Um doce
A cultura portuguesa que deu a base para nossa culinária deixou um recadinho em cada um: qual a refeição que prescinde de um docinho no final? A sobremesa, a delícia, era o fechamento da comida. Quando se é criança ainda piora, porque sem comer o prato salgado não se chegava aos doces e confeitos. Poder-se-ia trocar o doce por fruta? Sim, mas não tinha o mesmo gosto. Doce, encantadinho, era sempre melhor.
Portanto, come-se o salgado todo e depois vem a redenção, o doce.
Hoje confesso que prescindo facilmente de doces, optando por frutas, isso quando as tenho facilmente. O sabor salgado me atrai, e se vier de saladas fresquinhas, tanto melhor. Mas o doce ainda guarda aquele sabor, cor e cheiro de recompensa, o ponto após toda uma jornada. É como a cereja do bolo de chocolate com chantilly, consegue ser gostosa e bela, embora não seja relevante. Mas se não tem a cereja, fica devendo...
Comparo doces a encantamentos, coisinhas que vivemos sem, pois são totalmente supérfluas, desnecessárias. Necessário é ter água, comida salgada – na medida certa, nem de mais e nem de menos – um lugar para morar, o abrigo; o sonho, o doce da vida dá todo o colorido e motivação para seguir a vida em frente, em seu curso de sucessos.
O tempo de festas, de Natal, é como o doce do ano; originalmente era o tempo de lembrar do nascimento de Jesus, que veio ao mundo para ensinar principalmente o “dar a outra face”. Deixar as mazelas de lado, ignorar a ofensa (que sempre esconde um sentimento de inferioridade de quem ofende), amar primeiro a si e depois o outro, com o mesmo carinho que se tem por si mesmo. Era a essência, o fundamental. Vejo que, para muita gente, hoje é só o momento do doce.
Mas se para ti for isso – o doce de um ano salgado, ácido e amargo – aproveite esta delícia, que vai trazer o ensinamento embutido do amar a si mesmo acima de tudo, e na sequência valorizar quem estiver a teu lado. Aproveite a doçura do carinho, dos votos de alegria e complete sua refeição de um ano cheio de desafios, cores, ousadias e mudanças com a sobremesa que fará a diferença para um ano (como se convenciona chamar esta passagem) de delícias, de lautas refeições com começo, meio e fim, com o fechamento doce que só as grandes conquistas sabem trazer para nosso sabor...
Portanto, come-se o salgado todo e depois vem a redenção, o doce.
Hoje confesso que prescindo facilmente de doces, optando por frutas, isso quando as tenho facilmente. O sabor salgado me atrai, e se vier de saladas fresquinhas, tanto melhor. Mas o doce ainda guarda aquele sabor, cor e cheiro de recompensa, o ponto após toda uma jornada. É como a cereja do bolo de chocolate com chantilly, consegue ser gostosa e bela, embora não seja relevante. Mas se não tem a cereja, fica devendo...
Comparo doces a encantamentos, coisinhas que vivemos sem, pois são totalmente supérfluas, desnecessárias. Necessário é ter água, comida salgada – na medida certa, nem de mais e nem de menos – um lugar para morar, o abrigo; o sonho, o doce da vida dá todo o colorido e motivação para seguir a vida em frente, em seu curso de sucessos.
O tempo de festas, de Natal, é como o doce do ano; originalmente era o tempo de lembrar do nascimento de Jesus, que veio ao mundo para ensinar principalmente o “dar a outra face”. Deixar as mazelas de lado, ignorar a ofensa (que sempre esconde um sentimento de inferioridade de quem ofende), amar primeiro a si e depois o outro, com o mesmo carinho que se tem por si mesmo. Era a essência, o fundamental. Vejo que, para muita gente, hoje é só o momento do doce.
Mas se para ti for isso – o doce de um ano salgado, ácido e amargo – aproveite esta delícia, que vai trazer o ensinamento embutido do amar a si mesmo acima de tudo, e na sequência valorizar quem estiver a teu lado. Aproveite a doçura do carinho, dos votos de alegria e complete sua refeição de um ano cheio de desafios, cores, ousadias e mudanças com a sobremesa que fará a diferença para um ano (como se convenciona chamar esta passagem) de delícias, de lautas refeições com começo, meio e fim, com o fechamento doce que só as grandes conquistas sabem trazer para nosso sabor...
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