Pelo amor ou pela dor?

A terra é preciosa, e feri-la é desprezar o seu Criador. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos” - Cacique Seattle

E a questão do lixo e da bagunça continua sendo uma das mais recorrentes em todos os trabalhos que faço: desde orientação financeira até como recitar mantras o aspecto do resíduo aparece embutido.

A geração atual de crianças talvez esteja sendo estimulada nas escolas a lidar melhor com reciclagem e organização. Digo talvez porque penso que se isso acontece, é somente em poucos lugares, pois vejo em diversas comunidades carentes lixo acumulando dia a dia e uma grande confusão sobre como lidar com o que se tem e aquilo que deixou de ser útil. A exceção acontece nos produtos que, reciclados, geram rendimento, que é o caso das latinhas de bebidas; estas dificilmente são vistas “perambulando” pelo caminho.

Mas o volume de lixo e resíduo mostra também como não nos importamos com o que temos, pois nele há um alto grau de desperdício, de má gestão, de cálculo errado de aquisições. Isso, ressalto, não é exclusividade da pessoa física; acontece em grau elevadíssimo nas empresas, nos negócios e nas decisões políticas. Quando uma obra de asfaltamento e pavimentação acontece, e um ano depois a mesma obra é refeita temos um excelente exemplo de retrabalho e desperdício.

Para mudar este quadro, é preciso que cada pessoa esteja atenta não ao outro, ao vizinho que coloca lixo desnecessário, enfim. É preciso olhar para si, para como cada um dá destinação a seus resíduos; ainda não conduzi uma pesquisa assim, mas irei, certamente, pesquisar quanto de dinheiro se perde em má gestão dos recursos residenciais por meio do lixo e resíduos descartados. Com toda a segurança, se o meio ambiente saudável não interessar, pelo menos motivar as pessoas será comprovar que é possível reduzir custos e ter mais recursos financeiros cuidando melhor da gestão pessoal de aquisições, e dali, a geração de resíduos.

De fato, melhor assim, pela economia financeira, que é até pelo amor, do que pela dor de perder o que há de sagrado e importante: este planeta, natureza e Terra.

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