Algumas perguntas que recebo sobre crise e endividamento

1 ) Como está a situação do consumidor em tempos de crise? Ele está deixando de consumir?

O consumidor brasileiro já aprendeu a conviver com crises, e neste momento atua com parcimônia, consciente do que pode ou não comprar e do quanto o financiamento de um bem custa; isso é uma grande diferença em relação a um passado quando o plano Real se iniciou e as pessoas se empolgaram em consumir freneticamente, apenas considerando o valor das parcelas do financiamento. Hoje há uma postura mais inteligente, o que pode representar um menor consumo por conta da análise mais criteriosa que o consumidor tem feito antes de adquirir novos bens ou serviços.

2) Quais as dicas para as pessoas administrarem bem as finanças e não se endividarem?

Primeiramente ter no papel tudo o que é gasto, pois muita gente não tem idéia onde o dinheiro foi usado, e a sensação de descontrole aumenta quando não sabemos como o dinheiro saiu de nossas mãos. Depois calcular o quanto certas despesas representam no orçamento mensal e buscar reduzir gastos e implementar novas fontes de renda, como o free lance informal, seja em vendas ou outras áreas. Mesmo que renda pouco este trabalho extra, é uma alternativa que gera dinheiro, que pode ser poupado para um planejamento de aquisições futuras de médio e grande porte. E quem puder deve sempre comprar à vista, negociando um desconto de pelo menos 3%, que é mais do que qualquer aplicação financeira tem remunerado os investimentos.

3) A crise traz algum benefício para a economia Nacional? Quais as oportunidades que podem ser exploradas?

Efetivamente o Brasil foi pouquíssimo afetado pela crise européia, os problemas atuais da economia estão relacionados a desemprego como conseqüência de baixa qualificação profissional, e a carga de impostos alta que aumenta nossos preços no mercado internacional. Não é a toa que as empresas tem buscado vender mais internamente, explorando o potencial de consumo do brasileiro. Daí alternativas interessantes estão com o foco na classe média, desde serviços básicos como beleza, alimentação e educação, que sempre trazem oportunidades. Fazer escova de cabelo ou sobrancelhas em domicílio, inventar sobremesas e bolos gostosos para oferecer a vizinhos e empresas, e aulas particulares de idiomas ou reforço escolar são alternativas excelentes e de resultado para aumentar a renda mensal, com alta demanda de consumidores.

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