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Mostrando postagens de outubro, 2008

Comparações entre culturas

Antes de tudo, aviso: em nenhum momento podemos dizer que há superioridade cultural. Comparar culturas é interessante para que possamos entender melhor sistemas de valores e crenças, e nunca como medida de desenvolvimento ou saber. Até porque o caminho do conhecimento pressupõe a expansão constante, e graças a Deus, nunca estará esgotado. Que bom! O interessante na análise e observação de culturas é o que tem valor para uma e para outra, o que integra o viés de percepção de uma e de outra. O tema, mais do que por base acadêmica, veio à minha mente na observação do relato de duas amigas sobre um mesmo ponto de vista: o papel da mulher na nossa sociedade. Uma delas, que tem muito acesso a viagens e constantemente devora livros (nisso somos semelhantes!) comentava sobre a diversidade culinária, a riqueza dos instrumentos culinários modernos e receitas com sabores históricos. A outra, que também preza viajar, mas não é afeita a experienciar, pouco faz uso da cozinha, deixando na mão de ter

Agora vai

Faltam menos de dois meses para o Natal... e para o verão. Brasileiro que se preza sabe que o verão e as festas de fim de ano são o grande momento de mostrar ao mundo toda a beleza que se tem. Daí corre pra esteira, começa a dieta, planeja o visual da virada, pesquisa a melhor praia com relação custo benefício boa, faz a lista dos presentes e lembra que é bom comprar um treco para o amigo secreto que sempre surge de última hora – e se ninguém aparecer, ou não rolar, fica de boa com o presente pra si mesmo. Se isso tudo te fez sentido – a idéia é essa – corra pro abraço e comece já sua escalada rumo ao melhor dezembro de sua vida. Pra isso acontecer bem, pegue caneta e papel para fazer a lista do que você quer modificar. Quer ter mais dinheiro? Liste as possíveis empresas ou negócios que podem te gerar um lucro rápido, trabalhos de fim de ano, aula particular, seja o que for. O que importa é correr o risco de as coisas darem certo. A onda é emagrecer? Boa. Feche a boca e faça a lista do

A força das palavras

Não existe acaso; recentemente consultei informalmente uma pessoa que conhece este tema como poucas, e ela me assegurou que o acaso, o eventual, não existe. Os fatos são sempre interligados. Confesso que isso me deixou bastante aliviada, porque de certa forma facilita a vida neste planeta tão gostoso. E por não existir acaso, reforça o fato eu ter encontrado no domingo, em cima de uma prateleira de scrapbook o livro do Peter Kelder, sobre a Longevidade com qualidade. Li numa tirada só, é um livro fácil e simples, como as coisas devem ser. No meio do livro – que recomendo – surge mais uma vez uma frase comum seja na auto-ajuda ou nos textos hindus. É sobre a força das palavras. Para quem ainda não sabe, tudo que pronunciamos fica no universo como uma vibração, pois que a palavra pronunciada é sonora, é uma onda de energia que paira, e pela matemática isso fica ainda mais provado quando ela prova que a energia não acaba, mas se expande, propagada no universo infinito. Daí, todo cuidado é

As novas famílias

Ontem participei de um evento da revista Marie Claire que discutiu brilhantemente sobre o amor, família, relacionamentos e internet no mundo contemporâneo. E o ponto que mais se discutiu foi justamente a conformação familiar. Houve o tempo que a família era a imagem da propaganda de margarina, lembra? Pai e filhos sentadinhos ao redor da mesa e a mãe, em pé, administrando o que os outros queriam, colocando o leite fumegante na mesa (servido na louça branca do enxoval do casamento, por certo)... Mas hoje todos acordam em horários diferentes, com agendas diversas (e isso inclui o bebê de oito meses que tem hidroginástica e berçário para socializar) e raramente esta cena dita “familiar” torna-se possível. Também antigamente família pressupunha papai, mamãe e filhinhos. Vejo hoje famílias lindas com todo mundo junto: os filhos do papai, os filhos da mamãe e os filhos de ambos, ou seja, os “meus”, os “seus”e os “nossos”, convivendo cordialmente; e as mães e pais de todos se conversam para s

Economia é psicológica

Afirmo isso e acrescento que, graças a este ponto de vista, fui admitida numa entrevista de emprego e assim comecei minha carreira em Relações Públicas na Editora Nova Cultural, em 1987. Meu entrevistador - que se tornou meu chefe por dois meses - também pensava da mesma forma. Foi o fato decisório. Digo isso pela relevância do fato: as pessoas movimentam-se como num tabuleiro de xadrez quando o assunto é dinheiro. Ouvem, observam os movimentos dos outros competidores, e assim planejam as próximas evoluções. Mas se um dos "players" apresentar evidências de falta de força, rota ou desenvolvimento certamente os outros sentirão isso e repensarão o que será feito. Isso leva a um atraso na decisão - o que paralisa todos os movimentos. Quem joga cartas ou qualquer outra coisa que envolva mais do que sorte, sabe o quanto é ruim aguardar o opositor fazer o movimento. Por vezes, é uma tática de negociação visando mexer com o humor do adversário. O mesmo acontece nas negociações, princ

Dez dicas para boas apresentações em público

. O início é o verbo – e o verbo é respirar, para acalmar o ritmo interno como quando estamos ansiosos, como para calibrar o tom de voz, a secura da boca, e mesmo para buscar o equilíbrio. Lembre-se de prestar atenção em sua respiração, principalmente nos primeiros minutos, quando chegar ao ambiente. Depois, naturalmente, sua segurança e confiança darão o tom. . Prepare o cenário – o ideal é chegar com antecedência ao local onde a apresentação ou mesmo a reunião irá ocorrer para verificar equipamento, locais onde os participantes estarão, e mesmo para solicitar copos de água ao seu alcance para manter sua hidratação durante sua fala. . Visualização prévia – para melhorar a apresentação, muitos oradores costumam usar a técnica de imaginar como será sua audiência na palestra; algo como visualizar o sucesso e o interesse das pessoas traz uma sensação de segurança e tranqüilidade. . Prática – não só ensaie previamente sua fala, como habitue-se a aproveitar todas as oportunidades para fala

Parábolas de gestão empresarial – autor desconhecido

Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na lagoa, quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam: - Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora. O fazendeiro responde: - Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés! Conclusão: A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais rapidamente. Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta: - "Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?" O corvo responde, sorrindo: - "Claro, porque não?" O coelho senta no chão embaixo da árvore, e relaxa. De repente uma raposa aparece e come o

Por que o salário nunca é suficiente?

(texto interessante que não é de minha autoria, e desconheço o autor - se alguém souber agradeço a informação pois é digno de reconhecimento!) Milhares de profissionais acordam todos os dias e, contrários à sua vontade, seguem para o trabalho, onde, na maioria dos casos, vão fazer o que não gostam, sorrir para quem não querem e ganhar menos do que poderiam. Por outro lado, outros milhares acordam todos os dias e, contrários à sua vontade, correm para a próxima banca a fim de comprar o jornal para procurar emprego e enfrentar a fila da última vaga disponível, do qual, em muitos casos, ela existe porque alguém chegou à conclusão de que era melhor tentar um novo emprego, ou ainda porque foi disponibilizado para o mercado. Assim é o mundo corporativo. Existe sempre alguém disponível para ocupar a sua vaga pela metade do seu salário, portanto, mudar de emprego não basta. Reflita sobre os seus ganhos. Sai dissídio, entra dissídio, sai chefe antigo, entra chefe novo e, mesmo assim, você conti

PROCURA-SE UM AMANTE.

Autor do Texto: Dr. Jorge Bucay, livro “Hay que buscarse un Amante”. Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm as que tinham e perderam. Geralmente são essas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de depressão. São várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança. Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas. Elas já esperam o diagnóstico de depressão e a inevitável receita do antidepressivo do momento... Mas, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que na verdade precisam é de um AMANTE. “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!”, pensam chocadas, escandalizadas. Mas eu explico: AMANTE é “aquilo que nos apaixona”. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso AMANTE é aquilo que nos m

Coisas que a vida ensina depois dos 40

Escrito pelo jornalista carioca Artur da Távola (1936-2008) Amor não se implora, não se pede e não se espera; Amor se vive ou não. Ciúme é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você. Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade. Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Água é um santo remédio! Deus inventou o choro para o homem não explodir. Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada. A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar. Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida. Há poesia em toda a criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos. A música é a sobremesa da vida

Empregabilidade

É de conhecimento de todos que um dos temas mais falados nas campanhas políticas é a dificuldade em gerar empregos – e os candidatos se apressam em informar que, votando neles (as), certamente mais empregos serão gerados, etc, etc... – mas ninguém comenta que o grande ponto para que isso aconteça está não em ter mais empregos. Seria melhor dizer ter mais gente qualificada para as vagas existentes. Há empregos no mercado. Há vagas em aberto. Mas estas vagas não são preenchidas por algum motivo. O que consegui apurar de parceiros comerciais é que isso se dá mais por os candidatos estarem muito aquém do que se espera deles do que por outras razões. Falta qualificação. Falta ensino de base e conhecimento, em grande parte dos casos. Hoje pode-se dizer que uma pessoa com escolaridade universitária e fluência em um idioma que não o nativo tem grandes chances de se colocar no mercado. Fato é que para quem está começando o salário será baixo sim, porém é o primeiro passo para construção de uma

Fim de Ano...

Esta semana fui perguntada diversas vezes sobre o que fazer para garantir um fim de ano mais tranqüilo do ponto de vista financeiro. Entendo a preocupação porque sei o quanto muita gente “se perde” com tantas ofertas maravilhosas para presentear aos outros e a si mesmo. Sem falar que tem o 13º. Salário tão esperado, um aporte de dinheiro maior, tudo convidando ao consumo. Informo que não sou contra o consumo; pelo contrário, a economia precisa que consumamos, porém de forma inteligente. E isso é possível calculando com antecedência o que se vai gastar e como gastar. É sabido que as melhores ofertas acontecem antes dos dias que antecedem Natal e Ano Novo. Há pessoas que já tem como protocolo comprar os presentes dos outros antes do Natal e deixam para “se presentear” depois desta festa ou ainda em janeiro. Há uma diferença considerável no que se refere aos preços. O mês de janeiro é tradicionalmente voltado às liquidações, eliminando o que não foi consumido durante as festas. Para certo

Perdas e ganhos

Já imaginou se o mundo fosse constituído de situações onde nunca haveria perdas? Nunca, de espécie alguma. Fiz este exercício. O que me veio foi: . Um mundo onde o ontem permanece como uma fotografia constante, como que a estivéssemos carregando para todo lugar; conforme a idade, teríamos diversas, infinitas fotografias, sempre nas nossas costas; . Um mundo no qual nunca faríamos a digestão, porque tudo o que ingeríssemos permaneceria em nós, portanto seríamos bolas de comida retida, sem eliminação de espécie alguma; . Um mundo no qual jamais sairíamos do jardim de infância, pois que não podemos perder a querida professora; . Um mundo no qual o primeiro namorado seria o homem da vida para sempre, sem reencarnações ou reencadernações, ou seja, sem a mínima chance de escolha; . Um mundo sem desafios, previsível, como um jogo de cartas no qual sempre haverá empate, pois que o oponente jamais poderá perder. Todos os jogos, de qualquer espécie, acabariam empatados. Isso é só o começo. Noto

O que é bom pra você

Este fim de semana estive num aniversário e entre as diversas conversas que tive uma foi muito interessante, fugindo do lugar comum: a pessoa partilhou comigo as dúvidas entre seguir ou não a faculdade. O cenário dela é comum: casada, filha pequena, sem trabalhar, dona de casa; gosta disso, mas sente que pode fazer mais, abrir horizontes, expandir. E entre as opções para uma universidade – que ela reluta muito porque há um custo envolvido (é o que ela acredita ser a verdade) – está estudar filosofia. Daí fica a dúvida para ela. Ser filósofa? E o que faz ou trabalha uma filósofa? Filosofando? Brincadeiras à parte ponderei com ela que é muito viável escolher a filosofia como carreira, seja acadêmica ou como base para outros trabalhos administrativos e de planejamento estratégico; confesso que sinto o quanto filosofia ajuda a entender movimentos futuros pela observação do que rodeia o ser humano, e neste quesito sinto falta de não ter me dedicado mais à ciência filosófica... Entretanto, s

Tudo pode ser aproveitado

Confesso que o tema começou por uma pauta de decoração com meu cliente, Manolo Vilches. Pensava em aspectos que interessam à maioria das pessoas no tocante a decorar seu espaço com elementos que por vezes são antigos, mas que gostamos; ou ainda aqueles móveis que foram sucesso no passado e agora parecem memórias. Objetos são idéias, pensamentos concretizados, concorda? Daí que o pensamento sempre pode ser “reestilizado” para uma melhor “decoração de vida”. Até o pensamento negativo, consciente, pode ser a base para identificar os aspectos internos que prendem a pessoa a padrões mal sucedidos. Conscientes deles, mais fácil fica deixá-los na estrada do tempo para abrir caminho ao novo. E a raiva? Eu pensava durante anos o quanto a raiva era ruim. Errei. A raiva é um sentimento, só isso. Sentimento desagradável, dolorido, mas ainda sentimento autêntico, que pode impulsionar a mudanças. O problema não é o sentimento, mas como lidamos com ele. Sentir raiva é algo comum a todo mundo, o que n

Concentração

Há dias que passam levinhos, quase como que por mágica. Outros parecem mais duros, “hard”, com atividades que exigem muito de nós. O interessante é que nestes últimos melhor lidamos com um fato que, entre a nossa geração, se mostra a chave de muitos sucessos mas ainda temos dificuldade em lidar: a nossa concentração. Fato: tudo no qual colocamos nossa intenção focada, concentrada, é alcançável, quase como milagre (seria este o verdadeiro nome da alta concentração?). Ora, se criarmos o hábito de nos concentrar no que fazemos, podemos realizar mais e melhor, com resultados esperados – desejados – que nos beneficiam e a todos ao redor. Ontem foi o dia do Perdão, como escrevi anteriormente. Hoje renovamos, perdoados, principalmente por nós mesmos. Podemos então nos concentrar no que queremos para sermos felizes, o principal motivo pelo qual vivemos esta vida. Temos tudo para isso, para alcançar a felicidade, e penso que a primeira coisa que nos aproxima disso é concentrar no que queremos e

Faça a sua parte neste Dia do Perdão

Este texto é de autoria de Eunice Ferrari, publicado no site Terra esta semana, relativo ao ano novo judaico. Pela qualidade e profundidade, tomo o cuidado de publicá-lo na íntegra. O perdão é um ato reverenciado por todas as religiões. Mas, apenas no calendário da religião judaica, há uma data para a prática dessa reverência - o dia, aliás, é considerado o mais santo de todos. Anualmente, o Yom Kippur, ou Dia do Perdão, é comemorado dez dias após o ano novo judaico. Portanto, em 2008 a comemoração será feita dia 8 de outubro, hoje, a partir das 17h30. Para os judeus, esse é um dia em que todas as promessas de arrependimento, amor e amizade são seladas no plano divino. Um dia de comprometimento consigo mesmo e com a Luz Divina de Deus. Se o pedido de perdão nessa data for realmente sincero, todo ato ou injustiça que foi cometido no passado é anulado e você se liberta do peso dos erros e da culpa. Mesmo que você não seja judeu, sugiro que reflita sobre os ensinamentos de Deus. Este é um

O mundo é de quem faz

OK, é o slogan da IG, um provedor internet que começou com um cachorrinho muito fofo e migrou para uma imagem menos “petit” e mais “profi”. A frase é excelente e revela muito sobre algo que jorra nos livros de auto-ajuda e quaisquer que pretendam ensinar como viver bem. Nisso incluo a Bíblia. O mundo é de quem faz, de quem toma a rédea da situação para transformá-la, fazer dela o desafio e o exercício de cada dia. O oposto disso é o deixar para depois, para quando for possível. Reparou que esta última frase, “quando for possível”, nas entrelinhas tem bem escondido “quando eu quiser”??? Já comentei em post anterior sobre o acomodamento, aquele estado de coisas onde tudo “fica onde está”. Mesmo que seja horrível, que assim fique como está... Pois o acomodamento é o que considero o melhor desenho de um pecado capital, capaz de invalidar a iniciativa e o risco de ser feliz. Mas tem quem retruque dizendo do medo de não dar certo... Meu Deus, como é que se aprende? É por tentativa e erro nes

Falar a mesma língua

Sabe o que é o paraíso? É o lugar onde todo mundo fala a sua língua. Só isso. Pense o quanto é complicado viver num ambiente no qual você não consegue ser efetivamente compreendido. Um ambiente onde a linguagem difere demais do seu modelo de pensamento e cultura. Agora pense em viver num local onde todos compreendem o seu sistema de símbolos, comparações e cultura. Muito mais fácil, mamão com açúcar. Esta análise uso para exemplificar como é importante compreender e ser compreendido. Ou seja, ter a mesma linguagem. Isso é algo que se consegue com esforço e atenção, principalmente quando se trata de uma relação na qual temos interesse – comercial, afetivo, sexual, qualquer – e precisamos de um resultado positivo. Outro dia ouvi a história de uma pessoa que dirigia tarde da noite numa transversal da marginal Tietê. À frente dois carros passavam meio lentos, como que “segurando” o tráfego. Ele acelerou e passou pela direita, visando ganhar espaço e desenvolver o carro. Foi a senha. Os doi

O senso de tempo

Crianças consideram que o tempo não passa. Experimente comentar com uma delas abaixo dos cinco anos que um mês tem 30 dias... nossa, parece tanto para ela! Trinta dias, trinta meses, trinta anos, tudo demasiado grande para quem ainda conta numa mão os anos de vida. Mas após os 18 é dito que o tempo passa depressa. Pode ser o emocional de chegar à idade da liberdade + responsabilidade (é o que se costuma pensar). Mas o fato de a vida adulta ocupar muitos espaços do tempo de cada um de nós que faz a sensação de pouco tempo se intensificar, como numa corrida sempre acelerada. O senso de tempo muda, e pode mudar mesmo que tenhamos muitas décadas de vida. Exige consciência de si mesmo. Exige observar o mecanismo de transformação que a natureza exibe todo o tempo e que era parte integrante de todos nós. Assim como a semente brota após um estímulo, nós mudamos e modificamos o ambiente onde vivemos, além da mudança sutil que nem nós percebemos. Aproveite o fim de semana para observar como é se

Just do it

O slogan da Nike consegue ser curto e direto na intenção de estimular pessoas a fazer. Faça. Somente isso. O convite da marca pode e deve ser estendido a tudo, principalmente para quem sabe o quanto a mente é a criadora do universo que nos rodeia. Se ela criou o que temos ao redor, cabe a nós fazer com que nossa criatividade se concretize. Basta fazer. Falo do fazer com base numa estatística alarmante que ouvi nesta madrugada na TV. Um estudo da Universidade de Aberdeen apontou que um dos fatores recorrentes nos pacientes com depressão profunda é a ausência da vontade de fazer. É como se os pontos tivessem sido entregues, fim de jogo, fim de partida. Com isso, a vida perde totalmente a graça, e o desafio diário passa a não existir mais. Importante lembrar que pacientes estudados neste caso tinham total mobilidade, independência e ausência de doenças crônicas comprometedoras ou terminais. Ou seja, eram pessoas sem restrições e que pode-se dizer que gozam de relativa saúde. Do outro lado

Re-novar

Outubro começa lindo em São Paulo. Logo cedo há névoa, normal quando à noite esfria e o sol quebra radiante com um calor gostoso, excelente para re-novar. Passa o inverno, vem o sabor gostoso da primavera. E outubro, que era originalmente o mês oito e virou o mês dez tem este sabor re-novado. Fato: cada dia novo é uma nova oportunidade. Dormimos e acordamos para o novo, tudo zerado. Há a informação do dia anterior e de todos os dias que nos antecederam, mas este momento é único. Portanto, cada dia é re-novação. Insisto em firmar as sílabas para cristalizar ainda mais que podemos re-começar a qualquer momento. Todo momento, instante, segundo é mais do que adequado para isso. Acordou irado? Re-spire. Spiro, do grego, traz a noção do entrar, permitir entrar. Permita a paz entrar junto com o ar nos pulmões e mente. Deixe a ira de lado e brinque com esta palavra: ria. O novo nos é tão bom porque traz uma imagem de inocência, daquele que ainda não foi contaminado (ou seria melhor dizer que n