Vergonha...

Minha avó dizia que “vergonha é roubar e não poder carregar”...

Mas analise o que a vergonha significa num contexto contemporâneo: hoje vemos pessoas agindo e comentando sobre temas e posturas que há menos de uma década atrás seriam focos de autêntica vergonha. Frases como “roubar todo mundo rouba mesmo”, “corrupção é comum em todo lugar”, “meu sonho é posar nu(a)”, entre outras coisas mais pesadas tornaram-se mais frequentes, infelizmente.

E isso não gera vergonha, ninguém se sente mal, ou até já se acostumou...

Pois aí reside uma inverdade: a maioria das pessoas com quem converso afirma que até “se acostumou”, mas que realmente não gostaria que atitudes vulgares ou de efeito danoso sobre os outros, antiéticas, fossem comuns ou se tornassem algo natural. Sem falsos moralismos, qual é o mérito para a sociedade de posar nu(a) em troca de venda de revistas? Ou ainda de assumir publicamente o perfil corrupto? Mais do que isso, aceitar passivamente a imagem vista do Brasil como um país de exploração sexual de crianças e adolescentes (quando sabemos que isso está sendo combatido com políticas públicas, e é um processo que leva tempo?) ou a “terra do jeitinho, qualquer dez real (sic) resolve”?

Eu assumo minha vergonha quanto a certas atitudes na sociedade, e além disso me considero “quadrada” em temas comportamentais.

Mas como tudo pode ser moda, prefiro cantar a “Dança do Quadrado”, e ficar no meu quadrado, sem vender meus conceitos baratinho, preço de promoção. Como diz a letra “cada um no seu quadrado”, sem coisas que me envergonhem ou que eu considere comuns, somente por um desejo de uma sociedade desequilibrada e nem tanto feliz...

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