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Mostrando postagens de junho, 2009

Ótimo é inimigo do bom?

Por Augusto Diegues (presidente da Futura Propaganda) - HSM Online - 17/06/2009 Essa famosa expressão do mundo corporativo pode ser, na verdade, o cúmplice do péssimo. Leia mais em artigo que ressalta a importância de não estimular o comodismo. Durante as últimas décadas – antes, portanto, da atual crise justificar todo tipo de abuso – tem prosperado entre nós um desses movimentos que nascem tímidos, crescem, avançam e, quando nos damos conta, assumem o comando e ditam as regras dos nossos negócios e até das nossas vidas. Um movimento que nasce de um ditado “popular” de origem aparentemente desconhecida (ao menos pra mim), e que vai conquistando espaço na cabeça das pessoas mais conservadoras ou complacentes, vira mantra no discurso de executivos, marqueteiros e publicitários práticos ou cínicos e alcança, por fim, toda a estrutura das nossas vidas e organizações, incluindo sua direção. Com o tempo, o que era tático passou a ser estratégico, uma iniciativa esporádica e pontual tornou-

Adolescente deve receber mesada?

A resposta é sim, mas efetivamente deveria ter começado a receber desde a infância. O ideal é que a criança comece a ter contato direto com dinheiro a partir dos quatro anos de idade, pois ela já sabe o conceito de quantidade e que é preciso realizar compras, que para ela ainda são trocas de notas por objetos. É nesta fase que o conceito de valor vai se formando, sem falar no detalhe interessante do estímulo aos conceitos matemáticos, que as crianças que lidam com dinheiro compreendem com muita facilidade. Mas pensando que isso não tenha ocorrido na infância, e os pais tenham optado por dar dinheiro à criança à medida que ela pedisse, na adolescência isso fica complicado. Já com 12 anos a criança/adolescente sabe o custo do dinheiro, embora não lide com ele diretamente; depois disso ela precisa ter limites, que se os pais sempre derem o dinheiro quando ela pedir a imagem residual é que não existem limites. Convenhamos que, na nossa sociedade, tudo tem limites; então, o que fazemos quan

Aura forte

O feriado de Corpus Christi foi excelente para acabar a leitura do “A Hora da Transformação”, escrito pela inglesa Diana Cooper e editado no Brasil pela Roca. Dentre as coisas marcantes ficou um corolário de sete conceitos para ter uma aura forte, capaz de proteger contra a negatividade, o pensamento desencontrado e tudo aquilo que nos tira de nosso equilíbrio. E o detalhe é que são conceitos bem fáceis de seguir, que podem ser postos em prática desde agora, veja só: Para fortalecer nossa aura precisamos: Divertir-nos e rir bastante Fazer muita ginástica e dançar Escutar música e expositores inspiradores Ler livros inspiradores Fazer coisas excitantes e interessantes, sair da rotina Conhecer gente nova Pensar coisas alegres e positivas Nada que não possa ser feito mesmo com uma rotina de pouco tempo disponível. Se quisermos fazemos do nosso cotidiano uma experiência divertida, risível. Tenho um ex-colega de trabalho que é orientador de trânsito e fica na região do Pacaembu. Longe dele

Destroços e matéria

Cada dia mais partes, corpos e peças do Airbus que caiu na semana passada próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha tem sido resgatados. O fato é que desde o primeiro pedaço confirmado todo o movimento esperançoso por um milagre deixou de existir. Sem muita dificuldade ficou claro que não houve sobreviventes. Como o acidente aconteceu é algo que irá ser descoberto com o tempo, investigações, testes e tudo o mais. No entanto, o que sentiram as pessoas que se foram é bem mais complicado. Não há dúvida que os minutos que antecederam o acidente foram puro horror. E para quem perdeu uma pessoa querida no acidente, fica um misto de alívio e tristeza, profundos. É terrível perder alguém querido, seja uma pessoa, um animal – pois são vida, que expressa em si tanta emoção por existir. Mas é fundamental, para quem perde, saber o que aconteceu, para não ficar com aquela dura e cáustica sensação de vazio. Humanos como nós precisam de provas, ver o corpo, ver o fim. Ver as peças da aeronave aju

Algumas perguntas que recebo sobre crise e endividamento

1 ) Como está a situação do consumidor em tempos de crise? Ele está deixando de consumir? O consumidor brasileiro já aprendeu a conviver com crises, e neste momento atua com parcimônia, consciente do que pode ou não comprar e do quanto o financiamento de um bem custa; isso é uma grande diferença em relação a um passado quando o plano Real se iniciou e as pessoas se empolgaram em consumir freneticamente, apenas considerando o valor das parcelas do financiamento. Hoje há uma postura mais inteligente, o que pode representar um menor consumo por conta da análise mais criteriosa que o consumidor tem feito antes de adquirir novos bens ou serviços. 2) Quais as dicas para as pessoas administrarem bem as finanças e não se endividarem? Primeiramente ter no papel tudo o que é gasto, pois muita gente não tem idéia onde o dinheiro foi usado, e a sensação de descontrole aumenta quando não sabemos como o dinheiro saiu de nossas mãos. Depois calcular o quanto certas despesas representam no orçamento m

Pós Ogum

Esta segunda-feira começou com um tempo lindo em São Paulo, o que dissipou qualquer tentativa de permanecer “ao leito” por mais que cinco minutos além da hora do relógio. Com um céu azul fresquinho, quem consegue deixar a vida passar em branco? Definitivamente, não dá. E o dia e semana começam com energia, ainda mais porque tem um feriado esperto na quinta e muita gente já se agita com o que vai fazer. Fato: a sexta-feira existe, é dia útil (eu trabalho normalmente tanto num dia quanto no outro, já que na quinta participo de um programa de TV ao vivo), e quando se faz o que gosta, ou gosta do que faz, o trabalho fica mais divertido e menos trabalhoso. Portanto, o feriado soa como um refresco, uma quebra na rotina do dia a dia. A rotina do dia a dia é algo que muita gente reclama por existir, mas penso como seria esta vida sem ela: um caos. Principalmente porque no mundo temos mais de 200 bilhões de pessoas, imagine todos vivendo na base do “deixar rolar”. A rotina é o que faz do um rea

Ajudas

Depois de um longo e extenso tempo sem postar mensagens, a primeira idéia que me veio foi dentro da perspectiva das finanças pessoais, tema ao qual me dedico em pesquisas e cotidiano. Mas pensando um pouco além me veio a idéia de abordar algo que é tão comum – ajudar – e que vejo em muitos casos ser desperdiçado. Como assim? Eu lembrava de um momento no ano passado quando encontrei um amigo de longa data que há tempos não via; ele estava dividido em tentar ser agradável e ser espontâneo. Prevaleceu a primeira opção. Não era espontâneo, estava cheio de culpas e dores, físicas e emocionais. Mais sugava do que ofertava, até por conta deste quadro. Nem precisa dizer que a minha primeira vontade era fazer algo, o que quer que fosse para melhorar aquele cenário triste. Mas eu optei por não interferir, o que poderia significar não ajudar. Só ouvi, calada, sem emitir juízo de valor ou criticar o pensamento dele que estava contaminado com o ego, com o medo que só o ego tem. Qualquer comentário,