Comer... beber... viver...

E comer muito é pecado? Depende do que é muito ou pouco.

O mundo científico já constatou que comer em pequenas quantidades torna o organismo mais funcional e capaz de responder melhor aos desgastes naturais. Também foi comprovado que comer menos auxilia a retardar o envelhecimento, pois que o processo digestivo de pequenos volumes é mais ágil e menos elementos nocivos permanecem em nosso corpo.

Há quem coma pouco não por opção, mas por pura falta de recursos. A estes desejo sinceramente que as condições onde vivem tenham melhoras, seja política ou agriculturalmente. E quem come pouco por decisão própria sabe o bem estar que isso traz.

O ponto que percebo complexo é quem come muito ou compulsivamente para preencher um vazio existencial.

Comer traz um grande alívio. Esta semana tive momentos de alta emotividade, que me acenderam uma vontade que não é usual: comer doces. E neste dia não havia doce suficiente para me bastar: toda hora queria mais e mais. Consciente disso e do tamanho do problema, lidei com o revés. Dali a pouco esqueci da "vontade" dos doces. Curioso.

Beber também se enquadra, e se junta a um problema sério: o descontrole. Descontrole este que leva a ter na bebida, na comida, nos medicamentos e drogas uma tábua de sustentação para enfrentar o cotidiano. Engordar, deprimir, sofrer por elementos externos são resultantes da dependência seja de alimento, seja de químicos, que ao serem retirados causam crises tão fortes quanto o que se nota em reabilitação de drogados.

Daí volta a pergunta: comer muito é pecado. Volta a resposta: o que é muito para um pode não ser para o outro. É uma medida pessoal, individual. Mas ela tem a resposta na mente e coração de cada um; pois cada um de nós efetivamente sabe se é pouco ou muito. A recomendação médica é unânime: reduza o volume de alimento, seja qualquer categoria o seu caso.

O equilíbrio interno da mente, do coração e da essência pura de cada um traz a resposta que nos faz desfrutar do grande prazer de alimentos, sejam naturais ou criados pela inovação humana. Assim como os infindáveis tipos de bebidas ao alcance. A medida de tudo que entra em nosso organismo deveria ser o prazer do desfrute, algo seleto, que merece toda a atenção.

Comendo muito ou pouco, experimente fazer destas ocasiões alimentares momentos de júbilo e prazer. Mesmo que seja um simples pão com manteiga, procure comer mastigando bem, sentindo o sabor, a textura, a densidade e como a boca, tão sensual e sensorial absorve tantas informaçòes deliciosas. Ao comer, procure comer mesmo, sem dividir atenção com a TV ou qualquer outra coisa - mas partilhar uma conversa ajuda a comer melhor, perceba isso - sendo o sensorial voltado para o momento do alimento.

É uma coisa simples, comer bem (nem muito nem pouco, na sua medida) que faz a vida ter prazeres tão acessíveis e tão intensos. E beber moderadamente para brindar as graças da vida pode se tornar um hábito de celebração de sua felicidade, esta sim infindável.

Aproveite bem o fim de semana e até!

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