A Maurren Maggi

Ontem a atleta campeã olímpica esteve em entrevista no Roda Viva, entrevista esta que, mesmo gravada – antes eu me lembro que o programa era ao vivo, mudou né? – foi muito motivadora, esclarecedora e acima de tudo, um impulso para o otimismo consciente.

A história dela é bem vasta, mas o que pegou forte foi a acusação de doping pelo uso de um creme dermatológico, acusação da qual ela foi absolvida no Brasil mas condenada no comitê internacional. Trocando em miúdos, significa que ela ficou afastada compulsoriamente do esporte por um determinado período – esta parte de quanto eu não lembro – mas pelo menos por dois anos as atividades esportivas ela deixou de lado. Seja porque teve uma filha, ou por desmotivação. Ou ainda, os dois juntos e mais.

Deu a volta por cima retomando de um período parada, com o foco em fazer o melhor para si e para a filha. Primeiro para si; depois para a filha.

Acho importante destacar isso pois há muita gente que prioriza os filhos acima de si mesmo; há toda uma cultura que estimula isso, o que é um grande erro. Não digo que se deva ignorar os filhos, mas se não existirem pais e mães conscientes de si, de seus desejos e objetivos, e lutando por isso por si mesmos primeiro, o que haverá de sobrar para os filhos?

Vale a máxima das máscaras de oxigênio: primeiro em você, depois em seus filhos.

Foi o que Maurren fez, e batalhou forte, mesmo sentindo a pressão da filha, que não queria se afastar da mãe durante os treinos – o que foi necessário – e ainda se queixou que preferia a medalha de prata, por considerar mais bonita...

A Maurren ainda tem muito o que caminhar, mas está na trilha para Londres em 2012. Quero vê-la ao vivo ganhar muitas, muitas outras vitórias. Aquela será somente uma, para nós.

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