Crises...

Esta semana ouvi mais de infinitas queixas quanto a crise mundial – esse é o nome que deram para o momento econômico – e com todo este bombardeio não poderia deixar passar isso em branco, principalmente por lidar com finanças pessoais.

Meu ponto de vista é simples: há uma crise econômica efetivamente por conta de alto descontrole e especulação, causas claríssimas para quem acompanhava os movimentos econômicos com detalhe; para o leigo isso seria difícil, e justamente este acabou por sofrer no coração e bolso a perda do poder do investimento que dispunha. Golpe digno de “Duro de Matar”. Entretanto, a crise não é mundial, como foi batizada; a raiz dela está nos Estados Unidos, mas há diversas áreas que passam ao largo deste movimento, e um destes lugares é Angola.

É fácil fugir destes desvarios: basta ter boas reservas e produção sustentada, que no caso de Angola é explicado pelo petróleo e diamantes. Outros países mais resistentes tem no escopo de sua economia produção sustentada, e dentre estes está o Brasil, que vai sentir um abalo, sem dúvida, mas está a léguas da instabilidade que atinge diretamente os EUA, a Islândia, a Inglaterra e outros países europeus; ah, também a China apanha neste ringue por ter como canal de distribuição preferencial e fácil os EUA.

O Brasil viveu por anos a fio em crises, inflação galopante, mudança de moeda, bloqueio e congelamento de contas bancárias, enfim, coisas bem ruins. E sobreviveu a ponto de hoje estar em situação bem mais vindoura do que os outros países relacionados. Mas isso se deve também a uma crença positiva e otimista que a população tem, e o presidente espertamente tem agido de forma inteligente, sem negar o problema mas evitando que o fogo da instabilidade emocional e psicológica se espalhe mais que o necessário.

Há diversas crises em andamento dentro da chamada crise mundial, e estabeleço que o anteparo para o descontrole está justamente no comportamento que as pessoas todas tomam perante esta adversidade. A retração no consumo é esperada, mas não deve ser estimulada; a poupança precisa existir para dar lastro, e sempre será uma opção inteligente, mesmo que seja debaixo do colchão.

A chave para vencer a maré que tem mais ondas maroladas do que reais está na produção e vontade comportamental de que a onda forte passe rapidamente; ficar se molestando ou autoflagelando por ela é andar para trás, piorar as coisas mais do que poderiam ficar, se melhor fossem trabalhadas.

Fica a dica: otimismo e cautela, aliados à vontade e ação planejada, atenuam qualquer quadro adverso. Estenda o conceito para além da economia e viva bem sempre.

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