A grave crise e o recorde nas vendas do Natal

Como havia prometido, o economista Nouriel Roubini, da Universidade de Nova York, é a fonte que citei na semana anterior ao falar sobre o tema crise. Sem discutir méritos, o fato é que todo e qualquer processo econômico sem lastro um dia cai – lembra de quando houve a moda das pirâmides, onde cada um colocava 12 mil cruzados e, em tese saía com doze vezes o valor? É a mesma coisa... - porque o dinheiro requer produção, trabalho, valor. Artificializado ele não conta.

Mas o que foi concreto e divulgado nesta semana foi o balanço do crescimento das vendas no natal de 2008. Em novembro li previsões do mercado que o resultado nas vendas seria até inferior a 2007 (agora escrevendo isso começo a lembrar das previsões de Walter Mercado, lembra dele?) e os dados atuais mostram que houve crescimento de 5% em relação ao ano passado, conforme divulgado esta semana pela Fecomercio - a matéria inteira está em http://www.estadao.com.br/economia/not_eco299268,0.htm.

A explicação pelo crescimento se deu por duas razões: a primeira é que durante todo 2008 houve aumento real na empregabilidade, com a abertura de novos postos de trabalho e flexibilização de jornadas que permitiram maior produção e expansão dos quadros funcionais; a outra foi a estabilidade da economia interna durante dez meses, que garantiu reservas financeiras que somente viram oscilação a partir de novembro passado. Ou seja, para alguns, “éramos felizes mas não sabíamos”.

Ora, ainda somos felizes, mas podemos rapidamente aprender com o cenário externo que é preciso estar preparado para as naturais mudanças que sempre atingem a economia, a empregabilidade e o equilíbrio de todos nós. Se investirmos com consistência e persistência em nosso desenvolvimento; agindo com atitude para que a mudança desejada aconteça com firmeza e estabilidade dificilmente perderemos nosso tão merecido e conquistado terreno de crescimento financeiro e pessoal. A palavra de ordem agora é a análise criteriosa do mercado e o aprendizado constante que leva à melhoria contínua, esta sim uma caminhada sem mudanças por ser a chave das mudanças – as quais podemos controlar dia a dia.

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