Lilith

A história judaica nos contempla com a personagem Lilith, que em tese (até porque comprovação científica que é bom.... well....) foi a primeira mulher do mundo. Feita do pó da terra, surgiu junto com Adão, mas parece que ela foi um pouco mais independente e voluntariosa do que se esperava e contestou diretamente Adão por "ficar por baixo" ao amar. Depois desta confusão é que veio a Eva, oriunda da costela, e o resto é mais conhecido.

A Lilith foi reservado viver nas sombras, daí veio a imagem da Lua Negra, do Escuro, pois que ela se tornou a sombra, o lado oculto.
Esta é a história. O interessante é que pouco se sabe desta personagem, como se tivessem apagado os rastros. No entanto, li recentemente que dentro dos arquétipos da mulher e homem está a imagem dela, como a mulher que não nasceu de um homem, mas sim da natureza, numa relação igualitária.

OK.

Pois na semana passada o programa da Oprah - efetivamente gosto do show, já deu pra notar - dedicou-se inteirinho a uma consultora de relacionamentos que "puxou as orelhas" das moças que cometem um crime capital: disputar com o futuro possível namorado já no primeiro encontro.

Acho que elas internalizaram esta personagem da sombra.... sendo ou não o caso, o interessante é que isso tem sido mais comum do que se pensa. Vejo muita mulher que apregoa não precisar de homem.
Fato: assim como Mastercard, "precisar não precisa"... pois precisamos de ar para viver. Sem ar morremos. Mas não conheço morte por falta de Mastercard ou de homem (enquanto fato cientificamente provado...).
Penso que homens e mulheres não são "precisões", pois nem "precisos" (no senso da palavra precisão) são. Todos somos fundamentais para nos fazermos felizes. É muito, muito bom ter alguém para compartilhar nossos sucessos. A vida fica mais colorida e leve; agora, de nada adianta ter alguém ao lado com quem temos receio de compartilhar ou nos sentimos inseguros. Neste caso, melhor ficar só. Aguarde, seja sua companhia neste meio tempo.

Lilith também mostra a mulher forte e segura da sexualidade. Ponto positivo: nada como ter força e gostar da coisa. Isso, entretanto, não implica em grosseria ou deixar de ser feminina. É perfeitamente viável ser forte e suave, com a força interior (ok, uns musculozinhos ficam bem... ) e ser sexualmente ativa fora da vulgaridade. É muito charmoso, inclusive.

Há muito o que aprender com o que a história ainda teima em esconder. Seja mulher ou homem, em Lilith temos uma referência que faz parte de nós mesmos. Na presença da luz - o conhecimento - enxergamos o que com ela aprendemos e caminhamos mais felizes.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afinal, é para dizer “saúde” depois do espirro ou não?

Acomodação ou Acomodamento?

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido