E como será o seu amor...

Como é dito, o amor é algo que mexe tão profundamente e por dentro que por vezes chega a fazer pensar se é algo correto. E é, pois é uma emoção que faz tamanha diferença, colore a vida e a deixa tão mais macia e linda, mesmo sendo longe, mesmo sendo naquele dia de chuva caída.

O amor pressupõe amar, primeiro a si e depois a aquele para quem o amor não falta, como a cornucópia. É inesgotável, de tanto que brota e gera; amor efetivamente nem precisaria do amado ou da amada, pois só deles existirem já se basta. Amar é pleno e não contém posse. Amar é só agir.

Amar é tão pleno e vasto que por vezes gera grandes confusões. Aquele que ainda vê o amor como dor precisa urgentemente atualizar seu software, pois terá certamente muitos vírus e cookies maliciosos habitando seu sistema operacional. Amor é tão grande e incomensurável, impossível de ser corrompido, seja por hackers ou por nós mesmos, poderosos intelectos em confundir os próprios caminhos. Dor é medido em escalas, pois é algo relativo; pode ser físico e insuportável para uns e considerável para outros, e no excesso acaba por levar ao fim. Amor não, amor sempre renova e reinicia, quando é necessário.

Há quem pense que amor é irrelevante, e o tempo gasto a ele vale pouco ou nada. Balela. Invista na única ação que consegue ser ao mesmo tempo ordinária e preferencial, que pode ter momentos de alta e também de baixa, mas no acumulado traz bons dividendos. Sem falar que a adrenalina do mercado de valores desta ação movimenta uma economia global – com e sem trocadilhos...

Amor não se finda em pessoas, pelo contrário, nelas é que começa; amor não implica em precisar, mas sim em querer, ter a vontade, e se a vontade for correspondida tanto melhor; se não for, é vontade e pronto. Se for amor, será vontade perfeita e tornar-se-á real. Se não for amor – o que é comum, tanto se confunde amor com outras coisas bem distintas, tal qual achar que peixe é pedra e vice versa – é aquela vontade que dá e passa.

O mundo que nos acolhe é feito de infinitos elementos, e o que os une para que tudo funcione a contento é a nossa vontade de perpetuar a vida, pois em síntese ela é o amor que nos acolhe. Se o amor nos acolhe, tal qual o mundo, poderíamos dizer que este mundo é todo feito de amor?

De fato, quando o amor é presente – diga-se de passagem um belíssimo presente – somem de circulação as moedas velhas, as reminiscências ultrapassadas que escorregam aos nossos pés; o sentimento recheia os bolos que não são os mais decorados, porém infinitamente belos e deliciosos. Faz a vida temperada, adocicada, por vezes amarga – será que é para sentir o contraste das doçuras? – ácida, apimentada (oba!) mas sempre digna dos bons gourmets que se permitem experimentar os sabores da vida. Vida que é amor sempre, seja hoje ou qualquer outro dia...

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