Divina ele, o A

Pelo amor ou pela dor?

“ A terra é preciosa, e feri-la é desprezar o seu Criador. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos” - Cacique Seattle E a questão do lixo e da bagunça continua sendo uma das mais recorrentes em todos os trabalhos que faço: desde orientação financeira até como recitar mantras o aspecto do resíduo aparece embutido. A geração atual de crianças talvez esteja sendo estimulada nas escolas a lidar melhor com reciclagem e organização. Digo talvez porque penso que se isso acontece, é somente em poucos lugares, pois vejo em diversas comunidades carentes lixo acumulando dia a dia e uma grande confusão sobre como lidar com o que se tem e aquilo que deixou de ser útil. A exceção acontece nos produtos que, reciclados, geram rendimento, que é o caso das latinhas de bebidas; estas dificilmente são vistas “perambulando” pelo caminho. Mas o volume de lixo e resíduo mostra também como não nos importamos com o que temos, pois nele há um alto grau de desperdício, de má ges

Eu nunca vou te abandonar...

Esta frase está estampada em muitas camisetas de corintianos, e foi sucesso nas vitrines logo depois do rebaixamento do time para a segunda divisão do futebol, ou seja, saiu da série A para a série B. Isso aconteceu no final do ano passado (2007) e afetou a segunda maior torcida brasileira (a primeira é do Flamengo, time do Rio de Janeiro). Houve muito choro, ranger de dentes e coração partido; no entanto, o interessante é que os torcedores (e a direção do time, principalmente) ficaram consternados mas não pensaram em debandar; melhor: pensaram sim em oferecer claramente seu apoio ao time. Daí nasceu a camiseta com a frase “Eu nunca vou te abandonar”, e atrás, o logotipo do time do Corinthians. Eu não sou corintiana, mas sim são paulina (time campeão mundial, façanha para poucos, viu?); no entanto, o que me admira é a fidelidade da torcida corintiana, que capitalizou em cima de sua vontade em pertencer, mesmo sob uma derrota fragorosa, junto a algo que acredita. Eu digo que a torcida d

Sexta de Santo

13 de junho é o dia do primeiro Santo das festas juninas, o Santo Antônio. Só para lembrar depois virão São João (o que dá o nome das festas, efetivamente) no dia 23 (há quem diga que é 24) e São Pedro no dia 29. Os três são os padroeiros das festivas brasileiras que, em cada lugar, tem sua cor e forma. No nordeste é como carnaval: dura mais de uma semana e tem lugar para dançar até cansar; no sul é diversão nas escolas e nos clubes, nos grupos de amigos porque é o melhor pretexto pra comer besteiras deliciosas, como a maçã do amor e tomar quentão. Aliás, tomar quentão neste tempo de 25 graus é como o café na praia - pra quem gosta não tem coisa melhor.... Mas hoje é o Santo dos Casamentos, que a tradição diz para deixar de cabeça pra baixo a estátua do santo para que ele "se mexa" e providencie logo o par ideal. Falo par porque simpatia casamenteira não é exclusividade de mulher ou homem; hoje em dia dá de tudo no momento do desespero (ou seria ansiedade?)... Entretanto, com

E como será o seu amor...

Como é dito, o amor é algo que mexe tão profundamente e por dentro que por vezes chega a fazer pensar se é algo correto. E é, pois é uma emoção que faz tamanha diferença, colore a vida e a deixa tão mais macia e linda, mesmo sendo longe, mesmo sendo naquele dia de chuva caída. O amor pressupõe amar, primeiro a si e depois a aquele para quem o amor não falta, como a cornucópia. É inesgotável, de tanto que brota e gera; amor efetivamente nem precisaria do amado ou da amada, pois só deles existirem já se basta. Amar é pleno e não contém posse. Amar é só agir. Amar é tão pleno e vasto que por vezes gera grandes confusões. Aquele que ainda vê o amor como dor precisa urgentemente atualizar seu software, pois terá certamente muitos vírus e cookies maliciosos habitando seu sistema operacional. Amor é tão grande e incomensurável, impossível de ser corrompido, seja por hackers ou por nós mesmos, poderosos intelectos em confundir os próprios caminhos. Dor é medido em escalas, pois é algo relativo

Existem palavras que, ao serem mencionadas, trazem à mente várias possibilidades - e por vezes também trazem conotações diversas - e as duas letrinhas que formam a FÉ tem tamanho poder no imaginário que se torna até perigoso falar de seu significado. E por gostar de riscos, escolhi este tema para comentários. Sinto, ouço, vejo e percebo o tempo todo pessoas preocupadas em melhorar sua performance. Seja na vida esportiva (onde é comum), na vida pessoal, corporativa, há uma busca incessante por sistemas, métodos, até mesmo fórmulas que estimulem melhores resultados, otimização dos recursos, aumento quantitativo e qualitativo; enfim, tudo o que signifique "mais" e "melhor". São livros, cursos, vivências que prometem mudar, estimular, fazer acontecer. Há uma grande demanda à disposição (literalmente). No entanto, não critico esta oferta vasta de soluções. É bom que exista, pois auxilia no processo de escolha do que melhor se adapta a cada individuo. Comtemporizo que, de

Empreendendo sucessos

Empreender é um processo que creio ser para poucos, aqueles com coragem para administrar o risco que é significativo em montar um novo negócio, seja qual for o tamanho e área de atuação. Costumo dizer que empreender traz somente dois sentimentos: o medo e desconforto perante as dificuldades que por certo vão surgir, e a vontade de encarar o desafio, crescer e sentir a adrenalina em ação ao desenvolver da idéia o concreto gerando resultados e lucratividade. Para auxiliar os que estão no segundo grupo, trago algumas luzes para reflexão: . clareza da área onde atuar - por vezes empreendedores tem como forte motivação o sonho de um determinado negócio; embora isso seja altamente importante para manter o dinamismo em alta, é preciso saber bem o panorama do mercado, consumidores, local e forma de desenvolvimento do trabalho. Isso é conseguido pela observação, por pesquisa e principalmente por uma visão crítica dos prós e contras da área onde o negócio estará; . espírito empreendedor líder -

O Senso de Tempo

Por Airton Luiz Mendonça, publicado no O Estado de São Paulo O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... Você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamen

Chega de distração!

Pra começar, ler blogs não é distração (senão quem é que vai entrar aqui né não?)! Mas para fazer o tempo render a premissa básica é evitar distrações, coisas que tirem seu foco do objeto a desenvolver, o que você tenciona fazer ao longo do dia, ou de sua tarefa. Parece simples e é, porém noto que há muita resistência em manter o foco. É gente perguntando o telefone de um contato; é a interrupção telefônica com um assunto nada relacionado mas muito do interessante; é o email com uma linda mensagem que te emociona, daí a lembrança do passado, ah...; tem o imponderável, a contingência com o cliente que interrrompem a linha de raciocínio. Enfim, não faltam eventos para desculpar. Mesmo com isso, principalmente com aqueles que não dá para deixar para depois - neste caso anote onde parou, atenda ao chamado, ao cliente e depois volte straight para o tópico - há quem se sinta mal em dizer não por certas vezes. Mas posso adiantar que estas pessoas ouvem muitos "nãos" em outras esfera

De dentro para fora

Recentemente ministrei treinamento em Etiqueta Empresarial, para uma equipe de uma multinacional de informática. O grupo participante foi extremamente aberto a novos conceitos e informações, bem como atualização de conhecimentos. O curioso é que, no primeiro momento, ao se falar em Etiqueta, a imagem é de algo como "set de regras de como sentar, falar, pegar a xícara, usar talheres..." e acontece sempre uma resistência, porque, com esta imagem, parece coisa de gente antiga.... No entanto, Etiqueta hoje é algo revalorizado porque os conceitos que eram senso comum agora voltam ao cenário como elementos que tem feito falta no mundo corporativo. O outro detalhe é que a Etiqueta difere bem de um set de regras. Ela é resultante de um conhecimento prévio de si mesmo, portanto parte da própria pessoa para o ambiente. O que visa a Etiqueta é, em última instância, a Ética. A relação boa entre pessoas que respeita os envolvidos, enaltece o que há de bom e mantém atenção no que precisa

Compre sempre à vista

Hoje apresento um texto do consultor Stephen Kanitz, e considero um dos mais sintéticos sobre como lidar com o consumo. A tradição das religiões não permite incorporar algumas modernidades, situações novas com as quais os antigos não conviviam. Infelizmente não podemos criar mandamentos que eliminariam imenso sofrimento humano, que reduziriam inúmeros conflitos familiares modernos, que devolveriam paz de espírito a muitos seres humanos. Se pudéssemos, eu proporia um décimo primeiro mandamento: "Jamais comprarás a prazo". O endividamento pessoal, o crediário sem fim e as compras a prazo deturpam a condição humana. O trabalho se torna uma obrigação, a de saldar as dívidas do consumo, em vez do contrário: O consumo deveria ser a recompensa merecida pelo trabalho bem feito. "Curta hoje, pague depois", tornou-se o novo lema do consumismo mundial, uma inversão da ética milenar de colocar o sacrifício antes do prazer. Talvez por isso somos um povo eternamente endividado, p

Limpeza pesada

Uma das coisas que me incomoda bastante é o conceito, ou melhor, pré conceito que se tem das religiões afro brasileiras, em especial o candomblé. Alguns consideram algo menor, outros como se fosse bruxaria, feitiçaria ou similar. Nada mais errado, até por ser algo que transcende civilizações conhecidas. Mas abordar por onde tudo começou foge ao que pensei nesta manhã, que é falar sobre as energias, entidades ditas "esquerda", que para muitos são o "terror". Para entender melhor gosto de analogias. E para mim é claro que todo o universo é dinâmico em trocas energéticas, afetando e alterando o meio onde se está. Daí que neste espectro há energias atuando sutilmente, outras mais fortemente, porém todas obedecendo um fluxo da natureza, que é a preservação dela. A manutenção do processo de perpetuação da vida. Este conceito resume bem o objetivo corrente de todas as energias. Em outra analogia é como se estivéssemos na prateleira de um supermercado, no corredor dos produ

Perdoar os Amigos

Começo a semana reproduzindo uma mensagem enviada pela amiga Ana Cláudia Bião, da Clínica Multiperfil de Luanda, Angola. O texto é do dr. Bezerra de Menezes, recebido pela médium Shyrlene Soares Campos, do Núcleo Servos Maria de Nazaré. Para mim o texto veio no momento mais oportuno possível. Quando falamos em perdão, pensamos logo nos nossos inimigos, pensamos o quanto é difícil para nós passarmos a borracha do esquecimento sobre agressões, calúnias, perseguições, sejam elas no campo carnal ou espiritual. Mas, nos esquecemos de um fator importante: o inimigo nos fere e vai embora, fica distante. Perguntamos então, quantas vezes vamos perdoar os nossos amigos? Aqueles que estão perto de nós e perto de nós permanecem, aqueles que, muitas vezes, nos magoam, aqueles que, em vários momentos em que precisávamos de auxilio nos negaram, ou a quem nós oferecemos auxílio e foram ingratos. Esses permanecem conosco. Então, é preciso uma grande dose de benevolência, de compreensão, para que os am