Vamos investir melhor?

Para começar, o universo dos investimentos tem mares mais instigantes que o oceano da poupança. Esta é a constatação natural após analisar o mercado com tantas opções de investimento que mais fazem o poupador comum se confundir e preferir as velhas fórmulas de sucesso, sendo que a poupança ganha disparado de todas as outras por sua facilidade e garantia.

A poupança é, de longe, a opção mais fácil, mas muitos se esquecem que a garantia que ela oferece está limitada a R$ 20 mil. Acima disso, não há garantia. Portanto, se seus recursos passam desta faixa, analise com carinho opções mais rentáveis no mercado. Comece conversando com o gerente de sua conta corrente bancária, até para saber o que o banco pode oferecer. Mas cuidado: não caia nessa de "fazer um investimento só pra agradar", pois assim você não estará sendo leal numa relação financeira. Há outras formas de agradar pessoas e mesmo nossos fornecedores - lembre-se que nesta relação o cliente é você.

Desde o início de 2008, fundos de renda fixa, renda variável e mesmo fundos de ações tem mostrado resultados competitivos; no entanto, ressalto que é importante que o poupador/investidor esteja alerta e não concentre seus valores num único investimento. Sabe a história de "distribuir os ovos em várias cestas?" O mercado financeiro também tem dessas, porque nele há muita oscilação. Tendo diversas "cestas" você terá melhor controle dos recursos, até para o caso de precisar numa contingência.

O desenho ideal para quem quer poupar e investir para realizar sonhos começa na definição de tempo, prazo e valor a alcançar. Para investimento de longo prazo, médio e curto prazo sugiro ter três investimentos diferentes, e no curto prazo considero a poupança imbatível conforme o valor investido. Se abaixo de R$10 mil, é o mais recomendável e acessível por ser para curto prazo - algo como uma reforma no lar ou uma viagem. Para opções de médio prazo, com resgate em pelo menos oito anos, os fundos são excelentes, e para opções de longo prazo, acima de 15 anos, fundos mais agressivos trazem resultados surpreendentemente positivos, mesmo considerando oscilações na bolsa.

Outra dica importante para você, seja iniciante ou mais experiente, é estreitar o relacionamento com a instituição bancária onde os recursos estão. Isso traz condições de saber oscilações e possibilidades de curto e médio prazo vindas dos gerentes das instituições, mesmo para quem tem recursos abaixo de R$ 1 milhão. Hoje, bancos, instituições de valores sabem que o consumidor está mais atento ao movimento financeiro, e se orientado corretamente, em prazo reduzido terá nas suas aplicações financeiras de sucesso resultados em dividendos positivos para a instituição, ou seja, todos ganham com a difusão de conhecimento e informação sobre dinheiro.

E quanto aos fundos de ações, tão comentados recentemente e agora questionáveis por baixas mundiais nesta semana? Para quem acompanha o mercado, a baixa era algo anunciado. A razão da queda veio do excesso de recursos em fundos imobiliários nos EUA, que tem política muito diferente do que em vários lugares no mundo, inclusive o Brasil.

Isso mostra que precisamos estar sempre atentos ao movimento dos negócios, pois valores fáceis demais escondem insegurança e volatilidade. Acrescento que os fundos de ações disponíveis para o investidor iniciante estão lastreados em empresas de grande porte e com solidez financeira; daí a importância do investidor em acompanhar os jornais e ter estreita relação com as instituições financeiras onde dispõe de recursos. O dinheiro só aumenta quando há atenção sobre ele, o que implica na postura atenta do investidor, não importa seu tamanho. Portanto, comece já!

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