QUEM QUER EMPREGOS?


Em ano eleitoral, como no qual estamos, um dos tópicos que os candidatos terão de encarar é a geração de empregos. Ouve-se muito dizer da dificuldade de novas vagas, o peso da contratação e outros aspectos que atrapalham o crescimento dos postos de trabalho. Pelo que se fala na mídia, muita promessa já se configura e fórmulas mágicas são citadas para demonstrar que é possível criar mais empregos. Candidatos se apressam em informar que, votando neles (as), certamente mais empregos serão gerados, entre outras coisas... – mas poucos abordam o ponto delicado da questão, que não se resume em ter mais empregos. Seria melhor dizer ter mais gente qualificada para as vagas existentes.

A economia vem estável há tempos, fato que gera negócios; e esses, por definição, trazem oportunidades para mais gente produzir e dar resultados. Ou seja, há empregos no mercado. Há vagas em aberto. Mas estas vagas não são preenchidas por algum motivo. O que consegui apurar de parceiros comerciais é que isso se dá mais por os candidatos estarem muito aquém do que se espera deles do que por outras razões.

Falta qualificação. Falta ensino de base e conhecimento, em grande parte dos casos.

Hoje podemos dizer que uma pessoa com escolaridade universitária e fluência em um idioma que não o nativo tem grandes chances de se colocar no mercado. Fato é que para quem está começando o salário será baixo sim, porém é o primeiro passo para construção de uma carreira. E daí pra frente depende muito mais da pessoa, do profissional, com olhos e ouvidos bem abertos para perceber as oportunidades para seu crescimento - que é constante e muda o tempo todo. Quem não se atualiza está fora da disputa, fim de jogo.

Não dá para pensar em acabar a faculdade e pronto: é preciso atualizar os conhecimentos na área onde se atua profissionalmente, ou mesmo em áreas correlatas. Médicos voltam aos estudos no comportamento humano para desenvolver sua capacidade de liderança; outros engenheiros aprendem como lidar com a logística do negócio dentro do empreendedorismo, e artistas plásticos desvendam a computação gráfica para expansão de sua criatividade e negócios, entre os mais simples exemplos.

A empregabilidade – poder se recolocar com facilidade a qualquer momento – vem desta mistura que engloba atitude do profissional, bagagem, experiência, versatilidade, conhecimento global e multicultural, abertura ao aprendizado e a vontade de crescer, de melhorar continuamente. Quem tem isso e faz sua parte no dia a dia certamente está bem empregado, ou ainda recebendo propostas tentadoras. Se com você isso ainda não acontece, analise seu momento e postura profissional da forma mais crítica possível, e veja o que precisa ser feito (cursos, atualizações, atitudes) para garantir grandes projetos profissionais em sua carreira.

Ninguém está a salvo da possibilidade de ser substituído, trocado por outro profissional ou ainda ter seu posto de trabalho alterado conforme as circunstâncias – exceção aos profissionais do setor público, mas mesmo estes tem passado por avaliações de desempenho, uma novidade positiva neste ramo de negócio – e assim, todos, em qualquer área de atuação, devem estar atentos a própria empregabilidade. Afinal, ter empregabilidade, ser capaz de produzir e trazer resultados para as empresas de forma sustentada, é o que faz a diferença e seguramente irá estabelecer um circulo virtuoso, com profissional e empresa focados nos resultados com qualidade. Pense nisso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afinal, é para dizer “saúde” depois do espirro ou não?

Acomodação ou Acomodamento?

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido