O senso de tempo

Crianças consideram que o tempo não passa. Experimente comentar com uma delas abaixo dos cinco anos que um mês tem 30 dias... nossa, parece tanto para ela! Trinta dias, trinta meses, trinta anos, tudo demasiado grande para quem ainda conta numa mão os anos de vida.

Mas após os 18 é dito que o tempo passa depressa. Pode ser o emocional de chegar à idade da liberdade + responsabilidade (é o que se costuma pensar). Mas o fato de a vida adulta ocupar muitos espaços do tempo de cada um de nós que faz a sensação de pouco tempo se intensificar, como numa corrida sempre acelerada.

O senso de tempo muda, e pode mudar mesmo que tenhamos muitas décadas de vida. Exige consciência de si mesmo. Exige observar o mecanismo de transformação que a natureza exibe todo o tempo e que era parte integrante de todos nós. Assim como a semente brota após um estímulo, nós mudamos e modificamos o ambiente onde vivemos, além da mudança sutil que nem nós percebemos.

Aproveite o fim de semana para observar como é seu tempo. Não mude sua rotina, simplesmente fique atento a ela. O tempo que se leva para uma refeição, para abraçar uma pessoa querida, para olhar a vida pela janela e mesmo ficar observando a vida ficcional pela TV. Sinta como o tempo flui em você e o quanto você flui na vida com todo o tempo que você tem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afinal, é para dizer “saúde” depois do espirro ou não?

Acomodação ou Acomodamento?

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido