Inconsciência
Assistia agora há pouco o programa da Oprah, um dos meus preferidos, e como sempre não me decepcionou. O tema foi o alto volume de acidentes automobilísticos que tem lugar nos Estados Unidos devido a, única e exclusivamente, usar o celular enquanto se dirige.
Isso parece tão óbvio, não é?
No entanto, como disse David Strayer, pesquisador da Universidade de Utah, entrevistado no programa, isso se tornou comum pelo pressuposto que somos multitarefas, o que é verdadeiro, mas o cérebro não o é. “Cegueira inatencional” é o nome do fenômeno natural do cérebro que faz com que a visão periférica seja perdida enquanto se fala ao celular. É algo completamente inevitável, e conforme o estudo de Utah, independe da vontade do motorista. “Não importa a vontade, o que ocorre é a desatenção deliberada do cérebro, que não consegue dar conta das duas tarefas adequadamente, por mais que a pessoa tenha clareza que não quer causar acidentes”, afirmou Strayer, professor de psicologia da universidade e condutor do estudo.
O fato interessante é que a pesquisa comprova algo sabido: não dá pra fazer as duas coisas – dirigir e falar ao celular, ou ainda enviar torpedos – ao mesmo tempo. O fato triste é que pouca gente pára para pensar sobre isso e toma alguma medida neste sentido. A explicação é simples: inconsciência.
É muito mais fácil atribuir que há pouco tempo para tantas tarefas, e o tempo ao volante é um total desperdício. É também comum dizer que “todos fazem isso então eu também faço”, que é o nivelamento de si mesmo ao senso comum (ou melhor, às falhas comuns). No entanto, a idéia central mostra total falta de consciência, seja na atitude de dirigir usando o celular quanto na atitude de dirigir por si só, que é algo efetivamente capaz de causar graves acidentes.
No programa, Oprah entrevistou pessoas que perderam parentes que enviavam mensagens de texto enquanto dirigiam – e neste grupo todas as vítimas eram menores de 20 anos – e também pessoas que perderam entes queridos devido a acidentes causados por alguém que dirigia usando o celular. Neste último caso, tanto os parentes quanto a pessoa que causou o acidente estavam presentes; o causador de um dos acidentes, responsável direto pela morte de dois homens por ter perdido o controle do carro enquanto enviava mensagens de texto, foi claro em afirmar que tudo isso teria sido 100% evitado se ele estivesse consciente do risco que corria.
A inconsciência é a maior inimiga da qualidade de vida, algo que afirmo há tempos. A mente projetada no momento futuro ou passado, fora do escopo do que está sendo feito no momento presente (seja ele dirigindo ou mesmo falando com pessoas queridas) não permite a fixação da atenção. Assim, detalhes são perdidos, gerando quase sempre a ansiedade, pois não se está presente, a mente está ora no passado ora no futuro.
A conclusão é simples: muito pode ser evitado desde que se esteja consciente de cada ato que é feito. Isso vale para dirigir falando ao celular e em todas as situações que requerem atenção, principalmente quando se trata da atenção mais importante que pode ser dada a cada pessoa, que é a atenção sobre si mesmo. Esteja atento com quem você é e para onde vai – para não perder a direção da sua vida nem por um segundo.
Isso parece tão óbvio, não é?
No entanto, como disse David Strayer, pesquisador da Universidade de Utah, entrevistado no programa, isso se tornou comum pelo pressuposto que somos multitarefas, o que é verdadeiro, mas o cérebro não o é. “Cegueira inatencional” é o nome do fenômeno natural do cérebro que faz com que a visão periférica seja perdida enquanto se fala ao celular. É algo completamente inevitável, e conforme o estudo de Utah, independe da vontade do motorista. “Não importa a vontade, o que ocorre é a desatenção deliberada do cérebro, que não consegue dar conta das duas tarefas adequadamente, por mais que a pessoa tenha clareza que não quer causar acidentes”, afirmou Strayer, professor de psicologia da universidade e condutor do estudo.
O fato interessante é que a pesquisa comprova algo sabido: não dá pra fazer as duas coisas – dirigir e falar ao celular, ou ainda enviar torpedos – ao mesmo tempo. O fato triste é que pouca gente pára para pensar sobre isso e toma alguma medida neste sentido. A explicação é simples: inconsciência.
É muito mais fácil atribuir que há pouco tempo para tantas tarefas, e o tempo ao volante é um total desperdício. É também comum dizer que “todos fazem isso então eu também faço”, que é o nivelamento de si mesmo ao senso comum (ou melhor, às falhas comuns). No entanto, a idéia central mostra total falta de consciência, seja na atitude de dirigir usando o celular quanto na atitude de dirigir por si só, que é algo efetivamente capaz de causar graves acidentes.
No programa, Oprah entrevistou pessoas que perderam parentes que enviavam mensagens de texto enquanto dirigiam – e neste grupo todas as vítimas eram menores de 20 anos – e também pessoas que perderam entes queridos devido a acidentes causados por alguém que dirigia usando o celular. Neste último caso, tanto os parentes quanto a pessoa que causou o acidente estavam presentes; o causador de um dos acidentes, responsável direto pela morte de dois homens por ter perdido o controle do carro enquanto enviava mensagens de texto, foi claro em afirmar que tudo isso teria sido 100% evitado se ele estivesse consciente do risco que corria.
A inconsciência é a maior inimiga da qualidade de vida, algo que afirmo há tempos. A mente projetada no momento futuro ou passado, fora do escopo do que está sendo feito no momento presente (seja ele dirigindo ou mesmo falando com pessoas queridas) não permite a fixação da atenção. Assim, detalhes são perdidos, gerando quase sempre a ansiedade, pois não se está presente, a mente está ora no passado ora no futuro.
A conclusão é simples: muito pode ser evitado desde que se esteja consciente de cada ato que é feito. Isso vale para dirigir falando ao celular e em todas as situações que requerem atenção, principalmente quando se trata da atenção mais importante que pode ser dada a cada pessoa, que é a atenção sobre si mesmo. Esteja atento com quem você é e para onde vai – para não perder a direção da sua vida nem por um segundo.
Comentários
Abraço
DANIEL BUENO