Ah, mas esta ansiedade...

Acho que pinta uma ansiedade antes de começar esta dancinha...

Ansiedade é aquela coisa emocional que todos conhecemos, e que penso ser endêmica no mundo – talvez no Oriente as pessoas lidem melhor com isso, mas li recentemente que ela é presente nas populações indígenas, que a principio parecem ser tão certinhas, equilibradas...

Por mais que saibamos que gerar ansiedade não leva a nada, ainda a ansiedade leva a melhor em boa parte das situações. Hoje, como ser humano normal e neurótico, a danada resolveu me pegar e estamos numa contenda significativa. Se não fosse o autocontrole eu já teria literalmente posto os pés pelas mãos.

A ansiedade é minha conhecida há tempos. Lembro das primeiras vezes que fui a escola, e ela já estava bem presente no meu dia a dia; muito antes da hora de ir para a escola nós já travávamos contato, e a danada ia ficando bem forte, quase explodindo no momento de entrar no prédio da escola. Em geral, eu e a ansiedade não íamos sozinhas, pois havia sempre a preocupação por perto.

Ansiedade e preocupação são amigas bem chegadinhas. Uma normalmente traz a outra, meio como corda e caçamba.

O bom de perceber que esta dupla existe e por vezes dá as cartas na vida é que isso ajuda a pelo menos entender a forma que atuam em cada um de nós. Sinto ansiedade, percebo a preocupação, e consciente disso começo a tirar a pré-ocupação – vou me preocupar pra que, como diz uma marca de seguros para automóveis? Já que pode acontecer algo que temo – e daí a ansiedade fica prontinha esperando para crescer sobre este tema mais e mais – posso racionalmente analisar o meu temor.

Em geral, depois que a coisa ansiosa acontece, sinto um misto de comédia e alívio. Percebo que a neura não era tão grande assim, e o jeito que ela atuou em mim fica bastante risível. Penso que na próxima vou ficar mais esperta e lidar melhor com a “dupla dinâmica”.

Mas quando chega a próxima vez eis que a dupla ta ali, bonitinha, me olhando de soslaio...

Escrever sobre a ansiedade pelo menos ajuda a controlar e pensar sobre ela, manter minha consciência de que ela está efetivamente atuando sobre mim (ou melhor, dentro de mim, do lado de fora, de cima, de baixo, esquerda, direita...). Ter ciência disso ajuda a diminuir o efeito dela sobre mim. Mas eu penso nela, porque ela vem e me castiga.

O bom de lidar com a ansiedade é quando a coisa toda acaba. A sensação de ter mantido o controle sobre os pensamentos obsessivos é algo digno de um prêmio, um troféu! Sentir que foi viável fazer a coisa certa e não se envolver na danada e na sua aura nublada de confusão parece vencer o gigante, o Golias, mesmo sendo bem menor que o Davi, quase do tamanho de uma ameba.

Com tudo isso, e analisando esta ansiedade, sinto que vou conseguir. Ufa!

Comentários

Anônimo disse…
achava que isso só rolava comigo...
Sylvia yoga disse…
Oi su, eu me vi legal no seu texto, lembrei da minha infancia que tinha muito isso, mas eu n sabia definir. Ainda hj me pega bastante e queria te propor uma perguntinha: dá para tirar esta mardita da cabeça? Bj

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