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Mostrando postagens de julho, 2010

Surrender your heart

Entregue seu coração, esse é o título deste post e de uma música charmosa dos anos 80, da banda Missing Persons. Mas o interessante da frase – inclusive da letra da música, que você pode ouvir bem em diversos sites alem do youtube – é a ideia de entregar seu coração a alguém. E esse alguém pode ser a si mesmo. O coração é dito como sendo a morada das emoções e tudo o que foge a lógica. A história mundial prova isso e justifica muitas ações como “forças do coração”. Fato é que o tempo passa e sempre há uma história de alguém que literalmente entregou o coração a algo ou uma pessoa, seja por um ideal ou sonho, por uma sensação efêmera ou eterna. Foi uma entrega, e das boas. Enquanto escrevo este texto tenho feito a leitura do novo livro do Deepak Chopra e Debbie Ford (há mais uma autora mas confesso que ainda não cheguei na parte dela, portanto o nome me foge), o Efeito Sombra. Ali há muitos comentários sobre o poder das emoções e a força das mesmas em fazer a vida seguir dividida em luz

QUEM QUER EMPREGOS?

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Em ano eleitoral, como no qual estamos, um dos tópicos que os candidatos terão de encarar é a geração de empregos. Ouve-se muito dizer da dificuldade de novas vagas, o peso da contratação e outros aspectos que atrapalham o crescimento dos postos de trabalho. Pelo que se fala na mídia, muita promessa já se configura e fórmulas mágicas são citadas para demonstrar que é possível criar mais empregos. Candidatos se apressam em informar que, votando neles (as), certamente mais empregos serão gerados, entre outras coisas... – mas poucos abordam o ponto delicado da questão, que não se resume em ter mais empregos. Seria melhor dizer ter mais gente qualificada para as vagas existentes. A economia vem estável há tempos, fato que gera negócios; e esses, por definição, trazem oportunidades para mais gente produzir e dar resultados. Ou seja, há empregos no mercado. Há vagas em aberto. Mas estas vagas não são preenchidas por algum motivo. O que consegui apurar de parceiros comerciais é que isso se dá

A sonoridade saborosa da cidade

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Nem está claro o suficiente para ser dia nem escuro a ponto de se dizer que ainda é noite. Mas dá pra ver que as nuvens abriram espaço para que muitas estrelas brilhassem até quase as 6 da manhã – um prenúncio de dia ensolarado e lindo. Emoldurado pelo recorte da serra que limita parcialmente a cidade. O som da cidade aponta o ritmo do seu amanhecer. Não precisa ser muito alto, já que imperou o silencio durante horas. Um ônibus freia lentamente, porque não há trânsito nem pressa. Os carros passam, luzes acesas deixam a pista mais colorida, num contraste curioso entre dia e noite. Pouca gente caminha, embora já sejam quase 6h30. Depois, o metrô está cheio, muito cheio. As pessoas já sabem os truques para lidar com o transporte público: chegam cedo a ponto de pegar o trem na direção contrária e assim garantir um lugar quando ele retornar ao rumo certo. Há quem leia, quem ouça música para si mesmo e para os outros. Há quem sorria e se divirta, outros estão ainda dormindo, mesmo de pé. A c

Rápido pra perder o costume...

Se eu fizesse uma pesquisa informal sobre o quanto as pessoas estão com pressa, sabe o que iria acontecer? Nada, pois eu não conseguiria parar alguém que pudesse me dedicar uns dois minutos de conversa. Vi isso hoje cedo observando uma senhora que estava procurando pessoas para responder a uma pesquisa de consumo – eu não posso responder a este tipo de coisas por ética profissional, afinal sou publicitária – e ela me abordou, quase implorando para que eu parasse. Eu parei, mas logo adiantei que não poderia ser entrevistada por ser publicitária. O rosto da pesquisadora mudou do sorriso para a lástima. Ela até tentou perguntando se eu realmente trabalhava em agência... e confirmei. Não tinha como escapar. Mas eu poderia fazer perguntas e a primeira foi “quantas pessoas você já entrevistou hoje”, sendo que até então ela não tinha preenchido um formulário sequer. A hora da pergunta: 11h25. Segunda pergunta: “há quanto tempo você está aqui abordando pessoas” teve como resposta “mais de uma

O bem que você me faz

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Hoje eu tenho você aqui junto comigo enquanto crio este texto, que é uma forma de contar para o mundo – e principalmente para você – o quanto sua presença tem feito tão bem na minha vida. O dia que eu te vi pela primeira vez não era originalmente pensado em te trazer pra casa; eu estava somente de passagem, e a minha curiosidade me fez parar na lojinha do shopping para ver o projeto de adoção de animais abandonados. Como a loja era do lado do caixa automático, não custava nada passar ali. Os primeiros que eu vi eram grandes, com olhos extremamente dóceis, e você estava lá no cantinho, encolhido, pequeno. Na hora eu estabeleci um carinho imenso por você. Nem pensei antes de falar com o Marcelo para saber mais a seu respeito. E ele, espertamente, percebeu que eu seria a pessoa certa para você, ou como se diz em inglês, “the one”. Ele me perguntou se eu queria pegar você no colo e assim tudo começou. Na primeira hora você nem olhava nos meus olhos, achei que era porque não tivesse curtido

Estar apaixonado faz muito, muito bem.

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Paixão é uma palavra forte, que jamais passa despercebida. No fim de semana fiz uma breve experiência perguntando a amigos o que sentem quando se fala em paixão. As imagens que a palavra trouxe variaram da clássica Paixão de Cristo à paixão do primeiro amor, passando por paixão fulminante, paixão devastadora, paixão deliciosa, perda dos sentidos, perda da razão, entre outras que cabem no mesmo balaio do sentimento que tira a racionalidade. Mas não penso na paixão, no estar apaixonado como algo que quebre o sentido do ser, e o faça agir de forma descontrolada. Percebo a paixão como uma força vinda do gostar que existe nesse mundo para nos fazer sentir o bem e a graça de sermos humanos, muito humanos. Não imagino paixão entre animais ou plantas – do que li, animais respondem a instintos, que diferem totalmente de um estado inebriante de paixão. A todos que perguntei, todos já se apaixonaram. Alguns transformaram a energia da paixão em amor, outros viveram a paixão intensamente. E houve q

Smiling

http://www.youtube.com/watch?v=GoIAVw_LiaQ&feature=related

A minhoca e outras histórias

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Então no feriado você procura fazer tudo aquilo que nunca tem tempo para fazer, e pode se dar ao luxo de fazer sem o sentimento de “poderia estar fazendo coisa melhor”. Neste ritmo o que mais apeteceu, além da piscina social do prédio e a academia – esta última lembra um pouco trabalho, o que não é justo neste momento de ócio – foi olhar pelo bem estar geral das plantas. Em tempo: no apartamento onde moro fiz questão de ter plantas. Acredito que planta é como um sinal inequívoco de “aqui tem um lar”. Planta natural, daquelas que fica feia e bonita conforme a vontade de seu dono, jamais aquela planta que brilha como verniz e é de verniz mesmo, que nem a mim, que sou distraída, dá pra enganar. Para começar a atividade eu deveria ter à mão todas as ferramentas ideais para o bom cuidado com as plantas. Adivinha: não tenho nada, vai ter que ser na raça mesmo. E na criatividade: fiz do cabo de madeira do pincel um excelente objeto para afofar a terra e revirar de modo a soltar as raízes soli

Ah, mas esta ansiedade...

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Acho que pinta uma ansiedade antes de começar esta dancinha... Ansiedade é aquela coisa emocional que todos conhecemos, e que penso ser endêmica no mundo – talvez no Oriente as pessoas lidem melhor com isso, mas li recentemente que ela é presente nas populações indígenas, que a principio parecem ser tão certinhas, equilibradas... Por mais que saibamos que gerar ansiedade não leva a nada, ainda a ansiedade leva a melhor em boa parte das situações. Hoje, como ser humano normal e neurótico, a danada resolveu me pegar e estamos numa contenda significativa. Se não fosse o autocontrole eu já teria literalmente posto os pés pelas mãos. A ansiedade é minha conhecida há tempos. Lembro das primeiras vezes que fui a escola, e ela já estava bem presente no meu dia a dia; muito antes da hora de ir para a escola nós já travávamos contato, e a danada ia ficando bem forte, quase explodindo no momento de entrar no prédio da escola. Em geral, eu e a ansiedade não íamos sozinhas, pois havia sempre a pre

O encontro de Deus (ou São Paulo a Rio via Minas...)

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Desde cedo ouço falar em Deus. As primeiras informações davam conta de um ser que tudo via, tudo sabia e tudo controlava. Ele não era visível, mas a imagem divulgada era de um homem mais pra velho, que ficava sentado em alguma nuvem observando e julgando o que as pessoas – seus filhos – estavam fazendo. Era vigilância 24 horas por dia 365 dias por ano. Nem precisa dizer que este Deus dava mais é medo. Com o tempo ouvi definições de Deus, cada uma com mais ou menos sofisticação. Desde “Deus é tudo” até “Deus é a inteligência maior, suprema reinando em todo o universo, causa primária e fundamental de todas as coisas” (esta especialmente era do tipo “vamos decorar”, porque ficava bonita dita por uma criança, não é?). Mas este Deus começou a me fazer pensar com insistência, tanto acerca Dele quanto de tudo o que existe. Lembro de um dia ter pensado, aos nove anos, como ficaria o mundo se eu não existisse mais, ou mesmo se nunca tivesse existido. Foi bem curioso chegar à conclusão que eu e