Pós Ogum

Esta segunda-feira começou com um tempo lindo em São Paulo, o que dissipou qualquer tentativa de permanecer “ao leito” por mais que cinco minutos além da hora do relógio. Com um céu azul fresquinho, quem consegue deixar a vida passar em branco? Definitivamente, não dá.

E o dia e semana começam com energia, ainda mais porque tem um feriado esperto na quinta e muita gente já se agita com o que vai fazer. Fato: a sexta-feira existe, é dia útil (eu trabalho normalmente tanto num dia quanto no outro, já que na quinta participo de um programa de TV ao vivo), e quando se faz o que gosta, ou gosta do que faz, o trabalho fica mais divertido e menos trabalhoso. Portanto, o feriado soa como um refresco, uma quebra na rotina do dia a dia.

A rotina do dia a dia é algo que muita gente reclama por existir, mas penso como seria esta vida sem ela: um caos. Principalmente porque no mundo temos mais de 200 bilhões de pessoas, imagine todos vivendo na base do “deixar rolar”. A rotina é o que faz do um real tornar-se milhares e milhões, dá a partida do novo processo, faz a vida acontecer.

A ferramenta que temos e é exclusiva nossa, individual, é a nossa escolha do que fazer seja com a segunda-feira, o feriado e o tempo de inspirar e expirar que nos resta de agora até o fim. Sem esta escolha, que após ser feita torna-se uma decisão, que leva à ação e resultados, passamos pelos dias em meio ao nada, simplesmente deixando a vida, a juventude e energia se dissiparem.

Não importa o que é que seja feito: outro dia conversava num grupo de treinandos sobre as profissões que, duvido, alguém esteja sonhando com elas desde a infância. “Quando crescer quero ser coveiro”, “Meu sonho é me tornar um legista”, “Serei um grande vendedor de túmulos”. Acho que não.

Profissionais do segmento mortuário (que belo eufemismo para cemitério!) tem como defesa de seu trabalho a segurança que sempre haverá demanda (!!!), e o mesmo se aplica ao legista e o vendedor de túmulos. É uma área em crescimento estável (!!!) e com falta de mão de obra qualificada. Quem está nela não se queixa do retorno financeiro que dá, e tem muita história para contar.

A vontade de fazer bem feito vem muito com a disciplina que se aplica ao que fazemos. Nosso trabalho traz resultados quando o fazemos com vontade. E isso traz reconhecimento, mesmo que de forma complexa (como nos exemplos acima), mas o melhor deles é pessoal, o sentimento de fazer algo que nos faz sentir vivos, num sistema rotineiro que traz segurança e as ferramentas para um cotidiano melhor a cada momento.

Comece a semana com a energia do ferreiro e vá em frente!

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