Madonna

No sábado Madonna Louise Ciccone completou 50 anos.

Lembrei de muita coisa relacionada a ela: a ousadia, a energia contestatória que fluía nas músicas e postura que eram incomuns tanto quando ela começou quanto em toda a trajetória. Conseguia resvalar numa linha tênue entre o vulgar e o diferente, fora do senso comum. E assim cresceu e firmou sua imagem ao longo de quase três décadas.

Ela passou por tudo: cantora, compositora, escritora de livros infantis, produtora de livros de arte (qualidade contestada, o livro era o Sexy, feito de fotos eróticas com ela e outrem), ganhou um Globo de Ouro por sua atuação em Evita (coisa para poucos, fato). É mãe de dois filhos e consegue manter o abdômen em forma, chapadinho.

Começou cheia de cruzes e aludindo ao catolicismo, passou por diversas linhas e encontrou respostas na Cabala judaica. Disse o que pensava e por vezes quase enterrou sua imagem em histórias confusas – o casamento com Sean Penn é boa prova disso – e parece que tem encontrado seu eixo com o marido britânico e um entorno mais calmo do que a vida nos Estados Unidos.

Admiro a personagem e a pessoa. Encontrei Madonna pessoalmente em São Paulo, no banheiro do hotel Caesar Park, onde havia um excelente restaurante japonês, o Mariko. Estava lá jantando com o namorado da época, fui ao banheiro e na saída abri a porta e vi uma moça pequena, olhos imensos, cabelos curtos loiros e uma expressão parecida com o PiuPiu do Frajola (o passarinho, lembra?). Foi engraçado cruzar com a Madonna justamente saindo do banheiro. Ela jantava no restaurante também, mas numa das salas reservadas para grupos. Era graciosa.

Dali a alguns dias a assisti no Morumbi, pela turnê Girlie Show. Muito energética, parecia ser incansável. Profissional ao extremo, fez tudo perfeito, e a noite do show colaborou com um céu estreladíssimo, mesmo com toda a poluição de 1994.

É muito bom ver que nossos ídolos, nossas referências, continuam a ser isso: referências. São bem sucedidos e servem inapelavelmente como reforço positivo para o que fazemos. E Madonna permanece neste panteão de gente que faz, e faz bem feito.

Nunca é tarde para dizer “Feliz Aniversário”...

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