Fé – II

Esta semana terminou com uma cena linda: Diego Hipólito alcançando a nota mais alta em sua apresentação de ginástica. Ele ficou em primeiro lugar na seletiva, e a ele foram atribuídos cerca de 15.800 pontos. Atingiu a pole position.

Eu havia ouvido no dia anterior que, aos oito anos de idade, ele disse ao seu então futuro técnico: “serei campeão olímpico um dia”. Muito tempo passou, e esta é sua a primeira olimpíada, a da China. Ele chegou ao cenário. E amealhou o passe para a conclusão de sua frase.

Nestes tempos acompanhei mais o Diego por várias coisas: uma delas é que está sempre sorridente, agradável, leve como é leve seu corpo forte capaz de coisas que surpreendem (eu fico embasbacada com a agilidade, impressionante!). A outra é que fala sempre no presente: “estou treinando forte”, “tenho conseguido focar para a olimpíada”, “quero atingir determinado resultado”. Não há condicionais nas frases dele, o que considero muito, muito bom.

Ele se apresentou na sexta-feira, foi perfeito, e a câmera filmou Diego conversando com seus técnicos e assistentes. Entre sorrisos, já aliviado, confessou que contava com uma estréia positiva, e que “se falhasse ia se sentir um lixo”. Só ali usou o condicional, mas já era passado. E passado é isso mesmo, foi e acabou. Mas mostrou que Diego tinha mentalizado e emotizado o sucesso, para vencer eventuais medos que todos tem, principalmente quando a responsabilidade é grande e os lucros imensos.

Diego mostrou que mente e emoção aliados a uma disciplina férrea e de firme vontade concretizam. Mais do que isso, a mente emotizada com a felicidade de ser um ganhador estimula a nós muito além do que a massa dita “natural” poderia acreditar. Chegamos lá primeiro pela vontade, pelo desejo emotizado fortemente, como ele fez aos oito anos.

Tenho fé que ele chegará lá, assim como ele tem fé no que faz. E esta fé faz a diferença. Pra fechar, fica uma letra de música:
“Andar com fé é bom,
A fé não costuma falhar...”

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