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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Na era da velocidade, ter paciência é uma dádiva...

Para fechar a semana apresento um texto muito bom, escrito pela pesquisadora Eunice Ferrari que contempla um desafio – agilidade versus paciência. Vivemos na era da velocidade, do descontrole e da ansiedade. A maioria das pessoas anseia durante todo tempo por algo que nem sabe ao certo o que é. É certo que este é um século que exige rapidez nas ações e idéias, mas nada disso é possível se as pessoas não páram para respirar e tentar compreender seus anseios e sentimentos. Algumas qualidades humanas se perdem quando o ritmo acelera demais. A quantidade de informação recebida diariamente impede o filtro necessário às escolhas corretas. Onde colocamos a doçura, a prudência, o respeito ao limite, a capacidade de compreensão e a paciência? Parece que nesta era enlouquecida as pessoas perdem a capacidade de tolerar. Querem tudo pronto. Desejam que tudo aconteça já. Porém, nada que seja duradouro é feito sem a ajuda do tempo. E este é uma espécie de deus que devemos reverenciar diariamente. O

Para pensar...

Uma quinta-feira merece trazer a lembrança do aprendizado que tive e tenho tido com clientes, amigos, parentes e todos que cruzam o caminho. Neste processo ouvi uma história interessante sobre o Medo de Gente. Ela tinha 15 anos, no máximo; ele tinha 17, porque já havia repetido de ano duas vezes, portanto puderam se encontrar. Ele tinha muitas dúvidas sobre se era ou não homossexual, ela tinha dúvidas entre paquerar algum menino bonito da classe ou permanecer uma menina zelosa pela coleção de bonecas e com boa performance num jogo que era comum nas ruas de São Paulo nos anos 70: queimada. Ficaram amigos. Ela entendia que ele tinha algumas diferenças, mas se sentia segura na companhia dele porque não havia química no ar, eram apenas bons amigos. Ele percebia que ela era ainda menina, e não aplicava jogos de sedução baratos. Podia comentar com ela sobre as novelas e não ser criticado. Passaram a sair juntos quase sempre. Um dia a mãe dele ligou para a mãe dela e deixou recado: - A mãe do

Medo de gente – II

O primeiro passo para vencer a resistência em negociar ou mesmo propor uma negociação parte de uma auto-análise: o que priorizo mais, a mim ou ao outro? Conheço muita gente que prefere sair prejudicada (entenda que o preferir não é algo ativo, é inconsciente, como uma reação) do que desagradar a outra parte. Não digo prejudicar, porque isso ninguém deseja conscientemente. Entretanto, há uma diferença entre impingir sofrimento a alguém ou fazer prevalecer o que é bom para si. Reforço um ponto nevrálgico para algumas pessoas: a pessoa mais importante para cada um é si mesmo. A Bíblia é clara quando diz “amai ao próximo como a si mesmo”, no que pressupõe o maior amor ser individual, o amor por si, que é bem diferente de um mundo egóico que só enxerga pelo viés do ego. É uma visão que parte de si, da Essência Eu Sou de cada um, e que para cada um é o mais importante desta vida. Ora, se não tenho a mim como o mais importante, e não busco agradar a mim em primeiro lugar, por não reconhecer m

Medo de gente – I

Este título resume um pouco o que noto quando comento sobre negociar, tomar a iniciativa em propor um acordo, trazer luz a um conflito ou qualquer coisa que implique resolver uma pendência. Quando abordo o tema seja em palestras ou treinamentos, os olhos de muitos treinandos traduzem, não importa o lugar geográfico, um reflexo involuntário, o medo. Medo de negociar, de propor uma negociação ou uma solução para o conflito. E assim muitos me perguntam: saber negociar é algo como liderar, a pessoa nasce feita? Resposta: sim, é como negociar, e não, a pessoa pode sim ter isso inato, mas qualquer um é passível de aprender técnicas para lidar com o conflito. Até porque o ser humano só atingiu este patamar de sucesso e desenvolvimento tecnológico porque foi capaz de negociar, propor alternativas e sair de impasses. Se todas as pessoas que nos antecederam em milênios fossem avessas à negociação, o mundo ainda estaria reduzido a casinhas em cavernas, e expectativa de vida inferior a 30 anos de

As Escolhas e a Família Real

Este fim de semana conversava com uma amiga quanto ao fabuloso e perigoso poder das escolhas. Acredito piamente que tudo o que fazemos nada mais é do que a resultante do que escolhemos, conscientemente ou não. E para pôr mais lenha na fogueira, tem a ver com as escolhas que antecederam nossa “encadernação” presente. Ela está na dúvida sobre os afetos, com quem ficar e se é hora de ficar com alguém (ou um certo alguém). Esta dúvida, no meu entender, só é possível porque ela é livre para escolher quem irá amar, com quem irá partilhar momentos felizes. E isso é algo que implica na responsabilidade pela escolha, pelo risco que isso implica. Daí me lembrei que a escolha é algo que leva em conta os valores que realmente importam, que realmente interessam. O amor é valor para algumas pessoas, mas não para todas; muitas consideram a segurança, o conhecido e a aversão ao risco muito mais relevantes que o amor, até porque, por séculos, o amor era acreditado ser algo inacessível ao ser humano, di

IBGE: desemprego em dezembro é o menor desde 2002

Pela relevância dos dados e para preparar o otimismo do fim de semana, transcrevo a notícia divulgada ontem no site Terra. Os dados podem ser verificados diretamente no link http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200901221105_RED_77772824 O que pretendo com este post é apontar racionalmente que os números apontam um cenário que não pode ser responsabilizado pela inépcia das pessoas. O mercado interno está aquecido e há oportunidades por todos os lados, como costumo enfatizar. Vale a leitura: por Daniel Gonçalves - Direto do Rio de Janeiro A taxa de desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calculada em seis regiões metropolitanas, caiu a 6,8% em dezembro de 2008 - o menor valor apurado na série histórica, que teve início em 2002. O valor representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2007 (7,4%) e de 0,8 ponto em relação a novembro de 2008. A Pesquisa Mensal de Emprego do instituto apura a situação do mercado de trabalho

O segredo da sabedoria é a vivência

Escrito por Marina Gold, publicado no site Terra em dezembro de 2008 Aqui, no mundo dos homens, somos viajantes longe de casa: todos e sempre. Transitar é nossa condição, a característica fortemente marcante da nossa humanidade. Talvez, por isso, amamos tanto a liberdade e a independência. Passear pelo mundo faz desabrochar o repertório de acontecimentos que formam o conjunto de nossa experiência vivida - mesmo os acidentes, desvios, frustrações, equívocos, tristezas. Toda essa vivência é uma forma de ensinar o caminho pelo qual não devemos mais trilhar. No plano espiritual, por sua vez, esse conhecimento acumulado reveste-se da maior importância. O objetivo da vida, observada lá do outro lado, lá do lado transcendental, não é acumular bens materiais ou vaidades, mas abrir a sabedoria para as belezas do ser humano e da natureza, da expansão imaterial e mental. Somos errantes, sempre podemos mudar tudo e começar de novo. O fascínio pela idéia de transformação e pelo desconhecido se comp

Tudo é questão de uma boa conversa

Não pense que se trata de enrolação ou enganação. Há quem pense que uma boa conversa significa “passar uma conversa”... nada mais errado. Enganar nunca dá certo, porque a pessoa enganada acaba sabendo o que ocorreu e se sente frustrada, ou ainda opta por nunca mais querer retomar o contato. Daí a negociação acaba, a amizade acaba, o que restou acaba. Mas uma boa conversa pode sim resgatar elos perdidos, esclarecer assuntos obscuros, trazer luz ao que está escondido e pode efetivamente colocar valores em risco. Uma boa conversa pressupõe honestidade, clareza na exposição dos pontos e valores, preparo para ouvir a outra parte, a outra pessoa e humildade para propor a conversa. Sim, humildade, deixar o orgulho de lado, a razão alardeada, a prepotência e dar o primeiro passo para que as coisas se esclareçam e um novo rumo seja dado ao que for, desde uma dívida com vizinhos até um caso afetivo. Uma boa conversa aproxima, muitas vezes resgata um vínculo perdido, refaz a história confusa e ab

Miséria é miséria em qualquer canto

Esta frase é da música dos Titãs, que diz: “Miséria é miséria em qualquer canto, Riquezas tem diferenças...” Fato: quem está abaixo da linha de pobreza, ou seja, sem as condições mínimas de sobrevivência não tem tempo para pensar em filosofias ou questões que não sejam o cotidiano e a luta constante para se manter vivo. Entretanto, com as terríveis exceções de lugares na África, onde água é escassa e a guerra abundante, há poucos rincões efetivos de miséria, graças a Deus. Pobreza e falta de recursos são comuns no mundo, mas hoje num padrão melhor do que foi o início do século passado, com doenças sem controle, medicamentos com pouco alcance e informação esparsa, difícil de ser acessada. Hoje temos mais acessos a recursos que melhoram a vida e facilitam a transição da pobreza para uma melhoria de eventual classe média, a se alcançar com o tempo. Embora ainda muito se ouça criticando o sistema capitalista, em muito ele tem mudado pelo simples fato de requerer mais e mais consumidores at
De quem é a culpa? A cultura judaico cristã deixou legados interessantes que governam nossa vida, e de quebra tornaram-se a base da estrutura ética da nossa sociedade. Entretanto, se há uma coisa que ficou mal resolvida – e gravada no inconsciente coletivo de muitos – é a famosa pergunta: quem é o culpado? A história mundial diz que a primeira vilã foi a Eva, que teimosamente comeu o fruto proibido; depois teve o primeiro homicídio registrado, de irmão contra irmão, Caim contra Abel, daí mais um culpado. E assim a história se faz, distribuindo rótulos de “culpado” e “vítima” por aí, conforme o desenho da situação. Mas efetivamente, na vida cotidiana, o resultado de algo muda com a descoberta do culpado? Semana passada vi uma cena curiosa: estava num jantar com uma garota linda de quatro anos ao meu lado, e ela cheia de energia brincava com o que tivesse à frente. Eu estava curtindo a brincadeira dela, e sem querer a menina bateu o cotovelo no saleiro de louça, que voou no chão e espati

Para brasileiros, 2009 promete

A frase acima vem da pesquisa do Ibope Inteligência e publicada ontem, 15 de janeiro de 2009 nos principais jornais brasileiros. A pesquisa chama-se “A Crise no Mundo”, e nós ficamos em segundo lugar (34%) no ranking de pessoas que acreditam que a situação econômica vai melhorar em 2009 em relação ao ano anterior – vá pensando que país e população pegou o primeiro lugar, no fim do texto eu conto! A pesquisa foi feita em 17 países, com 16 mil pessoas. É uma boa amostragem e serve para fazer pensar. Muito da economia mundial tem mais respaldo no que as pessoas tem como percepção dos fatos do que os fatos em si. Contra fatos não há argumentos, diz a frase a qual concordo totalmente; entretanto, cada um pode ou não aceitar o fato, e quando um grupo de indivíduos tem o mesmo pensamento sobre um fato – neste caso não trazendo o resultado emocionalmente – o fato perde muito de sua eficácia enquanto forma de conhecimento e se restringe a ser somente informação. Que existe um momento delicado e

Críticas ácidas e alcalinas

Atrás de toda crítica está alguém que acabou por se envolver com o problema, o livro, a história ou qualquer outra coisa que seja o foco; o envolvimento pode ser profundo ou raso, mas existe, a ponto de gerar uma opinião, um ponto de vista sobre o tema. O exemplo mais raso é a consternação quando criticamos qualquer lado da questão Israel/Palestina. Qualquer ponto comentado implica em envolvimento com o tema, conhecimento e posicionamento. Daí a crítica passa a existir, seja ela para um lado ou para outro, seja ácida com um e alcalina com outro. Mas a crítica tem sempre o mérito de apontar o quanto nos envolvemos com o assunto criticado. Em certos casos a crítica esconde emoções ora claras, ora confusas. Quem critica a produção musical de alguém pode simplesmente dizer o gosto pessoal, “gostei ou não gostei”. Pode também ter nas entrelinhas um sentimento antigo e real, a vontade de ter feito algo semelhante, mas não houve a coragem ou despojamento necessários. A mulher melancia, ou a m

A Instabilidade

Uma das principais metas do trabalho em yoga é o aprendizado de como lidar com as instabilidades, que coloco como sendo A Instabilidade porque, embora tenham diversas possibilidades de acontecer, todas tem como ponto único o desequilíbrio que nos tira de nosso centro. Por vezes é o trânsito, ou a crítica de um trabalho que desenvolvemos – com empenho tão grande que a crítica, mesmo válida, parece nos apunhalar pelas costas – ou uma opinião discordante, tanto faz. Nós humanos não aceitamos facilmente que as coisas podem acontecer de forma diferente do que desejamos, e a decepção, o desapontamento e mesmo rejeição tomam proporções absurdas. Trazem A Instabilidade, e repercutem em tudo o que viermos a fazer, inclusive as coisas agradáveis ficam menos intensas porque “há algo que nos desagrada”. E como lidar com A Instabilidade? A yoga coloca como ponto fundamental ahimsa, a não violência, o aceitar e contornar a situação para que ela passe por nós mas não nos tire dos eixos. Tal como a to

Dinheiro e janeiro...

Janeiro começa a engrenar em meio aos custos e despesas que normalmente caem nesta época: é o material escolar, a matrícula, os impostos, e mesmo as contas das compras do Natal e Ano Novo. Antes de sair "pagando e gastando", e é fundamental planejar atentamente qual o “cenário financeiro” que trará sucesso no novo ano. Para facilitar esta análise e planejar prosperidade financeira, listo aqui algumas perguntas pertinentes: 1. O que foi o seu desempenho financeiro no ano anterior? Para isso, faça uma lista de tudo o que entrou ao longo do ano em termos de pagamentos, prêmios, rendas extras, salários líquidos, para saber o volume de entradas no ano. 2. O que foi gasto neste período? Para alguns, lembrar agora de tudo o que foi pago ao longo do ano é complicado; para facilitar, liste as despesas com base no mês mais recente (no caso, dezembro) para assim multiplicar pelos outros meses e ter uma estimativa de despesas. Se lembrar de algo relevante que foge à lista de despesas con

A grave crise e o recorde nas vendas do Natal

Como havia prometido, o economista Nouriel Roubini, da Universidade de Nova York, é a fonte que citei na semana anterior ao falar sobre o tema crise. Sem discutir méritos, o fato é que todo e qualquer processo econômico sem lastro um dia cai – lembra de quando houve a moda das pirâmides, onde cada um colocava 12 mil cruzados e, em tese saía com doze vezes o valor? É a mesma coisa... - porque o dinheiro requer produção, trabalho, valor. Artificializado ele não conta. Mas o que foi concreto e divulgado nesta semana foi o balanço do crescimento das vendas no natal de 2008. Em novembro li previsões do mercado que o resultado nas vendas seria até inferior a 2007 (agora escrevendo isso começo a lembrar das previsões de Walter Mercado, lembra dele?) e os dados atuais mostram que houve crescimento de 5% em relação ao ano passado, conforme divulgado esta semana pela Fecomercio - a matéria inteira está em http://www.estadao.com.br/economia/not_eco299268,0.htm . A explicação pelo crescimento se d

Inove para sua Saúde Financeira - II

Para quem tem um núcleo familiar e/ou dependentes: Inove propondo desde já um desafio, que é economizar nem que sejam trinta reais mensais; para isso todos podem contribuir usando menos a eletricidade e mais a luz natural, reduzindo o consumo de TV e outros eletrônicos, sendo mais racional no uso da água e energia. Outra idéia é listar o que será o menu da família e com isso utilizar integralmente os alimentos. Inove propondo fins de semana diferentes juntando todos em atividades participativas, que podem ser gincanas com as crianças, passeios ao ar livre – qualquer coisa que não implique em ir a centros de compras e consumo – visitas a museus e parques que normalmente são gratuitos ou não tem custo. Na internet há centenas de opções de programas divertidos a preço simbólico ou gratuito. Sem falar que há postos de internet gratuitos em diversas cidades brasileiras. Inove sugerindo que o celular seja usado mais para envio de mensagens do que longas conversas. O sistema de mensagens é be

Inove para sua Saúde Financeira - I

Esta primeira parte propõe inovações práticas para quem quer economizar individualmente, ou seja, atitudes que você pode fazer e que trarão resultado de bate pronto: Inove levando com você somente os documentos necessários e uma quantia em dinheiro capaz de manter o seu dia; pense que com dinheiro a mais no bolso fica fácil gastar além da conta, e no seu cotidiano não acontecerão fatores desagradáveis que possam induzir em mais despesas. Seja econômico no dia a dia. Inove olhando detalhadamente seus armários, guarda-roupas e gavetas, pois com certeza ali estão roupas e objetos que não estão em uso e foram até esquecidos, e podem ser adaptados ao seu dia a dia sem incorrer em novas compras. Por vezes há roupas que precisam de conserto e foram deixadas de lado. Organize roupas, alimentos, papéis para dar espaço a coisas novas e prósperas. Inove seu orçamento com algo que você possa fazer para gerar um dinheiro extra, que pode ser oferecer o trabalho de digitação de currículos, revender

Quem comanda 2009

Depois do Dia de Reis, começamos o ano regido por Iansã e Oxóssi, conforme o candomblé. Por ser m ano com final 9, tem coincidência com o Odu 9 (Ossá), trazendo uma forte presença da Orixá Iemanjá, esta bem conhecida dos brasileiros. Há também, segundo os sites de candomblé que consultei e de onde tirei este material – boa fonte é http://ocandomble.wordpress.com – a energia presente de Xangô, Ossain, Oxóssi e Iansã. Mais do que nos anos anteriores, temos o campo aberto para nossos sonhos, entretanto entremeados com a energia que teremos de desenvolver para “fazer acontecer”, já que a regência de Iansã traz os ventos e relâmpagos, numa comparação com as instabilidades que temos e por vezes vem à superfície, como as forças da natureza em nós. Iansã, é a senhora da coragem, dos rompantes, sem medo. Divindade do Fogo e da sensualidade, Iansã representa o movimento e a continuidade das gerações. Nos períodos regidos por ela, tente controlar os seus impulsos. Não decida nada sem pensar bem

Oportunidades por todo lugar

Esta semana li uma matéria interessante sobre o progresso de uma região de Bertioga, a Riviera de São Lourenço. É muito enriquecedora porque mostra como uma área originalmente sem grandes atributos tornou-se a Meca dos bem sucedidos para ter suas casas ou apartamentos de veraneio. Hoje a Riviera é badalada, e com razão. É um lugar lindo, bons restaurantes, praia longa, bem mantida, limpa – mas não tem um recorte diferente, inovador; tem a beleza da natureza – e vale a visita. Mas o que me chama a atenção é que somente se tornou tudo isso porque pessoas enxergaram no ponto um grande potencial de crescimento. Com certeza existem outras regiões fabulosas no Brasil ou em qualquer lugar do mundo que podem/poderiam se tornar points turísticos respeitáveis. E muitos são conhecidos porque alguém investiu, enxergou longe a oportunidade e investiu, correu o risco. Não preciso ir longe para outros exemplos. Próximo ao que hoje é a região privilegiada da Avenida Luiz Dumont Villares, no bairro da

Motores ligados e Stephen Kanitz

Agora é a retomada, depois de dias merecidos de descanso, convívio carinhoso e muitas férias; para quem estava pras bandas do hemisfério Sul sol não faltou, portanto nada de enrolação! Mãos à obra! Pra começar bem a semana e mesmo o ano saúdo com louvor o artigo escrito esta semana por Stephen Kanitz na Veja. Vale a pena ler. O que ele comenta – com grande competência – é que crises sempre existiram, existem e existirão, principalmente porque vivemos sempre em meio a mudanças. Mas o que sustenta e faz o crescimento, seja individual ou coletivo, é o pensamento em sempre reservar, guardar para momentos felizes ou nem tanto. A economia mundial encerrou o ano de 2008 perplexa com o ocaso do Lehman Brothers, e o colapso do sistema monetário lastreado nos imóveis americanos. OK, fato. No entanto, qualquer pessoa realmente consciente que não há milagre na multiplicação de dinheiro que prescinda a produção (jogos e loterias ao menos exigem uma aposta, não caem do céu) poderia prever que, cedo

Novos e retornos

Todo ano novo começa cheio de expectativas, muita energia boa, positiva e a vontade de fazer diferente. Fato: a cada dia fazemos diferente, até porque nada se torna igual, sempre há diferenças, sutilezas. E nisso colocamos aquilo que parece ser o antigo renovado, o retorno. Mas a vida mostra sempre que não há retornos, até porque o que volta vem diferente. Lembro da Ingrid Betancourt, que em 2008 retornou do cativeiro das FARC para a vida em Paris. Não digo que voltou ao que era a rotina, pois que uma pessoa que vive refém de um grupo por seis anos pode ter tudo em sua mente exceto uma rotina estruturada. O fato é que ela voltou ao convívio familiar, embora muitos desacreditassem que voltaria viva do cativeiro. O retorno de Ingrid foi efetivamente um novo começo, já que o que havia de quando ela foi capturada pouco ficou. O casamento, a relação com os filhos, tudo foi refeito, para formar um novo conteúdo. O que acontece conosco difere, claro, do que exponho sobre Ingrid. Não passamos