Meu filhote Fred





Em que no 11 de setembro de 2011, enquanto assisto aos inúmeros programas relativos aos dez anos da catástrofe das Torres Gêmeas em NY, eu olho para você sentado depois de muita correria, em todos os sentidos.


Sei que você está aqui comigo porque uma catástrofe aconteceu na sua vida, você foi parar na rua (ops, numa estrada!) e dali foi para os braços carinhosos do Clube dos Vira Latas que trouxeram você são e salvo para os meus braços (que tem horas que são usados para controlar seu temperamento “temperamental”, não necessariamente nesta ordem...). Você correu muito nesta vida, seja na estrada para se salvar como agora aqui em casa, correndo para se salvar do pente que tenta em vão te pentear...


Aliás, acho que se eu pusesse uma cobra do seu lado você ficaria mais tranqüilo do que ver o seu pente na minha mão...


Hoje você está lindo, principalmente depois de ontem ter tomado aquele banho que detesta – mas depois eu sei que você adora ouvir os elogios pelo cheirinho gostoso e o pelo lisinho, fofinho que mais parece um algodão, elogios que nunca te faltaram né meu lindo? – e agora neste domingo você se aproveita que eu quero ver os programas sobre os dez anos do atentado pra ficar quietinho do meu lado ronronando.


Seu ronquinho me faz pensar o quanto você é fofo. Seu ronco parece o de uma pessoa adulta depois de uma cervejada das boas. Detalhe que vem da sua comidinha que é um mix de ração com frutas, tofu (ah, sua dieta é das boas e você me puxou seguindo uma nutrição saudável!) mais um ovinho cozido de tempo em tempo mas nada de morango – igual a mim, você detesta!


Hoje você está delicioso, peludo macio mesmo depois da luta que foi eu te pentear, sendo que sua mordida leve não me intimidou e consegui tirar todos os nós dos seus cabelos. Dou risada quando lembro da vizinha comentando que a amiga achou que você era uma estátua colocada na sacada da sala... porque você fica paradinho olhando para a rua, sem mexer um pelinho, o que é incrível quando se vê o seu cotidiano agitadíssimo.


- Olha que incrível aquela estátua de cachorro, parece real – disse a amiga da vizinha.


- Não é estátua, é cachorro mesmo – disse a vizinha que te adora (e te conhece bem!!!)


- Imagina, ele está parado tem mais de dez minutos... – tenta reforçar a amiga, sem sucesso.


- Calma que logo ele se mexe – finaliza rindo a minha vizinha....


Aqui você conheceu cachorros maiores e menores, uns com família e outros sem. Conheceu outro dia bois e vacas que passaram em comitiva em frente ao nosso apartamento – é sério mesmo, comitiva de cavalgada passou na frente daqui de casa no dia de Santo Antonio! - Conheceu também cavalos e se assustou, afinal eles são grandes e “distribuem” bocados de digestão bem feita pelas ruas da cidade que rapidamente são removidas seja pela chuva ou pela limpeza pública. Você estranhou a textura e o cheiro... bem que eu avisei.

E eu amo você meu moleque... rebelde mas obediente embora ainda ache que ponta de tapete da sala tem uma placa de WC e faz ali a prova da boa digestão.


Ainda bem que existe amoníaco e limpador para perfumar a casa.... te amo meu Fred!!!!

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