Vitórias e não vitórias

Brasileiro autêntico gosta de uma batalhazinha. Por vezes, esta batalha fica por conta de terceiros, como é o caso dos campeonatos de futebol - uma forma sedentária de participar indiretamente torcendo para o resultado do time do coração - ou em outros casos vale a disputa com o outro (quem correu mais ao longo da semana, levantou mais peso, veio mais vezes à academia, conseguiu mais clientes, etc.) e na disputa consigo mesmo, superando ou não seus próprios limites. São as batalhas do cotidiano.

Nestas batalhas o interessante é pensar que elas são uma constante, a cada torneio terminado, outro irá começar. A partida acabou, o time ganhou, e daqui a pouco novamente vamos ter emoção no gramado, nova partida irá ter lugar. O ano acabou, todos comemoraram e novo ano desponta para tudo reiniciar. Batalhas renovadas.

Este fim de semana acompanhei no sábado o Felipe Massa perder a pole. E depois, dia seguinte, ganhar em Mônaco. A primeira batalha foi perdida (quem chegou primeiro...) mas depois o jogo inverteu, foi dada a volta por cima. Massa triunfou. E daqui a duas semanas novo compromisso, novas emoções na F1, para delírio de todos que curtem o esporte - eu me incluo como quem gostaria de estar no cockpit, na disputa; não do outro lado assistindo, mas o que é que eu faço para isso...

No mundo corporativo e na sociedade como um todo isso se repete, vitórias hoje, talvez amanhã. Não considero derrotas, porque depois há sempre outra chance - outro ano, outra oportunidade - e podemos tentar novamente. Nesta hora vale a frase "brasileiro não desiste nunca", e é o que tenho visto, que bom!

Ao saber mais sobre Felipe Massa vi que ele não desistiu e nem tem desistido. Na escola não foi bom aluno, mas sabia o que queria e foi atrás do sonho, tropeçou muitas vezes, sentiu a pressão e é cobrado sempre que há não-vitória. Contratos em jogo e vontade na frente de tudo, não dá para parar e lastimar; nova oportunidade, laçada com toda a vontade.

Por não pensar em não-vitórias muitos superam seus limites. Caiu, levanta. Passou, virá outro. Errou, faz de novo. Esta semana, no programa Saia Justa, no GNT, me diverti com a Monica Waldvogel, que mostrou a primeira tentativa de entrar no jornalismo diário, e ela não passou (ria: reprovou no psicotécnico!!!), anos depois foi convidada a integrar o quadro de jornalistas da Globo. Sem psicotécnico...

Sei que cada um de nós tem sua história particular de superação e virada. Este post é só pra começar a semana renovando este sentimento: a busca da vitória, todo o tempo; perdeu, recomeça. Como cada semana recomeça, para mim e pra você.

Boa semana e bom dia!

Comentários

Anônimo disse…
Legal, mas foi na Italia e n em Monaco

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