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Mostrando postagens de março, 2010

E aí, vai de bife?

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Depois de falar de quaresma, fica parecendo lição de moral ou algo com teor religioso, mas não é. Eu hoje lia sobre a influência de alimentos nas pessoas – e inclusive vai ter um programa na TV falando sobre isso nesta noite – pra pensar que a questão vegetariana vai além de simplesmente poupar carnes. Uma experiência pessoal: durante anos fui fissurada em comer carne, do jeito que fosse apresentada e de qualquer maneira. Nisso entenda que poderia ser malpassada, ao ponto e bem passada. Chegava a salivar só de pensar na possibilidade de fechar a noite traçando um baita prato com carne. Churrasco então, era o delírio! O detalhe é que eu me sentia extremamente bem depois de comer carne, a ponto de ser uma super-heroína mesmo, capaz de qualquer coisa. Poderia ficar sem dormir noites inteiras (coisa que eu fiz enquanto trabalhava na redação da FT) e mesmo dançar horas a fio sem me cansar. No entanto, o corpo apontava o excesso de carne e derivados de forma curiosa: espinhas espalhadas pelo

Ronald Reagan

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A ponta do fio de Ariadne que me fez trazer Reagan à baila foi o clipe de World Destruction, produção deliciosa de ouvir do DJ Afrika Bambaataa e John Lydon (aquele do Sex Pistols, que já foi Johnny Rotten, o dos dentes podres). Nele Reagan aparece até mais que a música. Pudera. Lembro do meu pai inconformado com o fato que Reagan tinha ganhado a disputa pela presidência dos Estados Unidos. Como poderia um ex-astro mediano – põe mediano nisso – de filmes B Hollywoodianos ter seguido uma carreira política baseada no Oeste e conseguir o cargo máximo no país? Outro detalhe é que Reagan era divorciado; isso, no início dos anos 80, ainda era um tabu, que chegava a ser constrangedor para um político de primeira linha seja nos EUA ou aqui. Na foto, ele não parecia ser alguém carismático como Kennedy. Era mais velho que meu pai, e tinha até similaridades com o modo de pensar. Reagan me passava, no inicio do seu mandato, um daqueles presidentes que iria fazer sua parte e mais nada. Aliás, nada

Vontade de consumir dá e passa...

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Diga a verdade: quem é que nunca pensou em afogar as mágoas comprando qualquer coisa para diminuir o desconforto? Ou ainda pensou em adquirir o objeto de desejo aqui agora, sem mais pensar e com toda aquela energia do tipo “tem que ser agora, neste minuto”? É a famosa vontade – ai que vontade que dá! No mundo perfeito temos vontade de algo e podemos bancar esta vontade, e isso é muito gostoso. Queremos tomar um café, vamos lá e tomamos; queremos falar com amigos, para isso temos telefones, celulares, mensagens instantâneas, perfeito. Para estes quereres temos poucos custos, e talvez por isso acabamos não percebendo quantas vezes realizamos nossas vontades, quase que inconscientemente. Mas quando se trata de dinheiro a vontade tem um preço mais alto. Será que tenho condições de bancar esta minha vontade agora? Se sim, vale pensar: será este o momento adequado para realizar esta vontade, talvez mais por motivação que não é do objeto ou serviço em si, mas pelo que está por trás? Um bom ex