Drácula, ou o amor absoluto

Um filme que vale a pena ver e rever é Drácula de Bram Stoker, dirigido por Coppola e lançado no início dos anos 90. Considero um dos filmes mais eróticos e românticos já produzidos, que tem acertos perfeitos em imagem, em textura e na escolha feliz dos atores. É um deleite, maravilhoso.

Tão relevante quanto isso é a história mostrada nele, de um homem que ama intensamente a ponto de desafiar todas as forças, o sistema regente (metaforicamente mostrado como a Igreja) e todo seu tempo é em busca do amor que se esvaiu, e é reencontrado em Mina, vivida pela Winona Ryder. O Drácula é Gary Oldman, numa atuação intensa, e por seus olhos é mostrada a força de uma emoção que transcende a paixão e tem sua raiz na alma, que em se tratar de um vampiro é inexistente; mas o Drácula da história tem uma alma imortal, algo dolorosa, mas altamente erótica e sensual.

Não creio que seja preciso viver por séculos buscando o Grande Amor, até porque, pelas sincronias do universo e da vontade Divina ele, o Amor, acaba vindo até nós, quase batendo na nossa porta para deixá-lo entrar. Todos no mundo tem a oportunidade de encontrar o Amor Absoluto, basta abrir os olhos, que são as portas da alma.

E há a possibilidade estimulante, porém perigosa, de encontrar diversos Amores; se bem vividos e desfrutados são um bálsamo, dão mais cor a tudo e fazem de cada segundo uma experiência inebriante, como é visto na cena onde Mina e o Conde brindam com absinto, numa troca maravilhosa de risos, alegria e encantamento; é uma das mais belas e eróticas cenas dos anos 90.

E se o Amor for só um, que ele seja vivido de verdade, sem sombras nem receios; que seja corajoso para ser amado como só Amores Verdadeiros possam ser. Pois quando o são não deixam margem para dúvidas, são somente certezas. E considerando que há poucas certezas nesta vida, melhor aproveitar isso imediatamente, se estiver ao alcance.

Drácula encontra o Amor, pois é um ser vivo que tem alma imortal; merecidamente todos nós temos o Amor à espera, se ainda não cruzamos com Ele. E se corajosos formos quando o encontrarmos, teremos então a delícia de viver intensamente, com tudo o que foi posto nesta vida para fazer a diferença em cada um de nós. Ser Drácula é ser corajoso para assumir o Grande Amor que faz a graça de Viver.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afinal, é para dizer “saúde” depois do espirro ou não?

Acomodação ou Acomodamento?

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido