Mundo Corporativo
Seja consciente em suas atitudes no mundo corporativo
Que postura e atitude fazem a nossa imagem, isso é sabido.
Entretanto, mesmo com tanta informação sobre como proceder para manter um bom
marketing pessoal, ainda vejo muitas pessoas cometendo erros graves que
comprometem não só sua imagem, mas principalmente sua atitude no universo
profissional. Um exemplo simples é quando o profissional sai para um almoço com
clientes e dirige blasfemando, cortando o trânsito de forma irregular e sem
ética. Qual a imagem que o cliente fica de um prestador de serviços que se
descontrola ao assumir o volante?
Equilibrar a si é uma arte, que felizmente pode ser aprendida
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Este é um caso rotineiro, e há quem justifique colocando a
culpa no governo, nos dirigentes que não investem no transporte coletivo, no
perfil do brasileiro, etc. Isso ainda piora o quadro; qual profissional de
sucesso irá creditar seus problemas a outrem numa postura de vítima? Quem está
consciente de o quanto sua imagem fala, principalmente nas atitudes, antevê que
haverá tráfego pesado, sai mais cedo – e se o imponderável acontecer, irá
avisar do atraso os envolvidos, tomando o cuidado de parar o carro e assim usar
o celular.
Vejo a inconsciência agindo contra o profissional que quer
se destacar, mas está tão focado no problema que esquece o cenário amplo,
macro. Está com um desafio importante – até porque crescemos profissional e
pessoalmente devido a estes desafios – e age como se isso fosse uma maldição,
algo indesejável. “Só eu dou conta disso e assim este problema sobra para mim”,
brada o profissional inconsciente de que esta atitude revela imaturidade e
despreparo. Se você é capaz de resolver o desafio que irá gerar satisfação
e resultados, sinta que isso é uma deferência e não uma maldade que caiu nas
suas costas. E se quiser reclamar, faça isso para si mesmo, discretamente, até
para avaliar se este tipo de cenário é o que você deseja para triunfar e ser
realizado no trabalho. Se não for, conscientemente perceba isso, sem se
queixar.
Usar a ética em qualquer ocasião é outro aspecto muito
falado e pouco empregado. Chega a ser risível ver as pessoas saírem na
hora do almoço de um pólo empresarial paulistano e irem correndo para a
barraquinha dos DVDs piratas. Já vi gente que se considera corretíssima
comprando sem o menor constrangimento. Também vi gente alegando que foi ao
médico para sair mais cedo e depois postou nas redes sociais as fotos do
passeio ao parque temático no meio da semana...
Quando usamos nossa consciência para entender atitudes que
cometemos, em geral nos surpreendemos com o que fazemos ao entrar no “modo
automático”, que é quando repetimos atos sem pensar, somente porque se tornaram
um hábito. É o cigarro que tem que ser fumado às 14h05 porque acompanha um café
no mesmo momento – e depois a pessoa reclama que o dia dela não rende. Se a ela
for perguntado o que faz do tempo disponível, vem a confissão “me acabei
apagando tanto incêndio nesta empresa que não tive tempo pra nada”. O ruim de
quem “se acaba apagando incêndio” é que faz mal duplamente: para a pessoa gera
frustração, a sensação de não ter feito nada efetivamente, e para a chefia a
imagem da pessoa reativa, que somente age condicionada a um fato que poderia
ser evitado. Hoje o cenário corporativo paga para não precisar apagar
incêndios, por isso tanto se investe em sistemas redundantes.
Como dica para quem quer se destacar no cenário
profissional, eu sugiro sentar, pensar, respirar fundo e planejar, depois agir.
Mesmo que isso leve alguns minutos, é fundamental para ter consciência do que
vai ser feito e assim eliminar retrabalho, otimizar seu tempo, auxiliar no
desenvolvimento da equipe e principalmente mostrar que você faz diferença, pois
está consciente do seu papel profissional – que é fomentar negócios cada vez
melhores para todos os envolvidos. Pense nisso.
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