Matemática e continhas de cabeça

Quem nasceu depois do advento do computador desconhece isso que vou relatar:

Normalmente as escolinhas infantis iniciavam o estudo da matemática usando um contador, brinquedo com continhas coloridas que ajudavam a criança a entender os conceitos de soma e subtração. Usando o contador a criança entendia o que significava “mais” e “menos”. E depois vinham os números em dezenas, centenas e milhares. Ao mesmo tempo era passado o conceito da multiplicação, ou da “conta de vezes”. Quando isso acontecia, era a hora de entrar em cena o flagelo da criançada:

A TABUADA!

E tome decorar a tabuada, começando com a do “2”, e depois seguindo até a do “9”, e assim começavam também os cálculos feitos com lápis e papel, para daí nascerem os cálculos mentais, as “contas de cabeça”. Havia até gincana de quem fazia conta de cabeça mais rápido, com direito a prêmios.

Hoje vejo gente que não soma 2+2 sem calculadora ou computador. E se tiver que adivinhar o que signiica 20% acaba por deixar por isso mesmo... para minha felicidade li nesta semana que doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer podem ser retardadas ou evitadas com a prática de estimulação cerebral, usando as famosas “contas de cabeça”.

Portanto, se sua mente quer se manter jovem e um dia disputar uma gincana legal de qualidade de vida e agilidade, retome sua tabuada e deixe a calculadora dormindo em casa de tempos em tempos. Pratique cálculo pela diversão, não pela nota ou estresse do passado. Faça palavras cruzadas, escreva com a mão esquerda se for destro e, para os mais avançados, calcule áreas de sua casa, faça o Mínimo Múltiplo Comum e tire raiz quadrada para gerar logaritmos capazes de prever as taxas futuras de juros. Assuma estas atividades como uma brincadeira e faça da sua mente uma amiga divertida e confiável para seus cálculos de felicidade na vida!

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