A relatividade
Uma das mais estudadas teorias é certamente a relatividade, e embora este conceito seja algo que hoje nos parece óbvio, nem sempre foi assim; ressalto que ainda não é, por razões que desenvolvo aqui.
O universo é mutável constantemente, e cada mudança é sentida conforme o ponto de referência de observação. Sendo assim, o modo como observo influencia diretamente no objeto que observo, modificando-o a cada momento e interação que tenho com ele.
Isso é mais pra começar a definir o que penso sobre as diferenças que tenho visto.
Esta semana em Portugal ouvi de diversas pessoas queixas sobre a situação econômica. Todos começaram o discurso afirmando que “a situação está péssima”. No entanto, é só andar pelas ruas da cidade de Porto para perceber que o ambiente está bastante longe de uma hecatombe ou algo parecido. As pessoas consomem, produzem, o turismo é pulsante e o movimento incessante.
Com tudo isso ainda há um detalhe: o próprio governo afirma, na última sexta-feira, em pronunciamento de rádio que “2009 será um ano difícil, e os portugueses terão de trabalhar muito mais do que em 2008”. Melhor mídia alarmista não poderia haver.
O fato é que o cenário que vejo em Portugal me é lido como somente um momento passageiro, visto que o país é excelente em produção de artefatos de alta qualidade, com esmero, busca pela melhoria contínua e tem na população pessoas cultas, com base e estrutura de caráter e ética incríveis. Ou seja, todos os elementos necessários para uma reconstrução estruturada.
O problema mundial econômico, de fato, é bem menor do que é alardeado porque não afetou o mundo todo; basta pensar no Afeganistão para compreender que lá a situação é tão terrível e vazia de perspectivas que, nem com carregamentos de dinheiro, algo vá mudar em pouco tempo. É um trabalho de gerações. Que irá acontecer, por certo, mas terá de ser gradual, porque a referência da população ali ainda se baseia em aspectos distantes de um mundo contemporâneo globalizado (embora os próprios afegãos desejem muito ser tão cosmopolitas como o são os portuenses).
A crise é relativa – tanto enquanto sua dimensão quanto pelo seu alcance – e todos os processos na ordem humana seguem este perfil. Conforme observo, verde ou azul me parece; conforme compreendo, mais me dói ou me alegra. O cenário mundial está sendo forçado a compreender a intensidade das coisas e a relatividade delas para assim movimentar-se sempre rumo a progresso, embora ainda caminhe por erros e mortes anunciadas. Mas será sempre conforme o referencial.
O universo é mutável constantemente, e cada mudança é sentida conforme o ponto de referência de observação. Sendo assim, o modo como observo influencia diretamente no objeto que observo, modificando-o a cada momento e interação que tenho com ele.
Isso é mais pra começar a definir o que penso sobre as diferenças que tenho visto.
Esta semana em Portugal ouvi de diversas pessoas queixas sobre a situação econômica. Todos começaram o discurso afirmando que “a situação está péssima”. No entanto, é só andar pelas ruas da cidade de Porto para perceber que o ambiente está bastante longe de uma hecatombe ou algo parecido. As pessoas consomem, produzem, o turismo é pulsante e o movimento incessante.
Com tudo isso ainda há um detalhe: o próprio governo afirma, na última sexta-feira, em pronunciamento de rádio que “2009 será um ano difícil, e os portugueses terão de trabalhar muito mais do que em 2008”. Melhor mídia alarmista não poderia haver.
O fato é que o cenário que vejo em Portugal me é lido como somente um momento passageiro, visto que o país é excelente em produção de artefatos de alta qualidade, com esmero, busca pela melhoria contínua e tem na população pessoas cultas, com base e estrutura de caráter e ética incríveis. Ou seja, todos os elementos necessários para uma reconstrução estruturada.
O problema mundial econômico, de fato, é bem menor do que é alardeado porque não afetou o mundo todo; basta pensar no Afeganistão para compreender que lá a situação é tão terrível e vazia de perspectivas que, nem com carregamentos de dinheiro, algo vá mudar em pouco tempo. É um trabalho de gerações. Que irá acontecer, por certo, mas terá de ser gradual, porque a referência da população ali ainda se baseia em aspectos distantes de um mundo contemporâneo globalizado (embora os próprios afegãos desejem muito ser tão cosmopolitas como o são os portuenses).
A crise é relativa – tanto enquanto sua dimensão quanto pelo seu alcance – e todos os processos na ordem humana seguem este perfil. Conforme observo, verde ou azul me parece; conforme compreendo, mais me dói ou me alegra. O cenário mundial está sendo forçado a compreender a intensidade das coisas e a relatividade delas para assim movimentar-se sempre rumo a progresso, embora ainda caminhe por erros e mortes anunciadas. Mas será sempre conforme o referencial.
Comentários