Salve Jorge!

Esta semana comemorou-se o dia de São Jorge, aquele que se vê na lua cheia montado no cavalo e lutando contra o dragão (vai me dizer que você nunca o viu? olhe melhor na próxima lua cheia, daqui a três semanas...rsss). A história de São Jorge é bonita, tem todos os elementos clássicos de um lutador incansável, perseverante, que na constância e complacência atinge seu objetivo, feliz mesmo sorrindo pouco.

O que sei sobre ele: é santo de grande devoção popular, padroeiro da Inglaterra, de Aragão e Portugal. São Jorge ficou conhecido na Inglaterra, pelo menos a partir do séc. VIII; não está clara, porém, a razão por que se tornou seu patrono. Sem dúvida, os cruzados que voltavam de suas campanhas popularizaram seu culto (diz-se que foi visto ajudando os cruzados no cerco de Antioquia, em 1098), mas é provável que não tenha sido reconhecido como tal até ter sido feito patrono da então recém-fundada Ordem da Jarreteira, pelo rei Eduardo III.

Em Portugal, sua devoção parece ter sido introduzida pelos cruzados ingleses que auxiliaram D. Afonso Henrique na conquista de Lisboa, em 1147. D. João I, o fundador da dinastia de Avis, foi grande devoto de São Jorge e o fez patrono nacional, em substituição a Santiago, que já o era dos castelhanos. Ordenou que sua imagem eqüestre figurasse na procissão de Corpus Christi (1387).

Também no Brasil, nessa célebre procissão, era de praxe a presença do santo. Em São Paulo tal costume perdurou até 1872, quando a Imagem, desequilibrando-se do andor, caiu sobre um soldado, matando-o. No Rio de janeiro, a Irmandade de São Jorge mantém uma Igreja, de afluência popular, na praça da República. Sua festa era celebrada a 23 de abril, mas na reforma do calendário litúrgico, em 1969, o papa Paulo VI determinou que são Jorge fosse comemorado a 1o de janeiro. No entanto, o dia 23 de abril permanece fiel aos fiéis.

E com São Jorge na berlinda, fecha-se uma semana de crescimento e constância. E quando precisar lembre-se desta parte da oração, cantada pela Fernanda Abreu:

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge;
para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem;
tendo mãos não me peguem;
tendo olhos não me vejam
e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão;
facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar;
cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Porque eu estou vestido com as roupas, as cores
e as armas de Jorge!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afinal, é para dizer “saúde” depois do espirro ou não?

Acomodação ou Acomodamento?

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido