Abrir para o novo

Hoje, ano 2007, penso em como seria se estivéssemos há milênios neste universo; com certeza cada dia seria um novo desafio de sobrevivência: o que comer, onde conseguir. Matar um animal, achar água da fonte, de onde. Muitas dúvidas que seriam rapidamente dissipadas porque não haveria tempo para grandes reflexões - meio que aqui e agora, faça ou não sobreviva.

Atualmente temos tudo na mão, e podemos nos dar ao luxo de programar o que poderá ocorrer dentro de diversos cenários, diversos horizontes. Ficou fácil, até previsível. É possível prever o tempo para quase duas semanas, basta ter verba para pesquisar. Não há muito horizonte para modificações. Tudo corre normalmente.

Mas o ser humano é insatisfeito, em maior ou menor grau. O meu grau é relativamente alto, e a busca pela melhoria contínua, tão falada nas organizações, também se reflete na nossa vida. Entretanto, se abrirmos este caminho, o de melhorar continuamente, certamente teremos que mudar com muito mais freqüência para estarmos alinhados com este progresso constante. E aí...

E mudar ninguém quer, nem esta que vos fala. Resiste o máximo que pode, procura razões para manter tudo como está, porque mudar implica em renovar, tirar o velho (mas o velho é conhecido, garantido, puxa que peninha...) e isso assusta, e como!

Mas como Cazuza cantava que o tempo não pára, nós também não deveríamos parar. Poderíamos seguir o curso do rio, que mostra novos cenários a cada curva, a cada descida e mesmo na subida (olha a força das águas...) pois a natureza busca mudar sempre para melhor. Tempestades, raios e calor destroem para construir. Não precisamos chegar ao ponto de, mas precisamos sacudir a poeira e renovar. Ainda é primavera, é tempo.

E renovar tem um dado curioso e instigante: abre a porta para inúmeras possibilidades, que guardam oportunidades de sucesso, de renovação, de superação, paixão, confiança, conquista. Podem trazer também desilusão e decepções, mas só poderia saber quem corresse o risco e tivesse a coragem de tentar mudar. Particularmente não conheci quem tenha se arrependido tanto assim. Tenho uma amiga, a Zadhir, iluminada, que arriscou brabo deixando SP, avenida Paulista, para entrar em Londres falando somente goodbye e lá tem tido um sucesso que nunca havia imaginado...

Daí fica para pensar: renove enquanto pode, para que não precise renovar por precisar... inté.

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