Vontade de consumir dá e passa...


Diga a verdade: quem é que nunca pensou em afogar as mágoas comprando qualquer coisa para diminuir o desconforto? Ou ainda pensou em adquirir o objeto de desejo aqui agora, sem mais pensar e com toda aquela energia do tipo “tem que ser agora, neste minuto”? É a famosa vontade – ai que vontade que dá!

No mundo perfeito temos vontade de algo e podemos bancar esta vontade, e isso é muito gostoso. Queremos tomar um café, vamos lá e tomamos; queremos falar com amigos, para isso temos telefones, celulares, mensagens instantâneas, perfeito. Para estes quereres temos poucos custos, e talvez por isso acabamos não percebendo quantas vezes realizamos nossas vontades, quase que inconscientemente.

Mas quando se trata de dinheiro a vontade tem um preço mais alto. Será que tenho condições de bancar esta minha vontade agora? Se sim, vale pensar: será este o momento adequado para realizar esta vontade, talvez mais por motivação que não é do objeto ou serviço em si, mas pelo que está por trás? Um bom exemplo é o clássico desejo de mudar o cabelo, a cor, a forma – e depois se arrepender, porque foi um ato “da vontade”, “deu na louca”, e depois “bate o arrependimento”...

Ok, sua vontade nem é tão radical quanto raspar a cabeça com máquina zero, mas pode ser que afete o que virá a seguir. Muitas pessoas me relatam que compraram um objeto porque precisavam e a parcela do financiamento era tão pequena, por que não comprar, não é mesmo? Pois eu respondo: não é, mesmo.

Comprar algo é importante porque move a economia, os negócios, gera empregos e faz a sociedade prosperar. Entretanto, o ideal é que esta compra seja consciente, planejada e coerente, incapaz de gerar problemas futuros, seja no seu bolso ou no seu pensamento. Simplesmente adquirir algo por uma vontade incontrolável pode representar um problema se isso não estiver em coerência com você mesmo. Outro exemplo de vontade que pode por tudo a perder é quebrar aquela dieta que você começou há pouquíssimo tempo porque “deu uma vontade louca” de comer um qualquer coisa – sorvete, doce calórico, engordurado, pouco saudável – que vai te tirar de um objetivo maior, que é a sua perda de peso.

E como fazer quando vier esta vontade incontrolável? Vamos pegar o exemplo da dieta. Para começar, tenha clareza no seu objetivo final. Sejamos diretos: ninguém faz dieta só para perder peso, fazemos dieta para conquistar um corpo ideal para nossos sonhos de beleza, vaidade e sedução. Se temos isso em mente – a verdadeira razão da dieta, seja qual for – não iremos sucumbir a qualquer vontade que apareça. O mesmo vale para quem quer economizar e poupar. Qual é o verdadeiro objetivo da poupança? Tenha isso em mente, se for para comprar o carro dos sonhos, lembre disso antes de comprar algo que irá certamente ser dispensável e tirar você da rota de economia que irá proporcionar o sonhado carro. Deu uma vontade monstruosa de ligar para o namorado para ter certeza do amor dele por você? Calma, será que esta ansiedade que te move pode afetar o equilíbrio de uma relação simplesmente porque o ciúme está te descontrolando? Calma, muita calma.

Lembre sempre do que realmente importa, e que você deve ter decidido para ter um objetivo na vida, seja o que for que te faça feliz. Mesmo que a vontade venha forte, tirando seu equilíbrio, é bom pensar que há obstáculos em todo e qualquer percurso que fazemos na vida, e a vontade incontrolável é um destes. Sorte que este obstáculo pode ser retirado com uma coisa que só você tem: a vontade que leva aos seus objetivos, e que irão te fazer feliz!


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