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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Feliz Natal!!!

Novos textos estarão neste blog a partir de 2 de janeiro de 2009, ou seja, na outra sexta-feira. Neste meio tempo muitas idéias estarão em preparação para que o ano novo seja novo de verdade, para todos nós, e para o nosso bem. Pois quando é bem de um torna-se o de todos, acredite!

Tá na hora de dar um basta

A frase inspiradora veio de uma leitura dos textos de Calunga, um mineiro que dá seu recado via Gasparetto. Eu li ontem algo que me fez refletir e tirar esta frase, mezzo raivosa, mezzo chocante. Mas a frase é esta mesmo: tá na hora de dar um basta. Nossa cultura judaico cristã tem nos ensinado, e nos atemorizado com conceitos sobre a vida que levamos que tem nos feito acreditar que somos almas impuras que passam por aqui, planeta Terra, buscando aperfeiçoamento. Somos ditos que nascemos em pecado e portanto somos essencialmente pecadores, jurados de infelicidade para expiar nossa culpa, e dela ninguém pode fugir – é o que diz o texto. E tem muita gente que acredita e segue isso, temerosa por temer desagradar Deus ou qualquer que seja o nome Daquele que nos pôs neste mundo. Bobagem. Tá na hora de dar um basta. Chega de acreditar em sofrimento como o caminho para redenção. Você realmente acha que Deus nos testa colocando um monte de problemas para ver até onde vamos, o que conseguimos?

Um doce

A cultura portuguesa que deu a base para nossa culinária deixou um recadinho em cada um: qual a refeição que prescinde de um docinho no final? A sobremesa, a delícia, era o fechamento da comida. Quando se é criança ainda piora, porque sem comer o prato salgado não se chegava aos doces e confeitos. Poder-se-ia trocar o doce por fruta? Sim, mas não tinha o mesmo gosto. Doce, encantadinho, era sempre melhor. Portanto, come-se o salgado todo e depois vem a redenção, o doce. Hoje confesso que prescindo facilmente de doces, optando por frutas, isso quando as tenho facilmente. O sabor salgado me atrai, e se vier de saladas fresquinhas, tanto melhor. Mas o doce ainda guarda aquele sabor, cor e cheiro de recompensa, o ponto após toda uma jornada. É como a cereja do bolo de chocolate com chantilly, consegue ser gostosa e bela, embora não seja relevante. Mas se não tem a cereja, fica devendo... Comparo doces a encantamentos, coisinhas que vivemos sem, pois são totalmente supérfluas, desnecessária

Águas do Verão

Ontem foi dada a largada para a nova estação: 21 de dezembro, primeiro dia do verão e início do que se condiciona ser férias, seja da escola ou da empresa, recesso de Natal e Ano Novo, enfim, hora e vez de aproveitar a vida, a natureza e tudo o que temos direito após um ano de trabalho, estudo e dedicação. “Pois bem cheguei, quero ficar bem à vontade, na verdade eu sou assim... Descobridor dos sete mares, navegar eu quero...”, diz o Tim Maia num dos seus maiores sucessos que tem toda a cara do verão malemolente que só no Brasil tem. Este domingo que passou, o primeiro do verão, foi de chuva mas fez todo o mundo tirar os pés pra fora de casa e saudar as nuvens cheias e acinzentadas, que se dissiparam na chuva da tarde e abriram o céu estrelado da noite. E na semana será a primeira partida da praia lotada, dos mares revoltos e da vontade inescrutável de fazer diferente desde agora o Novo Ano, nem precisa virar o calendário. Com chuva leve ou pesada – teve das duas ontem – as pessoas não

O decurso do tempo

Nesta sexta-feira 19, quase fechando o ano – porque sabemos que as atividades reduzem o ritmo até cessar já a partir do dia 20 de dezembro para retomar logo após a virada do ano novo – quero lembrar o tempo; este ano todo ouvi muito que o tempo passa rápido demais, por entre os dedos e sem deixar margem para nada. Eu não creio nisso, sinto que o tempo passa no ritmo que sempre o fez, com poucas variações medidas pelos físicos e pesquisadores científicos matemáticos. O tempo de cada um sim, este pode passar mais rápido ou mais devagar, conforme a vontade de cada um, suas decisões e forma de enxergar a vida. Reforço isso porque esta referência – o tempo – acaba por se moldar ao conjunto de decisões que tomamos no cotidiano, inclusive a decisão de deixar o tempo passar, reclamar dele e usar de modo pouco inteligente, contra nós mesmos. Há quem diga que seja impossível mudar o panorama do estresse, da pressão e correria do dia a dia; discordo, porque reitero o poder das escolhas, que fazem

Beleza é fundamental

A frase não é minha, mas concordo plenamente. OK, o que vale é o conteúdo, etc, etc... mas como diz a frase “quem gosta de beleza interior é decorador”, digo que ser belo e ter beleza no dia a dia ajuda muito. Quando comento sobre beleza compreenda que não se resume a algo fito como senso comum de beleza. O belo pode e efetivamente está em tudo, porque depende muito do olhar de quem observa. Mas podemos facilitar esta tarefa trazendo beleza ao cotidiano, no mundo mais ordinário – comum – que nos cerca. Viver bem, com qualidade, supõe ter beleza, organização, harmonia. A beleza tem muito da harmonia, da coisa que acontece sem sustos e com um desenvolvimento suave, que intensifica o aspecto belo dos processos. É belo ver a semente que foi plantada seja no vaso ou no jardim ir quebrando a resistência, abrindo espaço e se desenvolvendo, gerando as primeiras folhas. É belo ver um bebê começar sua caminhada. É belo ver o sorriso cheio de falhas da menina que troca os dentes e começa a ter o

Fim de ano é hora para planejar Saúde Financeira para 2009

Agora é hora e não tem pra onde correr, ok? Para facilitar a tarefa, eis aqui algumas perguntas pertinentes: 1. O que foi o seu desempenho financeiro? Para isso, faça uma lista de tudo o que entrou ao longo do ano em termos de pagamentos, prêmios, rendas extras, salários líquidos, para saber o volume de entradas no ano. 2. O que foi gasto? Para alguns, lembrar agora de tudo o que foi pago ao longo do ano é complicado; para facilitar, liste as despesas com base no mês mais recente (no caso, novembro) para assim multiplicar pelos outros meses e ter uma estimativa de despesas. Se lembrar de algo relevante que foge à lista de despesas constantes, anote e some. 3. Qual o resultado da somatória? Mais despesas costuma ser o mais comum, portanto, isso aponta que a renda foi inferior aos gastos; analise o que pode ter tirado o equilíbrio financeiro dos trilhos ao longo do ano (por vezes despesas com reformas, carro novo, problemas de saúde) e analise o que pode ser feito como poupança para urg

Perder para ganhar

O dia de ontem foi começado por uma leitura providencial: um livro cujo título é algo como “não faça tempestade em copo d’água”, e nele abri na citação de, se um dia começar com problemas, melhor será deixar o resto fluir... porque existem duas possibilidades: a melhoria do clima ou a permanência para pior. No segundo caso, permanecer para pior, como se diz, faz parte. Acontece com todo mundo. Tem dias que “de noite escurece”. Saber que se perdeu algo, que não foi selecionado(a), seu nome não está na lista, sua posição foi a última... tudo isso é ruim, porque perder é sempre ruim, mesmo quando se trata de gordurinhas extras (dá trabalho emagrecer, queira ou não exige uma certa privação...). No entanto, em diversas situações da vida precisei perder para ganhar, e depois de toda perda algo será resultante. É como dizer: destruir para construir. Em certos momentos a perda simboliza o fim de uma situação que estava “standby”. Não ia pra frente ou prá trás. Isso – a estagnação – é pior do q

Mentiras sinceras?

Que o ser humano gosta de ser iludido, não tenho mais dúvidas. É como a frase da cultura popular brasileira: “finge que é verdade que eu finjo que acredito, ok?”, ou ainda “cada um enxerga o que lhe convém”. Podem mudar os cenários, as linguagens, o idioma, a forma, mas o sentido de conforto que certas mentiras fazem sentir agrada a muitos, não a todos. Afirmo isso porque prefiro saber uma verdade desagradável do que uma mentira que irá me machucar ainda mais no futuro. No entanto, faço uma ressalva a algo que pode parecer altamente pecaminoso, que é a omissão. Omitir me parece menos cruel do que a mentira. Por vezes a omissão acaba por ser a melhor saída, principalmente em situações onde a informação poderia (ou poderá) acelerar um processo que talvez nem aconteça. Digo isso pela experiência vivida na área da saúde. Os profissionais experientes sabem dizer – com base em seu feeling – o que dizer a certos pacientes e mesmo familiares quanto a um quadro clínico. Há uma discussão eterna:

MITO DA CAVERNA

Para fechar a semana quase com pezinho no Natal, fica para pensar: Como é o nosso sentido de percepção? Até que ponto o que observamos é mesmo o real? Platão chamou a atenção sobre este ponto ao dizer que éramos como um grupo de homens sentados em uma caverna, sempre voltados para seu fundo. Ali, só percebemos as sombras do que acontece no mundo externo – e não efetivamente o que acontece. Enxergamos reflexos, distorções, e acreditamos que isso é a verdade, e somente isso. Quantas vezes nos iludimos acreditando que o mundo gira conforme o desenho que damos, e que não há saída para as situações que nos incomodam... quando há quem nos alerte para olhar lá fora, abrir os olhos e coração para uma nova percepção. Observamos reflexos e crentes de que esta é a única realidade possível, não nos damos ao trabalho de mudar de posição. Vez ou outra, experimente, ouse, mude de posição!

Simplifique mais...

Vem a calhar com o fim do ano, mas pode ser exercitado a qualquer momento: experimente simplificar a vida. Não quero dizer que deva jogar tudo para o alto, gritar com o chefe e sair batendo a porta. Simplificar significa deixar a coisa (ou as coisas) mais simples, com menos desperdício de energia, preocupação, tensão – para dar mais espaço a alegria. Simplificar parece simples para algumas pessoas, no entanto a algumas isso parece dificílimo, penoso. Normalmente, quem tem grande apego e dificuldade em lidar com mudanças resiste a processos mais simples, menos intrincados ou ritualizados. Para estes indico que a simplificação deve começar gradual, uma coisa por vez, mas que tenha relevância para a pessoa. Para alguns, indico simplificar os rituais de descarte de objetos, desde o lixo cotidiano a roupas que raramente são usadas, jornais que não foram lidos (e certamente estão desatualizados). Simplifique a gaveta de um armário removendo coisas desnecessárias – até para que haja espaço pa

Nunca se deixe abater pelo desânimo

O texto é da autoria de Eunice Ferrari, profissional que admiro e fiz uso de sua consultoria para autoconhecimento. "Lentamente, a estrada serpenteia para cima através dos anos. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na prosperidade ou no revés, o esforço deve continuar. Ao cair, a pessoa ergue-se e, gradualmente, adquire coragem, fé, a vontade de ter sucesso e a capacidade de amar. Inicialmente, isso nos acarretará esforço, sacrifício e sofrimento, como qualquer disciplina destinada ao treinamento da mente, dos órgãos ou dos músculos. Mais tarde, nos trará algo de inestimável valor, uma alegria peculiar e indefinível, que se deve sentir para compreender. Somente naqueles que lhe serviram fielmente toda a vida o espírito continua a elevar-se até o fim." (Alexis Carrel). Muitas pessoas me procuram queixando-se da falta de vontade, desânimo depressão, desmotivação - essas são as piores doenças da atualidade. A falta de sentido é resultado natural de uma sociedade vo

Valor

Um conceito fundamental para ter saúde financeira, prosperidade e riqueza, qualquer que seja a ordem passa pelo conceito de valor. Ao que você dá valor? Qual é seu valor? Vivemos num mundo rodeado por estímulos de valor, e precisamos estar atentos ao que isso representa para melhor compreender a nós mesmos primeiro; depois a sociedade que nos cerca. O senso de valor é único para cada um, embora muitas vezes, por senso comum, acreditemos que o que nos agrada é também do agrado do outro. Para cada um há diferentes valores, coisas que importam. Mais do que isso, é fundamental – para ser feliz e pleno – ter a clareza do que é nosso valor, e de nosso valor. Quando sei o que considero importante, tenho mais facilidade em rumar minha vida focada neste resultado; quando sei o que sou e meu valor pessoal, seja na vida pessoal ou profissional, melhor se torna o meu relacionamento com os outros, pois apresento a quem gosto o que realmente sou e o que faz de mim uma pessoa única e especial. Muita

Crises...

Esta semana ouvi mais de infinitas queixas quanto a crise mundial – esse é o nome que deram para o momento econômico – e com todo este bombardeio não poderia deixar passar isso em branco, principalmente por lidar com finanças pessoais. Meu ponto de vista é simples: há uma crise econômica efetivamente por conta de alto descontrole e especulação, causas claríssimas para quem acompanhava os movimentos econômicos com detalhe; para o leigo isso seria difícil, e justamente este acabou por sofrer no coração e bolso a perda do poder do investimento que dispunha. Golpe digno de “Duro de Matar”. Entretanto, a crise não é mundial, como foi batizada; a raiz dela está nos Estados Unidos, mas há diversas áreas que passam ao largo deste movimento, e um destes lugares é Angola. É fácil fugir destes desvarios: basta ter boas reservas e produção sustentada, que no caso de Angola é explicado pelo petróleo e diamantes. Outros países mais resistentes tem no escopo de sua economia produção sustentada, e den

A relatividade – III

Já reparou que sempre que a vontade de ir ao banheiro aperta significativamente – ou seja, dá o desespero – o sentido de tempo passa a ser diferente das situações que temos de esperar pacientemente para sermos atendidos, seja no médico, na fila do banco ou qualquer coisa que leva tempo? Melhor conceito de tempo relativo que isso não há. O sentido que temos de tempo, calor, frio, fome, sede e sono é totalmente medido pelo referencial que cada um de nós possui. Assim, o frio que me faz cobrir de malhas até o pescoço em nada afeta o garçom ucraniano que me atende no restaurante Penafidelense (adivinhou: fica em Penafiel, pois!). Para ele, frio mesmo era aquilo que sentia quando residia na terra natal, quando no inverno facilmente se chega a 20 negativos. Daí que dois graus dá pra sair cantarolando pelas ruas geladinhas da freguesia portuguesa. Fome então, nem se fala. Estou acostumada a comer pouco, mas em Portugal fica difícil resistir a tão lindos doces, salgados, pratos elaborados e me

Acreditar com eficácia

Noto que em todo lugar há algo ou alguém comentando sobre a força da crença, seja via “O Segredo” ou qualquer outra literatura semelhante. Não discordo de forma alguma, até porque sei o quanto é eficaz acreditar que algo é possível, pela premissa básica que tudo o que vivemos primeiramente foi plasmado em uma idéia. Exemplo simplório é qualquer inovação tecnológica, que saiu de uma idéia e tornou-se real, consumível até. No entanto, muita gente até me diz que “procura acreditar” para fazer algo se tornar real, mas não consegue. Daí vamos ver “o que é que está pegando”. Primeiramente percebo que muitas pessoas não tem a clareza do que desejam. Acham até que sabem, mas no fundo carregam um medo absurdo do que poderá acontecer se o desejo se tornar real. O medo se explica porque, enquanto a vontade é pertencente ao mundo das possibilidades, suas conseqüências podem ser sentidas fisicamente, como um arrepio seja de prazer ou horror ao pensar em como aquela coisa desejada pode impactar a vi

Precisar de gente

No Brasil, quase todo tipo de negócio requer gente. Seja o cobrador do ônibus, o caixa do supermercado, o frentista do posto de gasolina, serviços diversos dependem de gente, até quando seria desnecessário. Falo isso porque noto, em outros países, a prevalência do self service. A própria pessoa faz tudo, paga e finaliza o trabalho. Mais do que simplesmente resumir este aspecto ao rés do chão dizendo que “gera empregos”, posso dizer que nossa cultura brasileira prioriza o contato com pessoas, quer ser atendida por gente. Daí, mesmo que seja algo que prescinda de pessoas, precisa ter alguém para dar as coordenadas, informar e mesmo realizar o trabalho. Nós precisamos desta interação social, até para que possamos sentir que somos parte de um sistema maior. Meu exemplo acontece no posto de gasolina onde abasteço: os frentistas me conhecem desde a adolescência, e alguns lembram das minhas dificuldades em manobrar o carro no início, logo ao pegar a habilitação. E nisso se vão anos e anos. Há

A relatividade – II

Tenho ido muito à Via Catarina, uma rua portuense de comércio com lojas charmosinhas, e um shopping Center pequeno e jeitoso. No caminho para o shopping sempre encontro um rapaz acompanhado de três cachorros com a placa “moramos na rua, pode nos ajudar?” Nos dois primeiros dias fazia um sol lindo, principalmente quando o dia está bem frio. Ao lado dele havia mais uma mulher, assim como ele na faixa inferior aos trinta anos. E também pedia esmolas; não reparei se ambos ou somente um era bem sucedido na tarefa, mas não deixei de notar os cachorros. No Brasil acontece até cena como essa, mas muito raramente. Ao invés de cachorros são crianças, e normalmente quem pede está bem mal vestido, maltrapilho até. E o argumento é a falta de emprego. Neste ponto, ambos jogam na mesma direção, brasileiros e portuenses. Entretanto, se fossem os cachorros, veríamos diferenças curiosas. Aqui os cachorros são pequenos, mais “de madame”, e com um ar de quem se diverte com a cena. No Brasil são os de rua

A relatividade

Uma das mais estudadas teorias é certamente a relatividade, e embora este conceito seja algo que hoje nos parece óbvio, nem sempre foi assim; ressalto que ainda não é, por razões que desenvolvo aqui. O universo é mutável constantemente, e cada mudança é sentida conforme o ponto de referência de observação. Sendo assim, o modo como observo influencia diretamente no objeto que observo, modificando-o a cada momento e interação que tenho com ele. Isso é mais pra começar a definir o que penso sobre as diferenças que tenho visto. Esta semana em Portugal ouvi de diversas pessoas queixas sobre a situação econômica. Todos começaram o discurso afirmando que “a situação está péssima”. No entanto, é só andar pelas ruas da cidade de Porto para perceber que o ambiente está bastante longe de uma hecatombe ou algo parecido. As pessoas consomem, produzem, o turismo é pulsante e o movimento incessante. Com tudo isso ainda há um detalhe: o próprio governo afirma, na última sexta-feira, em pronunciamento