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Mostrando postagens de 2010

Viver bem sem estressar financeiramente deve ser sua meta

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Calma, respire fundo e abra a guarda para entender que é viável viver melhor, com menos estresse quanto às finanças sem que para isso você tenha que se tornar, obrigatoriamente, um milionário ou milionária! Até porque há muita gente que desfruta de abundância financeira e está passando momentos de estresse – veja-se o caso do Banco Panamericano. Viver bem significa ter qualidade de vida. Qualidade de vida significa saúde física e mental, equilíbrio emocional para se relacionar bem com pessoas e instituições. Quando falo de instituições, refiro-me àquelas bancárias, financeiras também – não só religiosas, administrativas e culturais. É muito bom quando a vida flui bem, os serviços que nos são prestados funcionam corretamente, o atendimento ao cliente se traduz de forma adequada a nós e sentimos tranquilidade e paz. Qualidade de vida também é a boa relação com pessoas, quer se trate de familiares, de colegas de trabalho e de todos que circulam na sociedade e interagem conosco. Isso, emb

Eu escritora

Como dado curioso, no início de 2010 eu estava a cotar seguros para carro; dentre as empresas que contatei uma fez uma pergunta cuja resposta saiu naturalmente: “qual a sua profissão”, e eu respondi “escritora”. O motivo de ter respondido isso nada tem a ver com a função em si; pensei que, dizendo ser escritora, eu poderia conseguir um bônus maior, já que escritores ficam quietinhos escrevendo e não atrapalhando o trânsito caótico do dia a dia – sem falar que acho que terão menos chances de se envolver em acidentes, que é o verdadeiro motivo do interrogatório da seguradora, quanto menor sua chance tanto melhor! Daí a rápida resposta trouxe uma outra pergunta do funcionário: “aqui não tem esta opção. Posso colocar jornalista, que é parecido?” Pois eu resolvi, nas frações de segundo desta conversa, insistir na minha “carreira”, e concluí que ele teria que colocar no campo “outros” o ofício de escritora. Detalhe que acabei fechando o seguro com outra empresa, que nem se importou se eu tra

Escolher ser feliz

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Pouca coisa nesta vida é certa, e entre estas poucas destaco a questão das escolhas. Podemos escolher o que queremos para nós, embora pareça até o oposto – principalmente para quem lê isso agora cheio de problemas; afinal, como posso ter escolhido este cenário problemático? – somos escolhedores neste mundo tridimensional, por ora. E o fato de sermos capazes de realizar escolhas traz dois aspectos antagônicos: o primeiro é a leveza de pensar que somos donos do nosso destino. O segundo é perceber o que isso significa, a responsabilidade desta escolha. Como diz o amigo, “o lado bom é que você escolhe, e o lado ruim também né?” Escolher implica conhecer, e por vezes não é conhecer a cena, o cenário e os prognósticos. Implica em se conhecer, saber o que se quer para si e não confundir com o que o mundo quer para ti. Saber e estar consciente de sua vontade, até para que não haja arrependimento, pois como diz O Dono da Festa, “que seja feita a vossa vontade”. E se a sua escolha foi feita até

Todo o amor que houver nesta via...

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Será pouco. Verdade: cheguei à conclusão que amor tem que ser muito, de baciada como diz o feirante, de além da légua e sempre renovando, renovando, como as águas dos rios deveriam fazer na cidade de São Paulo – mas não rolam porque a poluição não deixa, tanto lixo no meio que fica complicado renovar e fluir. Talvez este mesmo lixo do rio paulistano seja pela falta de amor, todo o amor que houver nesta vida. Se houvesse amor pela vida e natureza penso que teria menos lixo na água que um dia foi clarinha; se houvesse amor nesta vida por todos haveria mais sorriso no rosto de quem pega metrô logo cedo. Com amor na veia o passante poderia olhar para os lados, levantar a cabeça e perceber a beleza dos dias nublados, que antecedem longos períodos de sol. Amor com certeza iria encher a barriga de quem desconta a frustração comendo a mais não poder. O amor que houver para amar nesta vida pode reconstruir tudo e criar alternativas, como criou um tubo estreitinho para retirar os mineiros do fun

Vale Tudo

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Esta semana tive a feliz surpresa de saber sobre a reprise da novela Vale Tudo , do Gilberto Braga e transmitida originalmente em 1988. Lembro que a assisti quase inteira pelo sabor da trama, e essa lembrança tornou-se quase a imagem da época – a novela, os personagens bonzinhos e mauzinhos, com destaque para a eterna Odete Roitman e a então quase adolescente Gloria Pires sendo a Maria de Fátima. E não esqueço que quem matou Odete Roitmam foi a personagem da Cássia Kiss. Mas é bacana rever e notar as mudanças que a história agora mostra, e em todos os sentidos. Ver o valor do dinheiro diferente – era tempo de inflação galopante – e ver o personagem do Antonio Fagundes suplicar por um emprego de operador de telex (!!!). A casa sofisticada no Leblon que pertence ao gigolô Cesar tem carpetes por todo lado, e com direito a uma banheira de hidromassagem no meio da sala (ou seria um quarto?). Ah, os personagens fumam, e muito. Chega a ser engraçado ver tanta gente fingindo naturalidade fu

E viva a Palmirinha!!!

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Estou esperando para saber em que emissora nossa Palmirinha irá continuar com suas receitas mimosas. OK, quase não assisto TV mas gosto de comer bem - o que implica em ao menos cozinhar devidamente. Detalhe é que ainda não fiz as receitas que peguei com ela via youtube, um pouco porque em sua maioria são doces portentosos, que não fazem o meu perfil. No entanto, vale destacar o recheio de pastel que parece bem fácil e tem cara de gostoso. Mas o barato da Palmirinha não é somente fazer comida gostosa e ser paga por isso. Tem o charme caipira da meio vovó meio Cult – veja no youtube nossa Palmirinha paramentada de CQC (vou poupar seu trabalho colocando o link no fim - e ainda receba o bônus do primeiro lugar do Top Five, pra matar de tanto rir. Momento caridade meu, assim não tem como dizer que não achou, certo?). Tem o jeito de falar com as amigas que a assistiam regularmente, coisa que decepcionou muita gente quando a Gazeta simplesmente cortou o quadro e fim. A suspensão do programa e

A sustentabilidade na sociedade depende das ações individuais

Muito se fala sobre preservar e usar melhor os recursos de que dispomos, sejam eles provenientes da natureza, financeiros e materiais, subjetivos e emocionais. Entretanto, o uso inteligente do que dispomos implica em atitudes individuais, mais do que políticas sociais e campanhas divulgadas para a massa consumidora. Afirmo isso com base em um ponto que tem sido comum no meu trabalho como consultora de finanças pessoais e qualidade de vida – a forma muito inconsciente como as atitudes são tomadas no cotidiano. Boa parte das pessoas – diria que há raras exceções - age muito mais reativamente do que ativamente. Não analisa seus atos antes de praticá-los, simplesmente reage às solicitações do mundo. No afã de atender a tudo em tempo recorde, muitos não analisam o que têm feito e principalmente o que estão fazendo para atingir objetivos – sejam eles pessoais ou sociais. Por vezes tiram minutos para análise, mas não com a disciplina necessária para fazer o hábito de analisar anteceder a açã

Candle lights

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There was a long time since I had my last visit there, almost two decades ago. But the memory is kind of a bless: it shows how things were as they could be now, even though we all know they are not available anymore. So this is how I saw that empty place longing to the river, where once there were so many stories and people – and now I see the space. That empty space. Even though I had known all details from that at the right time – how it happened, why it happened – as I saw that from abroad, it didn’t seem quite real. Could have been just a movie, a catastrophe one, I mean (kind of movie I’m not for it). But as I got so close to the point where life had existed, and so brightly, I couldn’t avoid remembering all the anger and rage for having had that happening. When I first came there I was dreaming of seeing the city from the top floor, as most people imagine being possible to understand life as we get to the highest point, even geographically talking. I got surprised by the speed we

Cidade de indivíduos

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Aqui é uma cidade de indivíduos. Raro ver o morador daqui com mais gente, mesmo que esteja rodeado de pessoas. Cada um está na sua vibe, no seu jeito, mas que está a léguas da solidão. Cada um curte sua sozinhez, que difere da solidão triste, imposta. Aqui não tem disso. Todos tem um sorriso guardado para dentro, porque sorriem para si mesmos, não necessariamente para os outros. Há quem sorria para o simples fato de estar ali, vivo, chutando, trabalhando e produzindo. Para quem vê genericamente, pode parecer até cruel fazer tudo com rapidez, mas não é. As pessoas são eficazes, não perdem tempo com besteiras, não se melindram á toa. Dão valor ao bom e principalmente ao que fazem – e bem. Sorriem para quem para elas sorri, mas acima de tudo sorriem para si. Há grupos de pessoas, como há também casais, com crianças ou não. Mas todos eles tem o ritmo da cidade, que valoriza toda e qualquer iniciativa. Há também uma energia de cuidado, para não magoar o outro, pois isso também significa mag

Dizendo não sei

Outro dia encontrei uma pessoa que gosta muito de me encher de perguntas – e pouco fala de si mesma, sabe aquele tipinho? – e logo na primeira delas eu me permiti responder simplesmente "não sei". O "não sei" veio com a tranqüilidade de quem não sabia mesmo, nem lembrava; eu poderia até me torturar procurando a resposta em frações de segundo, mas não era hora ou local para isso. Posso até dizer que nem era pessoa para tanto trabalho, já que em muitas vezes ela só pergunta para especular, alimentar-se da informação do outro. E a frase veio sonora, clara, calma, com a sabedoria de quem não sabe e reconhece isso. Passados alguns dias voltei a usar o "não sei". Detalhe que no passado de anos eu não me permitiria dizer calmamente isso, já que tornou-se default saber tudo sempre; afinal, é mundo competitivo e ninguém quer ficar sem resposta. Entretanto, querer saber tudo pode revelar a fragilidade de quem não quer aprender com o outro e assim refestela-se no mu

O susto

Ele inventou uma moda meio besta, assustar pessoas. Meio besta porque ninguém efetivamente gosta de ser feito de tonto, mas talvez ele ainda não tenha percebido isso. Bobeira de garoto, né. Na hora deu vontade de socar, bater para extravasar a raiva. Mas, falando secretamente – como é secreto pensar sobre as deliciosas obscenidades da vida – se eu fizesse isso não iria me controlar e certamente acabaria enchendo este moleque atemporal de carinhos e afagos, porque a raiva é prima irmã das emoções calientes bem escondidas. Já imaginou se eu optasse por dar um tapa bem dado? Correria o risco de tentar consertar com beijos e não iria ser fácil controlar... O melhor a fazer naquela hora foi o que fiz: fiquei com a maior cara de desentendida, como quem não compreendeu nada e portanto, não conseguiu ser sensibilizada. Deixei o peralta crescidinho com a cara de pateta, e isso foi adorável. Depois é claro que a emoção saiu, a raiva veio molhada, até com direito a poemas e soluços. Eu poderia at

Beijo roubado é que é bom

Não sei muito bem descrever a cena: era num café que sempre freqüentava, e até já sabia o nome das atendentes. Nunca passei despercebida, principalmente porque gosto do contato com pessoas e assim o sorriso não sai da minha boca. Isso seguramente faz muitos rostos olharem com agrado. Daí que escolhi a mesa mais charmosa, pedi o café bem quentinho e sorri para mim mesma. Não demorou para eu perceber que sorrindo para mim na mesma direção estava alguém que viu o meu sorriso – e devolveu. Mas não ficou parado na mesa, veio ao meu encontro trazer o que eu tinha direcionado. Sentou sem fazer muitas perguntas, mas admirando o sorriso. Detalhe que ainda está metálico, fruto dos brackets que insistem em se mostrar, acho que eles tem síndrome de celebridade e pulam brilhantes sempre que eu falo. Nesta hora, parece que todos tiveram ataque fulminante de curiosidade e vieram ao encontro do novo interlocutor. Ele começou a contar sobre sorrisos, sorrindo também. Não lembro como a conversa engatou

Votar é preciso – sempre será sua escolha

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Estes dias ouvi diversas, muitas, inúmeras pessoas comentando sobre as eleições e concluindo com a frase “nem sei se vou votar”. As alegações são bem variadas – “meu título é do interior então faz tempo que só justifico”, “eu justifico porque é de domingo e isso atrapalha minha rotina”, “melhor não votar e depois pagar uma taxinha para não ser conivente com o sistema (sic)” e a mais contundente “eu acabo esquecendo e perco a hora (rsrsrs)”. O fato de os candidatos serem bons, ruins, milagrosos, pestes ou qualquer outra definição, sinceramente não importa. Eles são pessoas, tem ideias, e de certa forma correm o risco de rejeição de forma acentuada – já vi o candidato que recebeu só o próprio voto! – mas ao menos eles estão ativamente escolhendo o que desejam para o presente e o futuro. Bem diferente de quem ativamente escolhe passar ao largo do processo. Não votar não é apenas uma questão cívica – isso sem dúvida, porque parte do papel de cidadão é contribuir com a coletividade, e neste

As vinhas da ira - ou somente raiva

Ao filme talvez você tenha assistido – é um clássico. O livro retrata bem a miséria que vem do progresso durante o período que ficou conhecido como a Grande Depressão americana, uma fase que começou com a crise de 1929 e se estendeu pela década de 1930. Mas o nome do livro e do filme traz a ira. A raiva. A pobreza do Meio-Oeste americano é bem acentuada nas imagens do livro e sobretudo no filme, que é um primor principalmente por ter sido rodado com os recursos da época, que definitivamente não era moderna. O tom do filme é fiel ao livro, mostra o momento da obsolescência. Mexe profundamente, como acontece em geral nas situações que traduzem a dor, a raiva e a sensação de frustração, de impotência. Os personagens são forçados a sair de suas terras, pois, na simplicidade de seu campesinato, perdem o espaço para a modernidade, as colheitadeiras, e assim perdem seu sustento, seu alicerce. E sentem a raiva de serem postos de lado, substituídos por um sistema mais rentável. Sentem a dor de

Postura é tudo

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Em tempo de ética de menos e escândalo de mais, fica a pergunta que ouvi de uma cliente: qual a medida entre não aparecer (ser invisível) e virar “aparecidinha” (que nada tem a ver com Minha Linda Santinha, devo reforçar)? Vale pensar sobre como queremos aparecer. Fato é que o mundo atual é muito mais formado por imagens do que há cinqüenta anos. O que me reforça este conceito é justamente algo que no passado não havia e hoje há mancheias: velocidade de informação. Em poucos segundos temos uma fotografia, uma opinião sobre algo, um vaticínio. Depois de formado o pensamento sobre este algo ou alguém, fica muito difícil mudar. Daí, se eu apareci nestes poucos segundos de forma inadequada, como posso reverter – se é que é possível – este quadro? Saber como quero ser visto é fundamental para pensar em imagem, autoimagem. Isso vale para todos, mesmo quem não está na mídia mas tem a ambição de crescer profissionalmente, pessoalmente, afetivamente, como queira; julgamos muito pela aparência

Miguel Nicolelis e os US$ 2,5 milhões

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Esta semana foi divulgado o nome do pesquisador que irá receber o Director´s Pioneer Award, um dos prêmios mais esperados nos EUA, por ser outorgado pelos Institutos Nacionais de Saúde do país: Miguel Nicolelis. Miguel Nicolelis é brasileiro, e vive nos EUA há mais de duas décadas. Pesquisador eminente na área de neurociência, dedica-se a estudar mecanismos capazes de serem acionados por comandos cerebrais por pacientes tetraplégicos, dentre outros casos de lesões neurais. Ou seja, usar recursos eletromecânicos e cibernéticos para restaurar os comandos de um corpo perfeito, de uma mente perfeita. Estes US$ 2,5 milhões serão empregados nas pesquisas desenvolvidas na Universidade Duke, na Carolina do Norte, principalmente para o desenvolvimento de próteses comandadas por impulsos cerebrais. Já há muita pesquisa neste sentido em desenvolvimento, mas o comando natural ainda está por ser alcançado – e a verba será encaminhada neste sentido. O valor do prêmio é expressivo, no entanto, irri

Surrender your heart

Entregue seu coração, esse é o título deste post e de uma música charmosa dos anos 80, da banda Missing Persons. Mas o interessante da frase – inclusive da letra da música, que você pode ouvir bem em diversos sites alem do youtube – é a ideia de entregar seu coração a alguém. E esse alguém pode ser a si mesmo. O coração é dito como sendo a morada das emoções e tudo o que foge a lógica. A história mundial prova isso e justifica muitas ações como “forças do coração”. Fato é que o tempo passa e sempre há uma história de alguém que literalmente entregou o coração a algo ou uma pessoa, seja por um ideal ou sonho, por uma sensação efêmera ou eterna. Foi uma entrega, e das boas. Enquanto escrevo este texto tenho feito a leitura do novo livro do Deepak Chopra e Debbie Ford (há mais uma autora mas confesso que ainda não cheguei na parte dela, portanto o nome me foge), o Efeito Sombra. Ali há muitos comentários sobre o poder das emoções e a força das mesmas em fazer a vida seguir dividida em luz

QUEM QUER EMPREGOS?

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Em ano eleitoral, como no qual estamos, um dos tópicos que os candidatos terão de encarar é a geração de empregos. Ouve-se muito dizer da dificuldade de novas vagas, o peso da contratação e outros aspectos que atrapalham o crescimento dos postos de trabalho. Pelo que se fala na mídia, muita promessa já se configura e fórmulas mágicas são citadas para demonstrar que é possível criar mais empregos. Candidatos se apressam em informar que, votando neles (as), certamente mais empregos serão gerados, entre outras coisas... – mas poucos abordam o ponto delicado da questão, que não se resume em ter mais empregos. Seria melhor dizer ter mais gente qualificada para as vagas existentes. A economia vem estável há tempos, fato que gera negócios; e esses, por definição, trazem oportunidades para mais gente produzir e dar resultados. Ou seja, há empregos no mercado. Há vagas em aberto. Mas estas vagas não são preenchidas por algum motivo. O que consegui apurar de parceiros comerciais é que isso se dá

A sonoridade saborosa da cidade

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Nem está claro o suficiente para ser dia nem escuro a ponto de se dizer que ainda é noite. Mas dá pra ver que as nuvens abriram espaço para que muitas estrelas brilhassem até quase as 6 da manhã – um prenúncio de dia ensolarado e lindo. Emoldurado pelo recorte da serra que limita parcialmente a cidade. O som da cidade aponta o ritmo do seu amanhecer. Não precisa ser muito alto, já que imperou o silencio durante horas. Um ônibus freia lentamente, porque não há trânsito nem pressa. Os carros passam, luzes acesas deixam a pista mais colorida, num contraste curioso entre dia e noite. Pouca gente caminha, embora já sejam quase 6h30. Depois, o metrô está cheio, muito cheio. As pessoas já sabem os truques para lidar com o transporte público: chegam cedo a ponto de pegar o trem na direção contrária e assim garantir um lugar quando ele retornar ao rumo certo. Há quem leia, quem ouça música para si mesmo e para os outros. Há quem sorria e se divirta, outros estão ainda dormindo, mesmo de pé. A c

Rápido pra perder o costume...

Se eu fizesse uma pesquisa informal sobre o quanto as pessoas estão com pressa, sabe o que iria acontecer? Nada, pois eu não conseguiria parar alguém que pudesse me dedicar uns dois minutos de conversa. Vi isso hoje cedo observando uma senhora que estava procurando pessoas para responder a uma pesquisa de consumo – eu não posso responder a este tipo de coisas por ética profissional, afinal sou publicitária – e ela me abordou, quase implorando para que eu parasse. Eu parei, mas logo adiantei que não poderia ser entrevistada por ser publicitária. O rosto da pesquisadora mudou do sorriso para a lástima. Ela até tentou perguntando se eu realmente trabalhava em agência... e confirmei. Não tinha como escapar. Mas eu poderia fazer perguntas e a primeira foi “quantas pessoas você já entrevistou hoje”, sendo que até então ela não tinha preenchido um formulário sequer. A hora da pergunta: 11h25. Segunda pergunta: “há quanto tempo você está aqui abordando pessoas” teve como resposta “mais de uma

O bem que você me faz

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Hoje eu tenho você aqui junto comigo enquanto crio este texto, que é uma forma de contar para o mundo – e principalmente para você – o quanto sua presença tem feito tão bem na minha vida. O dia que eu te vi pela primeira vez não era originalmente pensado em te trazer pra casa; eu estava somente de passagem, e a minha curiosidade me fez parar na lojinha do shopping para ver o projeto de adoção de animais abandonados. Como a loja era do lado do caixa automático, não custava nada passar ali. Os primeiros que eu vi eram grandes, com olhos extremamente dóceis, e você estava lá no cantinho, encolhido, pequeno. Na hora eu estabeleci um carinho imenso por você. Nem pensei antes de falar com o Marcelo para saber mais a seu respeito. E ele, espertamente, percebeu que eu seria a pessoa certa para você, ou como se diz em inglês, “the one”. Ele me perguntou se eu queria pegar você no colo e assim tudo começou. Na primeira hora você nem olhava nos meus olhos, achei que era porque não tivesse curtido

Estar apaixonado faz muito, muito bem.

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Paixão é uma palavra forte, que jamais passa despercebida. No fim de semana fiz uma breve experiência perguntando a amigos o que sentem quando se fala em paixão. As imagens que a palavra trouxe variaram da clássica Paixão de Cristo à paixão do primeiro amor, passando por paixão fulminante, paixão devastadora, paixão deliciosa, perda dos sentidos, perda da razão, entre outras que cabem no mesmo balaio do sentimento que tira a racionalidade. Mas não penso na paixão, no estar apaixonado como algo que quebre o sentido do ser, e o faça agir de forma descontrolada. Percebo a paixão como uma força vinda do gostar que existe nesse mundo para nos fazer sentir o bem e a graça de sermos humanos, muito humanos. Não imagino paixão entre animais ou plantas – do que li, animais respondem a instintos, que diferem totalmente de um estado inebriante de paixão. A todos que perguntei, todos já se apaixonaram. Alguns transformaram a energia da paixão em amor, outros viveram a paixão intensamente. E houve q

Smiling

http://www.youtube.com/watch?v=GoIAVw_LiaQ&feature=related

A minhoca e outras histórias

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Então no feriado você procura fazer tudo aquilo que nunca tem tempo para fazer, e pode se dar ao luxo de fazer sem o sentimento de “poderia estar fazendo coisa melhor”. Neste ritmo o que mais apeteceu, além da piscina social do prédio e a academia – esta última lembra um pouco trabalho, o que não é justo neste momento de ócio – foi olhar pelo bem estar geral das plantas. Em tempo: no apartamento onde moro fiz questão de ter plantas. Acredito que planta é como um sinal inequívoco de “aqui tem um lar”. Planta natural, daquelas que fica feia e bonita conforme a vontade de seu dono, jamais aquela planta que brilha como verniz e é de verniz mesmo, que nem a mim, que sou distraída, dá pra enganar. Para começar a atividade eu deveria ter à mão todas as ferramentas ideais para o bom cuidado com as plantas. Adivinha: não tenho nada, vai ter que ser na raça mesmo. E na criatividade: fiz do cabo de madeira do pincel um excelente objeto para afofar a terra e revirar de modo a soltar as raízes soli

Ah, mas esta ansiedade...

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Acho que pinta uma ansiedade antes de começar esta dancinha... Ansiedade é aquela coisa emocional que todos conhecemos, e que penso ser endêmica no mundo – talvez no Oriente as pessoas lidem melhor com isso, mas li recentemente que ela é presente nas populações indígenas, que a principio parecem ser tão certinhas, equilibradas... Por mais que saibamos que gerar ansiedade não leva a nada, ainda a ansiedade leva a melhor em boa parte das situações. Hoje, como ser humano normal e neurótico, a danada resolveu me pegar e estamos numa contenda significativa. Se não fosse o autocontrole eu já teria literalmente posto os pés pelas mãos. A ansiedade é minha conhecida há tempos. Lembro das primeiras vezes que fui a escola, e ela já estava bem presente no meu dia a dia; muito antes da hora de ir para a escola nós já travávamos contato, e a danada ia ficando bem forte, quase explodindo no momento de entrar no prédio da escola. Em geral, eu e a ansiedade não íamos sozinhas, pois havia sempre a pre

O encontro de Deus (ou São Paulo a Rio via Minas...)

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Desde cedo ouço falar em Deus. As primeiras informações davam conta de um ser que tudo via, tudo sabia e tudo controlava. Ele não era visível, mas a imagem divulgada era de um homem mais pra velho, que ficava sentado em alguma nuvem observando e julgando o que as pessoas – seus filhos – estavam fazendo. Era vigilância 24 horas por dia 365 dias por ano. Nem precisa dizer que este Deus dava mais é medo. Com o tempo ouvi definições de Deus, cada uma com mais ou menos sofisticação. Desde “Deus é tudo” até “Deus é a inteligência maior, suprema reinando em todo o universo, causa primária e fundamental de todas as coisas” (esta especialmente era do tipo “vamos decorar”, porque ficava bonita dita por uma criança, não é?). Mas este Deus começou a me fazer pensar com insistência, tanto acerca Dele quanto de tudo o que existe. Lembro de um dia ter pensado, aos nove anos, como ficaria o mundo se eu não existisse mais, ou mesmo se nunca tivesse existido. Foi bem curioso chegar à conclusão que eu e